O esporte é um dos grandes impulsionadores da igualdade de gênero. E, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Conquista importante quando falamos em igualdade de gênero.
Transportando essa realidade para o Brasil, o “Relatório de Desenvolvimento Humano Nacional sobre Atividades Físicas e Esportivas e Desenvolvimento Humano” (PNUD, 2017), elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, destaca que, na Constituição Brasileira de 1988, o fomento às práticas esportivas formais e não-formais é um dever do Estado.
Só que cerca de 65% da população brasileira com 18 anos de idade ou mais não pratica nenhum tipo de atividade física. E este índice baixa ainda mais se levados em consideração marcadores sociais como gênero, escolaridade, renda, classe social e deficiência. Realidade comprovada pelo levantamento, em que a prática de exercícios físicos e esportes por mulheres é 40% inferior em relação aos homens.
O esporte é uma importante ferramenta de empoderamento e de promoção de autoestima. Os especialistas reconhecem que a prática esportiva estimula o desenvolvimento de capacidade de liderança e a competitividade, amplia a visão estratégica e facilita o trabalho em equipe.
O tênis é uma das modalidades onde as mulheres conseguiram vitórias importantes em relação a igualdade de gênero. Desde 2007, os quatro principais torneios do circuito profissional do tênis — Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open — pagam prêmios iguais para homens e mulheres.
LEIA TAMBÉM: Tênis: Brasil precisa ter um calendário robusto de torneios
Dentro desse contexto, o Rede Tênis Brasil fomenta o empoderamento feminino e a construção de um ambiente onde a autoestima das meninas é desenvolvido através da prática do tênis. Em nosso projeto, 40% dos beneficiários são meninas, número bem acima da média de praticantes de esporte no Brasil. Além disso, as que participam do projeto social podem se inspirar nas atletas de alto rendimento do projeto, que hoje contabilizam 35% do total de atletas.
No Time RTB, temos como uma das embaixadoras a tenista Beatriz Haddad Maia, um exemplo de superação e resiliência dentro e fora da quadra. Principal tenista do país e melhor colocada no ranking mundial, Bia é inspiração para as meninas que estão começando, como a jovem Victoria Barros, de apenas 12 anos, umas das principais atletas juvenis do Brasil.
Como ex-tenista profissional sei o quanto o esporte ajuda na construção da autoestima. O tênis nos ensina a tomar decisões estratégicas, a ser resiliente, já que muitas vezes temos que lidar com derrotas, e a ter muita determinação. E todos esses fatores ajudam no desenvolvimento da confiança, algo tão importante na construção do empoderamento. Sou muito grata por ter tido no meu caminho mulheres que eu admirava. Carrego esses ensinamentos até hoje na minha carreira fora das quadras. Contar com a ajuda de outras mulheres, trocar experiências e ter referências que nos inspiram, faz toda a diferença nessa jornada de construção e aprendizado. Afinal de contas, juntas somos mais fortes!!!
Quer saber mais sobre o Rede Tênis Brasil? Acesse nosso site www.redetenisbrasil.com.br e redes sociais @redetenisbrasil.
Quer fazer sua doação para o projeto? Acesse https://www.brazilfoundation.org/pt-br/fundoredetenisbrasil.
Miriam D’Agostini é Diretora de Marketing e Comunicação do Rede Tênis Brasil. Ex-tenista, alcançou a quarta colocação no ranking mundial juvenil e como como profissional foi número 1 do Brasil e disputou os Jogos Pan-americanos de Mar Del Plata (1995) e Winnipeg (1999) e a Olimpíada de Atlanta (1996). Formada em Publicidade e Propaganda, esteve à frente da gerência de Marketing e Eventos do Comitê Olímpico do Brasil.
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.
O post Empoderamento feminino no esporte apareceu primeiro em Forbes Brasil.