A Corteva espera que os preços de grãos e oleaginosas permaneçam altos este ano diante de demanda em níveis recordes, disse seu presidente-executivo nesta ontem (4), seguindo a divulgação na véspera de perspectivas otimistas de vendas da empresa de pesticidas e sementes.
A demanda agrícola global e os preços de oleaginosas como soja e milho aceleraram no quarto trimestre de 2021, graças à reabertura das economias e uma recuperação no setor de etanol, após a flexibilização de lockdowns em função da Covid-19.
“No médio a longo prazo, vemos fundamentos construtivos continuando, já que uma possível nova demanda para apoiar combustíveis renováveis, como o diesel de biomassa, provavelmente sustentará níveis saudáveis de preços de commodities agrícolas“, disse o CEO Chuck Margo em uma teleconferência com analistas.
LEIA MAIS: Brasil pode exportar e consumir menos soja em 2022, mas para o milho a previsão é de recorde
A Corteva disse que espera que os altos preços dos fertilizantes levem alguns produtores a migrar do milho para a soja, aumentando a demanda por Enlist, sua próxima geração de sementes de soja transgênica.
As plantações de milho nos EUA, que exigem mais fertilizantes do que a soja, podem ser limitadas em 2022. A escassez de fertilizantes nitrogenados devido ao aumento dos preços do gás natural está ameaçando reduzir o rendimento global das colheitas.
A participação de mercado da Enlist na área total plantada de soja nos EUA pode crescer para pelo menos 40% este ano, de 35% em 2021, disse a Corteva na quinta-feira.
A empresa, desmembrada em 2019 após uma fusão da Dow Chemical e da Dupont, previu na quarta-feira vendas acima do esperado, de 16,7 bilhões a 17 bilhões de dólares este ano.
O post CEO da Corteva vê cenário ‘altista’ para preços de grãos e oleaginosas em 2022 apareceu primeiro em Forbes Brasil.