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De acordo com a plataforma JustWatch, em 2024, a Netflix perdeu 1% de sua fatia de mercado no Brasil — e passou de 26% para 25%. Por outro lado, a Amazon Prime Video cresceu de 19% para 20%.
No entanto, a disputa cada vez mais acirrada, com Prime (20%), Disney+ (16%), Max (13%), Globoplay (12%) e Apple TV+ (7%) no radar, é um sinal positivo para o streaming. “A concorrência é muito bem-vinda, ela nos estimula a melhorar”, diz Elizabetta Zenatti, vice-presidente de conteúdo da Netflix Brasil.
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Em 2024, a plataforma atingiu o marco de 300 milhões de assinantes mundo afora e US$ 40 bilhões em valor de mercado, com uma previsão de receita de US$ 44,5 bilhões para 2025. Os números são resultado do investimento da plataforma em produções locais e para “todos os gostos”.
Confira os principais lançamentos da Netflix Brasil em 2025:
“Os brasileiros gostam de produções brasileiras, os franceses de produções francesas e assim por diante”, afirma Bela Bajara, diretora global de conteúdo da Netflix. Assim surgiram sucessos como Round 6, Dark e The Witcher, cita a executiva.
No Brasil, a estratégia se aplica há algum tempo. Em 2016, a série 3% e o filme O Matador inauguraram o nicho de produções nacionais da plataforma. Em seguida, sucessos como Sintonia e Irmandade, além de novos formatos, como documentários, novelas e reality shows, consolidaram os conteúdos “originais Netflix” no país.
Quase dez anos depois do primeiro lançamento brasileiro, em 2024, a série Senna, maior investimento nacional da plataforma, alcançou novos patamares. “Fazemos conteúdos para os brasileiros, quando uma produção fura essa bolha é um bônus. Senna, por exemplo, superou todas as expectativas, foram cerca de 16 milhões de visualizações e tivemos a primeira indicação para uma premiação internacional [Critics Choice Awards]”, comenta Zenatti.
“Seguimos construindo nossa base, aprendendo com o sucesso e com os erros. Nós chegamos até aqui pautados pela inovação, não em um sentido tecnológico, mas de formatos e narrativas. Quando alguém apresenta uma ideia maluca, todo mundo diz: ‘Eba!’.”
Ferramentas de inteligência artificial no mercado audiovisual
Nas últimas semanas, o uso de inteligência artificial no filme Emilia Pérez, da Netflix, tomou conta das discussões sobre produções audiovisuais na era da IA. A ferramenta foi utilizada para aumentar o alcance vocal da personagem principal, interpretada pela espanhola Karla Sofía Gascón, indicada ao Oscar de Melhor Atriz.
Ao ser questionada sobre o assunto, Elizabetta Zenatti enfatiza que o compromisso da plataforma no Brasil é com os talentos humanos. “Enxergamos a IA como parte da evolução tecnológica, e o audiovisual faz parte disso. Utilizamos a tecnologia nas recomendações, por exemplo. Mas a Netflix precisa de gente, de criadores.”
Quantidade e qualidade andam juntos?
Durante a apresentação global, Bela Bajara fez questão de responder às críticas sobre a falta de “prestígio” nas produções originais Netflix. “Existe um mito de que não fazemos conteúdos de prestígio, mas a verdade é que fazemos de tudo e não viramos as costas para nenhum gênero”, diz a executiva, que cita os exemplos de Ozark, House of Cards, The Crown e Dark. “2024 foi o ano que recebemos mais indicações para prêmios”, finaliza.
No Brasil, não é diferente. “O que é prestígio? A gente define qualidade como o que os nossos assinantes querem ver, não potencial para premiações. Somos uma plataforma de entretenimento. Para nós, Ilhados com a Sogra [reality] tem prestígio”, enfatiza Zenatti.
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