Vale tudo para conquistar uma vaga de emprego? Segundo uma pesquisa da empresa de jogos de azar online Betway, 50% dos participantes assumiram ter mentido em processos seletivos. Dos 2300 currículos recebidos mensalmente pela consultora de recursos humanos EBC Group, ao menos 5% são barrados por conterem informações falsas. E dos entrevistados, 99% afirmaram que já mentiram no ambiente de trabalho.
Do outro lado, um estudo global da consultoria de recursos humanos Robert Half, 55% dos executivos que ocupam altas posições consideram que mentir é uma das falhas mais graves em processos seletivos. Hoje (1), no Dia da Mentira, saiba quais as principais mentiras contadas no mundo do trabalho. E como elas podem atrapalhar uma carreira.
Mentiras sinceras
O estudo da Betway mostrou que 57% das pessoas já disseram “está ótimo” para algo de que não gostou. Ou falou “já estou acabando o material” quando, na verdade, mal haviam começado.
Traz o atestado
Alguns funcionários chegam a dizer que estão passando mal para não comparecer ao trabalho (42%). Em tempos de home office, 41,5% deles já fingiram que a internet havia caído e 41% mentiram ter uma reunião para não precisar falar com alguém.
Por um bom motivo
Mentir com frequência pode significar um desalinhamento com a cultura de onde você trabalha. Muitas empresas têm adotado políticas de horário mais flexíveis, o que pode colaborar para reduzir mentiras que acobertam ausências. O desemprego também pode explicar o impulso de mentir, especialmente na fase de contratação, segundo a especialista em neurociência e gestora empresarial. Andrea Deis.
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Mentir no currículo
Um levantamento realizado pela empresa de recolocação profissional DNA Outplacement em 2019 mostrou que, no Brasil, 48% dos currículos analisados tinham distorção no tema salário atual ou mais recente.
As mentiras mais contadas em processos seletivos, de acordo com a pesquisa da Betway, são: exagerar o nível de alguma habilidade (46%), omitir fatos como demissão e cursos não concluídos (20%), colocar habilidades que não tem, mas que são exigidas pela vaga (18%), demonstrar conhecimento em uma língua que não domina (10%) e acrescentar cursos nunca realizados (6%).
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Chefes vs. mentiras
A pesquisa da Robert Half entrevistou 1.500 executivos C-Level no Brasil, Bélgica, Alemanha, França e Reino Unido. Para 23% deles, as mentiras ocupam a primeira posição no ranking de comportamentos que comprometem a contratação de um candidato a uma vaga na empresa. No recorte por localidade, o Brasil representa o país onde a atitude é mais condenada.
As empresas têm a consciência de que uma contratação equivocada significa perda de tempo e dinheiro. Como consequência disso, os processos seletivos estão cada vez mais apurados. Para driblar isso, aqui estão algumas estratégias usadas para analisar a transparência de um candidato:
contato com a empresa contratante atual ou anterior;
busca de referências com outros colegas e líderes;
checagem da veracidade dos cursos e formações citadas;
cruzamento de informações como idade e tempo de contribuição;
teste presencial de nível de língua estrangeira;
teste com o time para validação de habilidades técnicas.
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