Os preços ao produtor no Brasil desaceleraram a alta a 0,56% em fevereiro, de 1,20% no mês anterior, favorecidos pelo câmbio, de acordo com dados de hoje do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com esse resultado, o IPP (Índice de Preços ao Produtor) passou a acumular nos 12 meses até fevereiro avanço de 20,05%, de 25,53% em janeiro.
O IBGE apontou que o destaque ficou pelo terceiro mês com a indústria extrativa, com o aumento dos custos de 8,34% marcando a maior variação e a maior influência.
Mas, de acordo com o analista da pesquisa, Murilo Lemos Alvim, parte da desaceleração de fevereiro está relacionada ao câmbio.
O dólar caiu 2,82% frente ao real em fevereiro, e, até o último dia do mês passado, acumulava baixa de 7,49% em relação ao fechamento do ano anterior. A moeda já ampliou as perdas desde então, e, atualmente, cai cerca de 14,7% em 2022.
“Se pegarmos as quatro atividades que se destacaram com as maiores variações, três tiveram queda de preços. São as atividades que têm impacto direto do dólar: fumo (-2,92%); madeira (-2,73%); e metalurgia (-2,55%)”, completou Alvim em nota.
O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.
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