O Ibovespa opera em alta de 0,20% na abertura do pregão de hoje (21), a 113.114 pontos, às 10h14, horário de Brasília. O índice descola dos mercados internacionais, apesar de projeções macroeconômicas desanimadoras e da permanência das tensões geopolíticas na Ucrânia.
Segundo o Boletim Focus divulgado nesta manhã, a projeção da alta do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é de 5,56% para 2022, avanço de 0,06 ponto percentual em relação à semana anterior. Para 2023, a expectativa de inflação segue sendo de 3,5%.
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A piora da projeção se deu mesmo com os especialistas consultados reduzindo a conta para a alta dos preços administrados em 2022 a 4,80%, de 4,99% antes.
No cenário internacional, o Kremlin afirmou que não há planos concretos para a realização de uma cúpula sobre a Ucrânia entre o presidente russo, Vladimir Putin, e seu colega norte-americano, Joe Biden. A ideia havia sido proposta pelo presidente francês Emmanuel Macron.
Investidores apostavam que uma cúpula poderia oferecer um possível caminho para sair da maior crise militar da Europa em décadas. Segundo estrategistas da XP, um novo agravante para a crise é a conclusão dos Jogos de Inverno de Pequim, vistos por alguns como impedimento a ações militares da Rússia.
O dólar opera em alta de 0,02%, sendo negociado a R$ 5,1415 na venda, em sessão de volatilidade.
Na Ásia, o mercado acionário chinês fechou em queda. O banco central do país não alterou a taxa de empréstimo referencial, em linha com as expectativas do mercado, afetando negativamente os setores financeiro e de infraestrutura. As incorporadoras, porém, avançaram após notícias de que a cidade de Guangzhou reduziu as taxas hipotecárias.
A taxa de empréstimo primário (LPR) de um ano ficou em 3,70%, enquanto a de cinco anos foi mantida em 4,60%. A maioria dos empréstimos novos e pendentes na China têm como base a LPR de um ano. A de cinco anos influencia as hipotecas.
O Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,65%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em baixa de 0,26%. Já no Japão, o índice Nikkei recuou 0,78%, enquanto o Shangai, na China continental, permaneceu estável.
Na Europa, os principais índices operam em baixa, apesar de dados macroeconômicos positivos. Segundo o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), a atividade econômica da zona do euro saltou a uma máxima de cinco meses de 55,8 em fevereiro, ante 52,3 em janeiro.
“A economia da zona do euro retomou força em fevereiro uma vez que o alívio nas restrições de combate ao vírus levou a uma demanda renovada por muitos serviços ao consumidor, como viagens, turismo e recreação”, disse Chris Williamson, economista-chefe da IHS Markit.
Por outro lado, os preços ao produtor na Alemanha subiram 25% em janeiro, taxa mais forte desde o início dos registros modernos. O aumento foi impulsionado pelos custos de energia, ampliando uma série de aumentos acentuados que deve manter a inflação ao consumidor em cerca de 5% por mais vários meses.
Por volta das 10h14, o Stoxx 600 perdia 1,08%; na Alemanha, o DAX caía 1,36%; na França, o CAC 40 operava em baixa de 1,61%; na Itália, o FTSE MIB cedia 1,48%; enquanto, no Reino Unido, o FTSE 100 recuava 0,36%.
No cenário das commodities, os futuros de minério de ferro na China subiram pela primeira vez em seis sessões. Já os contratos futuros de carvão metalúrgico estenderam os ganhos, subindo mais de 5%. As altas vêm com a retomada da demanda após os feriados do Ano Novo Lunar e os Jogos Olímpicos de Inverno. (Com Reuters)
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