A São Martinho, uma das maiores empresas do setor de açúcar e etanol do Brasil, reportou lucro líquido de R$ 696,9 milhões no terceiro trimestre da safra 2021/22, alta de 156% na comparação anual, com o resultado sendo impulsionado pela alta das commodities.
A empresa também contabilizou crédito IAA (direitos Copersucar) no valor de R$ 274,1 milhões no período, segundo relatório divulgado na noite de ontem (14).
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O indicador de geração de caixa operacional (Ebitda ajustado) totalizou R$ 892,8 milhões, alta de 37% ante um ano antes, com margem ajustada de 58,3%.
“A melhora do indicador reflete, principalmente, melhores preços médios de comercialização do etanol (+76,9%) e do açúcar (+30,9%) no trimestre”, disse a empresa.
A receita líquida das vendas de açúcar totalizou R$ 480,1 milhões no trimestre, aumento de 18%, enquanto para etanol somou R$ 950,8 milhões, alta de 36,2%.
No acumulado dos primeiro nove meses da safra 21/22, a companhia processou 19,9 milhões de toneladas de cana-de açúcar, redução de 11,6% em relação ao mesmo período do ciclo anterior, principalmente como resultado da estiagem.
A produção de açúcar no mesmo período caiu 12,1%, para 1,3 milhão de toneladas, enquanto a fabricação de etanol recuou 10,4%, para 913 milhões de litros, como efeitos da safra menor.
A empresa disse que tinha, em 31 de dezembro, cerca de 293 mil toneladas de açúcar fixadas para a safra 21/22, representando cerca de 81% da cana própria, a um preço médio de R$ 1.958/tonelada. Para a safra 22/23, na mesma data, possuía 570 mil toneladas fixadas a R$ 2.118/tonelada.
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ETANOL DE MILHO
Em comunicado separado na noite de ontem (14), a São Martinho informou que seu Conselho de Administração aprovou o investimento adicional de aproximadamente R$ 100 milhões destinados para a planta de etanol de milho, acoplada à Usina Boa Vista.
A empresa já havia anunciado investimento de R$ 640 milhões para a unidade em Quirinópolis (GO), no início do ano passado.
Segundo a São Martinho, o incremento dos investimentos se deve, principalmente, à atualização de escopo e à maior customização na destilaria – que possibilita maior eficiência energética (menor consumo de vapor e energia elétrica), viabilizando possíveis expansões futuras da planta -, além de efeitos da inflação de insumos, peças e equipamentos.
O início da operação plena está previsto para outubro de 2022 e trará capacidade de produção adicional para a companhia de aproximadamente: 210 milhões de litros de etanol, 150 mil toneladas de DDGS (grãos secos de destilaria) e 10 mil toneladas de óleo de milho.
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