O mundo está mudando o jeito de fazer negócios, saindo do modelo analógico ou incremental, adotado desde a Revolução Industrial, rumo ao mindset exponencial, uma maneira mais rápida de criar e de produzir em escala. Esse é um dos temas a serem apresentados no curso Leading the Future, parceria entre a Forbes e a SingularityU que começa no dia 7 de março. As inscrições podem ser feitas aqui.
Eduardo Ibrahim, especialista em economia exponencial, consultor econômico e professor expert da SingularityU é quem vai ministrar o módulo que aborda o assunto. Ele explica que, enquanto o modelo incremental é linear e baseado em metas a longo prazo, o modelo exponencial objetiva dobrar a meta a cada passo dado. Se os dois conceitos fossem transformados em gráficos, o incremental teria uma linha constante e crescente, enquanto o exponencial seria cheio de picos e cada vez mais altos. “A diferença é a velocidade muito maior com que os negócios se encaminham do que era no ambiente linear. A capacidade de processamento que temos hoje também acelera os agentes econômicos”, diz.
Entenda melhor como o pensamento exponencial funciona e confira como aplicá-lo ao seu negócio a seguir.
Concepção: Na primeira fase do negócio, a concepção, o foco é abraçar todos os problemas do empreendimento e em vez de pensar em solucioná-los pontualmente, como no modelo analógico, é necessário pensar em como mudar a partir deles e levar inovação para o mercado. Criar as soluções para os problemas identificados.
Crescimento inicial: Aqui são projetadas as metas. Em um planejamento incremental, como também é chamado o pensamento analógico, as metas são colocadas a longo prazo e com resultados modestos. No modelo exponencial, a meta é conseguir os resultados na metade do tempo que levaria para um negócio incremental. Sempre que as metas são atingidas, busca-se dobrá-las. E assim por diante.
Escala: Na escala, etapa em que os resultados são analisados, a ideia é não parar com o objetivo alcançado, mas buscar mais uma curva acelerada de crescimento. Se possível, ainda mais ousada que a anterior.
Tecnologia a favor do faturamento: O crescimento da capacidade digital permite que ferramentas que antes só eram conseguidas por empresas de alto capital sejam democratizadas. Isso otimiza o planejamento financeiro e permite que novos negócios cresçam de acordo com a capacidade de aquisição de usuários e do faturamento, já que não é necessário fazer altos investimentos. “Temos Amazon e Google, por exemplo, em que oferecem algoritmos de Inteligência Artificial, algo que antigamente era restrito a quem tinha muito capital”, diz Ibrahim. Utilize essas ferramentas a seu favor.
Valores a adotar: Para o especialista, há três pontos fundamentais para estar sempre atento ao aderir à cultura exponencial. O primeiro é o propósito: a empresa deve estar fundamentada em um propósito genuíno, já que os usuários estão atentos aos valores e ao comportamento dos executivos e escolhas de negócios. O segundo ponto é utilizar os dados sobre o usuário para aprimorar os serviços e processos cada vez mais adequados a quem consome. Por fim, a adaptabilidade. É necessário estar aberto à experimentação, descobrir erros com rapidez e buscar soluções rápidas.
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