A escritora Lygia Fagundes Telles morreu hoje (3) aos 98 anos em São Paulo. Seu falecimento foi informado pela Academia Brasileira de Letras, da qual ela era membro desde 1985. Considerada uma das maiores autoras brasileiras contemporâneas, Lygia foi premiada em 2005 com o prêmio Camões, a maior distinção literária de língua portuguesa, pelo conjunto de sua obra.
A escritora paulista também recebeu o prêmio Jabuti por “Verão no Aquário”, de 1965, “As Meninas”, de 1974, e “A Noite Escura e Mais Eu”, de 1995. Seus livros foram publicados em mais de dez países, incluindo Portugal, França, Estados Unidos, Alemanha e Itália, e foram adaptados para TV, teatro e cinema. Internacionalmente, já foi condecorada com a Ordem das Artes e das Letras pelo governo francês.
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José Renato Nalini, presidente da Academia Paulista de Letras, da qual Lygia também era membro, lamentou o falecimento da autora em nota.
“A mais notável personalidade da literatura brasileira, patriota e democrata, já era lenda em vida. Permanecerá no Panteão das glórias universais e, para orgulho nosso, era mais academicamente bandeirante. Não faltava aos nossos encontros semanais no Arouche. A gigantesca e exuberante obra continuará a ser revisitada, enquanto houver leitor no mundo”, afirmou ele.
A autora paulista conciliava sua produção literária com o trabalho de procuradora do Instituto de Previdência do Estado de São Paulo, cargo que exerceu até a aposentadoria. Ela se formou em direito pela faculdade do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo.
Telles nasceu em 19 de abril de 1923. Seu pai, Durval de Azevedo Fagundes, era promotor, e sua mãe, Maria do Rosário Silva Jardim de Moura, pianista. A escritora estudou no tradicional escola Caetano de Campos, em São Paulo, onde passou a maior parte de sua vida.
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