O governo central registrou em janeiro superávit primário de R$76,5 bilhões, maior saldo já apurado em um mês na série do governo, com início em 1997, mostraram números divulgados pelo Tesouro Nacional hoje (24).
O resultado superou as expectativas do mercado, que apontavam para um superávit de R$60,35 bilhões no mês, segundo pesquisa Reuters. Também veio bem acima do superávit de R$43,5 bilhões de janeiro do ano passado.
As receitas líquidas do governo central, que compreende as contas do Tesouro, do Banco Central e da Previdência Social, somaram R$203,1 bilhões em janeiro, uma alta real de 18,2% sobre o ano passado. Já as despesas aumentaram 2,2% no mesmo período, para R$126,6 bilhões.
Como mostrou a Receita Federal ontem (23), a arrecadação em janeiro foi recorde para o mês, impulsionada por receita atípicas de impostos cobrados das empresas (IRPJ e CSLL) e pelo aumento de arrecadação dos setores de minerais metálicos e energia, que têm se beneficiado do aumento dos preços no mercado internacional.
Em 12 meses o resultado primário do governo central acumulado até janeiro foi de déficit de R$9,7 bilhões, equivalente a 0,02% do PIB (Produto Interno Bruto).
O resultado primário previsto no Orçamento de 2022 é de déficit de R$79,3 bilhões, abaixo da meta prevista na lei de Diretrizes Orçamentárias do ano, que fixava valor de R$170,5 bilhões.
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