A Argentina chegou a um acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) para reestruturar o pagamento de uma dívida de mais de US$ 40 bilhões, disse o presidente do país, Alberto Fernández, hoje (28) em meio à prolongada crise financeira que varre o país.
O país deve cancelar um pagamento de cerca de US$ 700 milhões em dívidas hoje e enfrentará cobranças onerosas nos próximos meses que, segundo especialistas, seriam impossíveis de enfrentar sem ajuda financeira.
“Tínhamos uma dívida impagável, que nos deixava sem presente e sem futuro, e agora temos um acordo razoável que nos permitirá crescer e cumprir nossas obrigações por meio de nosso crescimento”, disse Fernández em mensagem televisionada.
O presidente de centro-esquerda, que buscava um acordo que não implicasse impacto acentuado na economia que pudesse levar mais argentinos à pobreza, explicou que o acordo não condicionará as políticas econômicas do país e não exigirá um corte abrupto nos gastos públicos.
“Este acordo não nos condiciona, poderemos atuar exercendo nossa soberania e levar adiante nossas políticas de crescimento, desenvolvimento e justiça social”, disse Fernández.
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O ministro da Economia, Martín Guzmán, deve revelar detalhes do acordo em entrevista coletiva ainda hoje (28).
O Poder Executivo argentino enviará o acordo ao Congresso para que seja aprovado pela oposição, com quem o governo mantém tensões que em dezembro levaram o Parlamento a rejeitar o projeto orçamentário oficial.
Na esteira do acordo, o risco-país da Argentina caía em 14 unidades no dia, para 1.889 pontos, segundo operadores.
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