A safra de laranja 2021/22 no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro foi estimada hoje (10) em 264,14 milhões de caixas, estável ante a previsão divulgada em dezembro, segundo avaliação do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus).
“Se o encerramento das colheitas confirmar esta projeção, a safra recuará 30 milhões de caixas, o equivalente a 10,21% em relação à expectativa inicial, de maio de 2021”, disse o Fundecitrus, citando condições climáticas adversas que atingiram a região produtora pelo segundo ano consecutivo.
Inicialmente, o Fundecitrus estimava um aumento na produção de laranja ante a fraca safra do ciclo anterior na região que é a principal fornecedora da fruta para a indústria do Brasil, o principal exportador global de suco de laranja. Mas seca e geadas afetaram os pomares.
Na temporada anterior (2020/21), a produção somou 268,63 milhões de caixas de 40,8 kg.
“A paisagem árida dos pomares começou a mudar com o retorno das chuvas em outubro do ano passado, mas o volume acumulado desde o início da safra ainda está abaixo da média histórica no cinturão, impactando o tamanho das laranjas e a queda de frutos”, disse o coordenador da PES (Pesquisa de Estimativa de Safra) do Fundecitrus, Vinícius Trombin.
Os valores de tamanho e taxa de queda de frutos são os mesmos projetados na última reestimativa.
Os frutos devem ter 142,2 gramas (287 frutos por caixa), valor atípico e aproximadamente 16% menor do que o das últimas cinco safras (média de 169 gramas), disse a instituição de pesquisa em nota.
“O peso médio dos frutos colhidos até janeiro de 2022 está ligeiramente menor do que o projetado, mas, por conta das chuvas previstas para fevereiro e março, os frutos que serão colhidos nestes dois meses deverão ser um pouco maiores”, acrescentou Trombin.
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