As exportações do agronegócio do Brasil atingiram US$ 8,82 bilhões em janeiro, valor recorde para o primeiro mês do ano, com destaque para os produtos da indústria de soja, carnes, trigo e café, informou o Ministério da Agricultura no final de semana.
A receita com as exportações teve aumento de 57,5% em relação ao mesmo período do ano passado, tanto pela expansão dos preços médios de exportação (+19%) quanto pelo aumento do volume exportado (+32,3%).
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O complexo soja atingiu US$ 2,12 bilhões, cifra 338,3% superior, após o país quase não ter registrado exportações do grão no mesmo período do ano anterior.
A China adquiriu 80,1% do volume de soja exportado pelo Brasil (1,97 milhão de toneladas), segundo o ministério.
As exportações de farelo de soja elevaram-se 45,6% em volume, para 1,49 milhão de toneladas.
As exportações de óleo de soja também apresentaram expressivo crescimento devido à forte demanda indiana e ao aumento da disponibilidade doméstica.
As exportações do óleo de soja atingiram US$ 232,54 milhões em janeiro de 2022, com a Índia adquirindo 82% do volume total exportado (139,76 mil toneladas).
A exportação de carnes somou US$ 1,61 bilhão em janeiro de 2022 (+39,8%), valor recorde para estes meses em toda a série histórica. Houve incremento do volume exportado (+21,1%) e dos preços médios de exportação (+15,5%).
A principal carne exportada pelo Brasil foi a bovina, com US$ 801,06 milhões em vendas externas (+46,2%), recorde para os meses de janeiro. Tanto o volume exportado quanto o preço médio de exportação cresceram, destacou o ministério, citando também receitas recordes para o mês na carne de frango.
Já as vendas externas de carne suína cresceram em função da expansão do volume exportado, que aumentou 18,5%, a 73 mil toneladas. O preço médio de exportação registrou queda de 7,4%, com a redução da demanda chinesa em meio à recuperação do rebanho chinês de porcos.
Mesmo assim, a China continuou sendo o principal país importador da carne suína in natura brasileira, com participação de 44% nos volumes exportados, disse o ministério.
No caso do trigo, as vendas externas foram recordes em valor (US$ 190,93 milhões; +121%) e quantidade (648,06 mil toneladas; +61,6%), principalmente “pela menor demanda do produto no mercado nacional e pela safra brasileira recorde de trigo em 2021”.
O Brasil é um importador líquido de trigo, mas tem aproveitado para exportar após uma boa colheita no ano passado e com o câmbio impulsionando os negócios.
Já o setor cafeeiro registrou US$ 719,21 milhõesem vendas externas em janeiro, alta de 41,1%. Houve queda no volume de café exportado (-18,5%), mas o aumento dos preços médio de exportação (+73,0%) mais que compensou essa redução, disse a nota do ministério.
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