A América Latina vem se consolidando, nos últimos anos, como um dos maiores hubs de inovação do mundo. Com o dobro da população dos Estados Unidos, cerca de 650 milhões e R$ 30 trilhões em PIB, as startups latino-americanas atraíram, em 2021, mais de R$ 77 bilhões em investimentos de acordo com a Associação para Investimentos de Capital Privado na América Latina, ou Lavca.
De acordo com Bruno Rondani, CEO da 100 Open Startups, o grande número de consumidores em potencial combinado com os altos índices de uso do celular e horas gastas na internet, ajudaram a superar até mesmo os números da China ou da Índia. “Esse contexto torna a região uma das mais ativas digitalmente do mundo, abrindo oportunidades para startups em setores como fintech, retailtech e construtech. Outras áreas com grande potencial incluem setores como: TIC, turismo, mobilidade, energia, saúde e agricultura.”
A 100 Open Startups, inclusive, está expandindo seu principal índice, o 100 Open Startups, de inovação aberta, para além do Brasil. Estão abertas até 15 de junho as inscrições de startups e corporações para a edição 2022 do Ranking 100 Open Startups. A lista, que é publicada desde 2016 no Brasil e chegou à Colômbia na edição 2021, tem foco na prática de inovação aberta e destaca as startups mais atraentes para o mercado corporativo e as corporações líderes em open innovation com startups.
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“A iniciativa faz parte do processo de expansão da 100 Open Startups, que quer impulsionar a prática de open innovation em mais países, como aconteceu no Brasil e tem sido o caso também da Colômbia. Aqui no Brasil, somos referência em inovação aberta e queremos ser os representantes mundiais deste tema”, comenta Bruno Rondani. Com a expansão e o crescimento da prática, a expectativa é de que a quantidade de contratos de inovação aberta dobre em relação a 2021, quando foram registrados mais de 26 mil relacionamentos entre corporações e startups.
Em 2021, surgiram 18 unicórnios na América Latina, quase todos startups que exploram negócios digitais, com destaque para países como Brasil, Argentina, México e Colômbia. “A gente olha para a América Latina, e até globalmente, onde existe uma corrida global onde a inovação passou a ser cada vez mais um produto de ecossistema. A inovação sempre teve essa natureza, mas de certa forma, houve um esforço organizacional das empresas de concentrar a inovação nos seus centros de P&D. Em paralelo, tínhamos os fundos de Venture Capital apostando em tecnologias que pudessem gerar startups. A gente sai de um paradigma de inovação vinda de investimentos em P&D e de VC, pra inovação construída em ecossistemas”, comenta Bruno.
“Geramos muitas startups que populam o ecossistema, orientado essa relação inicial com corporações. Esse processo de inovação com startups se espalhou no mundo todo e na América Latina (o Brasil tem um destaque muito grande). Vimos nesses outros países, com menos intensidade do que no Brasil, no entanto, um interesse cada vez maior e agora sim, em um ritmo mais acelerado. Agora já conseguimos fazer um ranking na Colômbia, com uma densidade grande de empresas se abrindo para a inovação. E aí a região começa a se interconectar, começamos a ter cada vez mais programas de inovação aberta ou startups que chamamos de open startups, buscando mercados aí na região e nisso a pandemia ajuda muito,pois ficou mais fácil entrar nos países a partir de tecnologia de inovação, as plataformas de open innovation começam a se popularizar e começa a ter muito mais intensidade. Daí esse momento de expandir”, reforça Bruno.
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