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Num tempo em que as narrativas corporativas competem por autenticidade e representatividade, a visibilidade de vozes diversas torna-se não apenas um imperativo social, mas também uma estratégia de diferenciação no mercado. E aqui nessa coluna, como sabem, minha missão é apresentar para vocês mulheres que tem promovido essa diferenciação.
Cori Murray, jornalista premiada e referência nos Estados Unidos, é um exemplo de como a promoção de novas perspectivas narrativas pode transformar setores inteiros — da mídia à cultura, passando pelo entretenimento e negócios.
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Com uma trajetória consolidada, Murray esteve à frente da Essence entre 2020 e 2022, uma das revistas mais importantes voltadas ao público feminino negro nos Estados Unidos. Sob sua liderança editorial, a revista deixou de apenas representar a comunidade negra para efetivamente redefinir o protagonismo dessa audiência, não apenas reforçando sua identidade, mas também a posicionando como uma força nos debates culturais, econômicos e sociais — indo da afirmação de existência para uma experiência estratégica que contribui com o desenvolvimento.
E é uma transformação que vai além do jornalismo. O que ela promove é a construção de narrativas que reverberam em diferentes segmentos do mercado. Quando marcas, veículos de mídia e plataformas de entretenimento ampliam o foco para incluir mulheres negras — audiência historicamente negligenciada —, elas não apenas corrigem falhas estruturais, mas também acessam novos mercados.
Durante a 22ª edição do Feira Preta Festival, realizado em maio de 2024, Cori Murray trouxe exatamente essa discussão: como histórias bem contadas criam impacto e se traduzem em oportunidades econômicas e culturais. Ao liderar o destaque para mulheres negras, ela pavimenta um caminho que amplia visibilidade e dá voz a talentos em áreas como música, cinema, negócios e inovação.
Vale destacar o óbvio: representatividade, neste contexto, não é apenas uma bandeira, mas um valor estratégico. Ao impactar diretamente na construção de identidade e pertencimento, Cori – e trabalhos como os dela – incide também na transformação do consumo. Quando meninas se veem representadas o resultado é um ciclo contínuo de inspiração, produção e inovação — elementos essenciais para qualquer mercado.
Ao redefinir a forma como histórias são contadas, ela quebra barreiras invisíveis e conecta pessoas e marcas. O trabalho de Cori Murray prova que a comunicação é ferramenta estratégica para impacto econômico e social. Conheçam!
*Adriana Barbosa é diretora executiva da PretaHub e fundadora do Festival Feira Preta, maior evento de cultura e empreendedorismo negro da América Latina. Foi reconhecida como a primeira mulher negra entre os Inovadores Sociais do Mundo em 2020 pelo Fórum Econômico Mundial e passou a integrar o time de empreendedores sociais da Rede Schwab.
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