Agro100: Maiores Empresas do Setor no Brasil Faturam Juntas R$ 1,7 Trilhão em 2023

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O agro do Brasil tem desafios de toda ordem, de crédito a tecnologias mais acessíveis. Mas tem também um outro elemento: a certeza de que é preciso continuar produzindo. É isso que mostra o mais recente ranking Forbes Agro100, publicado em outubro de 2024, restrito para a comunidade de assinantes da Forbes Brasil e que agora é apresentado aqui.

As empresas e cooperativas que integram a lista Forbes Agro100 2024 faturaram R$ 1,71 trilhão no último período de balanços consolidados, que foi o de 2023. O que o ranking mostrou é que o grupo praticamente repetiu o mesmo desempenho de 2022, mostrando um um leve recuo de 1%. Os preços das commodities representaram um nó para a rentabilidade do agronegócio brasileiro, estabelecendo um emaranhado de recordes e de recuos.

Embora o Brasil tenha colhido uma safra recorde de grãos, de 316,4 milhões de toneladas, aumento de 19,6% em relação ao ano anterior, e tenha exportado 272,1 milhões de toneladas de produtos da agroindústria por US$ 166,5 bilhões – outro recorde –, o setor do agro enfrentou uma redução nos preços de várias commodities, combinada com altos custos de insumos e de produção.

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Os recuos foram reflexo do aumento da oferta, da demanda global moderada e da desaceleração econômica em alguns mercados. O agro também ajudou a segurar a inflação do país. No mercado interno, o consumidor brasileiro encontrou produtos mais baratos. Alimentos e bebidas subiram apenas 1,31%, registrando a menor variação em 6 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O óleo de soja, por exemplo, caiu 28%; o feijão, 13,7%; o etanol, 8%; e as carnes ficaram cerca de 10% mais baratas.

No campo, como a certeza é de que tem safra todo ano, a busca por mercados tem sido uma missão. Em 2023, o Brasil abriu 78 novos mercados para seus produtos, em 39 países. Neste ano, entre janeiro e setembro, foram 122 mercados. O país, hoje, é grande protagonista planetário na oferta de alimentos, e não deve perder esse posto.

Confira a seguir a Lista Forbes Agro100, que conta com a parceria da Balanços Patrimoniais para a checagem dos dados referentes ao balanço das empresas, mais as inscrições voluntárias. A lista leva em consideração as receitas líquidas dos anos de 2023 e de 2022.

1. JBS

Setor: Proteína Animal
Fundação: 1953, em Anápolis (GO)
Receita: R$ 363,82 bilhões
Principal executivo: Gilberto Tomazoni

Maior produtora de carnes do mundo, a JBS atende uma base de 300 mil clientes em cerca de 190 países, com um variado portfólio de produtos e marcas. A brasileira é uma gigante das “multiproteínas”, estratégia que a coloca em posição privilegiada na indústria global de alimentos. Em 2023, inaugurou duas unidades de sua controlada, a Seara Alimentos, no Paraná, uma fábrica de especialidades italianas da Príncipe Foods, no Missouri, nos Estados Unidos, além de ter feito investimentos na unidade de suínos de King’s Lynn, no Reino Unido. Em 2023, também retomou planos para cotar ações na Bolsa de Valores de Nova York para ampliar o acesso a investidores.

2. Marfrig Global Foods

Setor: Proteína Animal
Fundação: 2000, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 136,49 bilhões
Principal executivo: Rui Mendonça Júnior

A Marfrig Global Foods é a segunda maior produtora de carne bovina do mundo. A operação é composta por 33 unidades de produção, estrategicamente situadas na América do Sul e na América do Norte, continente que totalizou o recorde de US$ 11,9 bilhões na operação do ano passado. O montante somado ao controle majoritário da BRF (concluído em 2023) gerou faturamento cerca de 5% maior do que em 2022, com Ebitda consolidado de R$ 9,3 bilhões e margem de 6,8%. Em 2023, também concluiu a venda à Minerva S.A. de ativos da ordem de R$ 7,5 bilhões, com a estratégia de investir em produtos de maior valor agregado e consolidar operações, especialmente nos EUA.

3. Cargill

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1865, em Conover, Iowa (EUA); No Brasil desde 1965
Receita: R$ 126,4 bilhões
Principal executivo: Paulo Sousa

A Cargill é uma empresa familiar criada nos EUA e uma das gigantes alimentícias do Brasil, atuando também no segmento de energia e logística. É a maior empresa de capital não brasileiro listada pela Forbes Agro100. Com 29 fábricas, 75 armazéns, sete terminais portuários, dois centros de inovação e cinco centros de distribuição, a Cargill realizou investimentos de R$ 6,9 bilhões no Brasil nos últimos cinco anos, sendo R$ 2,6 bilhões somente em 2023. O volume total originado, processado e comercializado pela empresa foi de 51 milhões de toneladas no ano passado.

4. Bunge Alimentos

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1818, em Amsterdam, na Holanda; No Brasil desde 1905
Receita: R$ 81,7 bilhões
Principal executivo: Julio Garros

Originada na Holanda como uma trading de grãos, a Bunge é uma gigante na originação de grãos e processamento de soja e trigo, além da logística e fabricação de alimentos. Presente em 40 países, com mais de 300 unidades e 23 mil funcionários, a companhia está no Brasil há 118 anos, participando ativamente da história do país como grande produtora mundial. Foi sócia de um moinho em Santos, lançou os primeiros óleos vegetais comestíveis, com incentivo à expansão das lavouras de soja e a introdução de práticas agrícolas sustentáveis nas cadeias de suprimentos, setor no qual obteve avanços em 2023, na área ambiental: reduziu 15,8% das emissões de Escopos 1 e 2 e 10,8% das emissões de Escopo 3.

5. Ambev

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1999, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 79,74 bilhões
Principal executivo: Jean Jereissati Neto

Líder do mercado latino-americano de cervejas e refrigerantes, a Ambev nasceu da fusão das concorrentes Antarctica e Brahma, em 1999. Produz, distribui e comercializa bebidas (incluindo as não alcoólicas), com operações em 18 países. Ela é dona de marcas que figuram entre as mais consumidas no mundo, como Skol, Brahma e Guaraná Antárctica (fruto originado na fazenda Santa Helena, no Amazonas). A cevada vem de produtores do Paraná e do Rio Grande do Sul, ou de parceria com cooperativas. Nos últimos anos, diminuiu em 50% o uso de água no processo de produção, atingindo a média de 2,3 litros para cada litro produzido em 2023. A evolução foi 8,1% sobre 2022, atingindo antecipadamente a meta estabelecida para 2025.

6. Raízen Energia

Setor: Agroenergia
Fundação: 2011, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 78,45 bilhões
Principal executivo: Nelson Gomes

A Raízen atua em diferentes segmentos, desde a produção de açúcar e etanol até a distribuição de combustíveis, a geração de energia renovável e a produção de lubrificantes. Surgiu como uma joint venture entre a Shell e o grupo Cosan, tornando-se referência global. Atua em sistema de economia circular e conta com um portfólio de “energia verde”, proveniente de fontes renováveis, como biomassa, palha da cana-de-açúcar, biogás e energia solar. Em 2023, a empresa bateu a marca de 30 milhões de litros produzidos de etanol “sustentável”, o E2G, fruto do investimento contínuo na abertura de usinas de baixa pegada de carbono. Também deu início à primeira cadeia de açúcar 100% rastreável (Non GMO) do mundo.

7. Copersucar

Setor: Agroenergia
Fundação: 1959, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 54,08 bilhões
Principal executivo: Tomás Caetano Manzano

A Copersucar é um ecossistema que conecta 38 usinas associadas no Brasil – a maior base de produção de cana-de-açúcar do mundo –, 17 destilarias de etanol de milho nos Estados Unidos, além de um eficiente sistema logístico multimodal nos dois países e um conjunto de empresas especializadas que fornecem energia renovável e alimento para 70 países. Na safra 2023/24, registrou crescimento de 23% no volume de moagem, fechando o ano em 650 milhões de toneladas. O Ebitda ficou acima de R$ 1,1 bilhão. A empresa também anunciou sua entrada no mercado livre de energia, com a aquisição de 50% da NewCom.

8. BRF

Setor: Proteína Animal
Fundação: 2009, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 53,62 bilhões
Principal executivo: Miguel Gularte

Empresa brasileira de proteína animal e atuação global, a BRF é a maior exportadora de carne de frango do mundo. Criada em 2009, a partir da fusão entre as empresas Sadia e Perdigão, a BRF tem um portfólio de mais de 30 marcas, produzindo 5 milhões de toneladas de alimentos para 120 países. No Brasil, estão 35 unidades industriais e, no exterior, 16 fábricas. Em 2023, manteve o trabalho e melhoria de sua cadeia, conquistando 100% de rastreabilidade dos fornecedores diretos e 79% dos indiretos de grãos. No mercado internacional, apesar dos desafios globais, a BRF registrou volumes de exportação mais altos dos últimos quatro anos.

9. Grupo Amaggi

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1977, em São Miguel do Iguaçu (PR)
Receita: R$ 44,87 bilhões
Principal executivo: Judiney Carvalho de Souza

Produtor de soja de capital 100% nacional, o grupo Amaggi comercializa quase 20 milhões de toneladas de grãos e fibras globalmente, além de produzir em fazendas próprias mais de 1,5 milhão de toneladas de soja, algodão e milho. Mais do que uma empresa de commodities, a Amaggi se diferencia pela forte atuação no ramo de originação, que se reflete na abordagem estratégica em todas as áreas de atuação de seu negócio: produção, trading, logística e energia. Há 10 anos, a empresa sustenta um Capex médio anual significativo de R$ 1,2 bilhão (US$ 230 milhões), totalizando R$ 12 bilhões em investimentos.

10. Louis Dreyfus Company Brasil

Setor: Comércio e Tradings
Fundação: 1851, na Alsácia (França); No Brasil desde 1942
Receita: R$ 42,87 bilhões
Principal executivo: Michel Roy

Empresa de origem francesa, a LDC (Louis Dreyfus Company) comercializa e processa globalmente produtos agrícolas. É uma das poucas empresas centenárias cujo controle permanece com a família fundadora. No Brasil há 82 anos, atua em culturas como café, algodão, grãos, oleaginosas, arroz e açúcar. É, também, uma das 10 maiores exportadoras em atividade no país. No ano passado, avançou nesse segmento ao adquirir a Cacique, maior empresa exportadora de café solúvel do Brasil, com sede em Londrina (PR). Também construiu um hub logístico em Rondonópolis (MT), com uma área de 167 mil metros quadrados e capacidade de armazenagem de 100 mil toneladas de insumos e 20 mil toneladas para algodão em pluma.

11. Suzano

Setor: Celulose, Madeira e Papel
Fundação: 1924, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 39,76 bilhões
Principal executivo: Beto Abreu

Maior produtora mundial de celulose e uma das principais fabricantes de papéis da América Latina, a Suzano tem avançado com base em investimentos. Em 2023, a empresa aportou capital de R$ 18,6 bilhões, o maior desembolso anual de sua história de 100 anos. O aporte inclui a ampliação da base florestal para garantir maior competitividade futura e o avanço das obras do Projeto Cerrado, que inclui a construção da maior linha de produção de celulose do mundo, pelo total de R$ 22,2 bilhões. A nova fábrica adicionará 2,55 milhões de toneladas de celulose à capacidade instalada da companhia, atualmente de 10,9 milhões de toneladas/ano.

12. Cosan

Setor: Agroenergia
Fundação: 1936, em Piracicaba (SP)
Receita: R$ 39,47 bilhões
Principal executivo: Marcelo Eduardo Martins

A Cosan nasceu em 1936, mas foi consolidada em 2002, com a combinação dos nomes das usinas Costa Pinto e Santa Bárbara. Naquela época, o grupo já era um gigante do setor, chegando a ser o maior produtor de açúcar do mundo, com 22 empresas e a moagem de 10,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar em 1989. Hoje, atua nos segmentos de energia, óleo e gás, agronegócio, mineração e logística, com participação em grandes empresas do setor, como Raízen, Compass, Moove, Rumo, Radar e Vale. Conta com 55 mil funcionários, 1,3 milhão de hectares de áreas agrícolas e 35 parques de bioenergia. No Investor Day 2023, a companhia reforçou seu posicionamento em setores mais estratégicos de seu portfólio. No caso do agro, a consolidação das novas energias, etanol de segunda geração e de aviação.

13. Coamo Agroindustrial

Setor: Cooperativas
Fundação: 1970, em Campo Mourão (PR)
Receita: R$ 28,22 bilhões
Principal executivo: Airton Galinari

A Coamo surgiu por meio da união de agricultores do Centro-Oeste do Paraná na busca por melhores condições de produção na região conhecida por solos empobrecidos e de baixa produtividade. Ao longo da história, deixou de ser uma pequena associação de produtores para se tornar uma das maiores potências empresariais do país. Possui 31.665 associados e 115 unidades localizadas em 75 importantes municípios produtores do Paraná, de Santa Catarina e do Mato Grosso do Sul. No ano passado, a Coamo recebeu uma safra recorde de 9,96 milhões de toneladas de grãos, 3,1% da produção brasileira.

14. Minerva Foods

Setor: Proteína Animal
Fundação: 1957, em Barretos (SP)
Receita: R$ 26,89 bilhões
Principal executivo: Fernando Galletti de Queiroz

A Minerva Foods encerrou 2023 com 65% da receita bruta consolidada proveniente de exportações, demonstrando que o mercado internacional de carne bovina segue sólido e aquecido. Presente no Brasil, no Paraguai, na Argentina, no Uruguai e na Colômbia, atende a cinco continentes com carne bovina, ovina e seus derivados. Opera com 33 unidades industriais, 16 escritórios internacionais e 14 centros de distribuição. A companhia tem se destacado pelo bem-estar animal. Neste ano, recebeu a melhor avaliação em boas práticas na categoria Beef, do ranking Coller Fairr Protein Producer Index, que fornece dados para a tomada de decisão de investidores ao redor do mundo.

15. C. Vale

Setor: Cooperativas
Fundação: 1963, em Palotina (PR)
Receita: R$ 24,42 bilhões
Principal executivo: Edio José Schreiner

Em um ano marcado por intempéries climáticas e baixa no preço dos grãos, a C.Vale conseguiu sustentar crescimento, com alta de 7,6% sobre 2022. Cerca de 30% do faturamento foi gerado nas unidades que processam frangos, peixes e mandioca. No segmento de grãos, a cooperativa recebeu 50 milhões de sacas de soja e quase 46 milhões de sacas de milho. O ano de 2023 também representou um marco histórico para a C.Vale, que inaugurou uma esmagadora de soja. O empreendimento de 12 hectares fica no complexo agroindustrial localizado no Paraná e tem capacidade de processamento de 60 mil sacas/dia.

16. Lar Cooperativa

Setor: Cooperativas
Fundação: 1964, em Missal (PR)
Receita: R$ 23,31 bilhões
Principal executivo: Irineo da Costa Rodrigues

Terceira maior cooperativa do Paraná, a Lar conta com 14 mil associados, que abastecem 78 unidades de negócios também em Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Nasceu originalmente da produção de grãos, passando a atuar nos setores de avicultura, suinocultura e pecuária leiteira. Os cortes de frango são habilitados para a exportação a mais de 90 países distribuídos pela América, Europa e Ásia. No ano passado, a cooperativa investiu em melhorias na estrutura física e na habilitação da indústria em Caarapó (MS) e ampliou a capacidade produtiva em alguns segmentos, como a suinocultura.

17. Aurora Alimentos

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1969, em Chapecó (SC)
Receita: R$ 21,7 bilhões
Principal executivo: Neivor Canton

É um dos maiores conglomerados agroindustriais do país, formado pelo complexo de 12 cooperativas associadas, com cerca de 100 mil cooperados. Atua, principalmente, na produção e venda de carne suína e de frango, lácteos e produtos prontos. Ela tem uma forte atuação no mercado interno e exporta atualmente para 70 países. Em 2023, a Aurora Alimentos anunciou investimentos de R$ 1,5 bilhão, destinados à modernização e à ampliação das suas plantas industriais em Mato Grosso do Sul e Santa Catarina e para a construção de uma nova unidade, entre outros. Os investimentos têm por objetivo aumentar em até 10% a receita bruta.

18. Yara Brasil

Setor: Agroquímica e Insumos
Fundação: 1905, em Oslo, na Noruega; No Brasil desde 2000
Receita: R$ 18,16 bilhões
Principal executivo: Marcelo Francisco Altieri Bequio

A Yara Brasil atua na produção, comercialização e distribuição de fertilizantes, com ênfase em soluções para a agricultura sustentável global. Com sede em Porto Alegre e escritório em São Paulo, possui cinco fábricas de produção (sendo uma delas de fertilizante líquido) e 13 unidades misturadoras de fertilizantes. A companhia conta com um centro de pesquisas de referência no Brasil em Sumaré (SP) que recebeu um aporte de R$ 100 milhões em 2023 para atender também à demanda nacional de fertilizantes foliares.

19. Klabin

Setor: Celulose, Madeira e Papel
Fundação: 1890, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 18,02 bilhões
Principal executivo: Cristiano Cardoso Teixeira

A Klabin foi fundada por Maurício Freeman Klabin, imigrante da Lituânia que chegou ao Brasil e se estabeleceu em São Paulo. A empresa conta com 23 unidades industriais, sendo 22 no Brasil e uma na Argentina, e é uma das principais e mais antigas fábricas de papel e papelão. No ano passado, concluiu o projeto Puma II, que consiste na expansão da unidade fabril em Ortigueira (PR), com foco na produção de papel do tipo kraftliners, produto usado em embalagens e composto exclusivamente a partir de fibras de eucalipto (fórmula patenteada pela empresa). O empreendimento bilionário, iniciado em 2019, custou R$ 12,9 bilhões.

20. Comigo

Setor: Cooperativas
Fundação: 1975, em Rio Verde (GO)
Receita: R$ 13,06 bilhões
Principal executivo: Antonio Chavaglia

A Comigo nasceu para dar suporte técnico e acesso mais fácil aos insumos para as lavouras e se tornou uma das maiores cooperativas agroindustriais do país, com atuação em diversas áreas, incluindo a produção de grãos, carnes e agroindústria. Em 2023, inaugurou em Mineiros (GO) o maior armazém do Centro-Oeste, com um investimento de R$ 150 milhões. O novo complexo pode armazenar até 3,3 milhões de sacas de grãos. A obra começou em 2021 e faz parte do plano estratégico para expandir sua infraestrutura e melhorar a logística para cooperados na região. A Comigo está presente em 20 municípios e tem 11,3 mil cooperados.

21. Cocamar Cooperativa Agroindustrial

Setor: Cooperativas
Fundação: 1963, em Maringá (PR)
Receita: R$ 12,2 bilhões
Principal executivo: Divanir Higino da Silva

A Cocamar tem cerca de 19 mil cooperados e opera em mais de 300 municípios, com atuação no Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, onde possui unidades de atendimento e infraestrutura de suporte aos produtores. A produção está concentrada em grãos, como soja, milho e trigo, além de atuar em segmentos como insumos, agroindústria, finanças, nutrição animal e máquinas. Em 2023, começou uma operação frigorífica em Nova Londrina (PR), onde passou a comercializar cortes bovinos com marca própria, visando ao mercado de carnes especiais. A cooperativa também investiu no aumento da capacidade de armazenagem de grãos, de 2,2 milhões para 2,5 milhões de toneladas.

22. Inpasa Brasil

Setor: Agroenergia
Fundação: 2006, em Nova Esperança (Paraguai)
Receita: R$ 11,8 bilhões
Principal executivo: José Odvar Lopes

A Inpasa é uma biorrefinaria de grãos que tem como matérias-primas o milho e o sorgo, usados na produção de biocombustíveis (etanol e biodiesel), de DDGS (Distiller’s Dried Grains with Solubles) e de óleos vegetais. É a maior biorrefinaria de milho na América Latina. No Brasil desde 2017, possui unidades em Sinop (MT), Nova Mutum (MT) e Dourados (MS), além de um projeto em Balsas (MA). Em 2023, investiu R$ 1,2 bilhão em plantas de etanol em Sidrolândia (MS), mais Balsas (MA), para início de operação em 2024. Também investiu R$ 100 milhões em 50 vagões e duas locomotivas para aumentar a capacidade de transporte de etanol pelo modal ferroviário, para 1 bilhão de litros de etanol por ano.

23. Camil Alimentos

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1963, em Itaqui (RS)
Receita: R$ 11,25 bilhões
Principal executivo: Luciano Quartiero

A Camil tem uma política tradicional de expansão orgânica, mas não perde oportunidades de aquisição de empresas e marcas de produtos alimentícios na América do Sul. É dona de marcas com posições de liderança e reconhecimento no mercado interno, como Camil, União, Coqueiro, Santa Amália e Mabel, além da Saman e La Abundancia, no Uruguai; Tucapel, no Chile; Costeño, no Peru; e Rico Arroz, no Equador. O portfólio da companhia contempla também marcas regionais para atender a diferentes nichos de consumidores. Em 2023, a empresa obteve receita recorde e o melhor Ebitda da história: R$ 914 milhões, 17% acima do consolidado em 2022.

24. M. Dias Branco

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1936, em Eusébio (CE)
Receita: R$ 10,84 bilhões
Principal executivo: Ivens Dias Branco

A M. Dias Branco reportou um dos maiores movimentos financeiros da sua história em 2023. A companhia, que começou com uma padaria no interior do Ceará e tornou-se uma das maiores fabricantes de biscoitos e massas, fechou o ano também com um trunfo: o lucro líquido de R$ 889 milhões. Com uma estrutura de 17 indústrias, 28 centros de distribuição e 19 marcas, em 2023, o foco foi a inovação de produtos. Foram 55 lançamentos, que geraram uma receita adicional de R$ 442,7 milhões. Um dos objetivos foi ampliar sua linha de produtos de maior valor agregado, como os biscoitos e as massas da marca Piraquê, que já se tornou a segunda maior da companhia.

25. Três Tentos Agroindustrial

Setor: Comércio e Tradings
Fundação: 1995, em Santa Bárbara do Sul (RS)
Receita: R$ 8,99 bilhões
Principal executivo: Luiz Osório Dumoncel

De origem familiar, a Três Tentos iniciou suas operações vendendo sementes de trigo, expandindo para a distribuição de fertilizantes e defensivos agrícolas, além de atuar como trading de milho e de soja. É dona de um centro logístico de fertilizantes e de duas unidades de esmagamento de soja no Rio Grande do Sul, produzindo óleo, farelo e biodiesel. Em 2023, inaugurou sua primeira planta industrial em Mato Grosso, com capacidade diária para 2.600 toneladas de soja e 1 milhão de litros de biodiesel. O empreendimento, avaliado em R$550 milhões, marca seu projeto de expansão para o Centro-Oeste.

26. Agrícola Alvorada

Setor: Comércio e Tradings
Fundação: 2002, em Primavera do Leste (MT)
Receita: R$ 8,7 bilhões
Principal executivo: Jarbas Weis

A Agrícola Alvorada atua na compra direta, troca e venda de insumos há 22 anos, seis em parceria com a Bunge Alimentos. Possui capacidade estática de armazenagem de 1,94 milhão de toneladas, capacidade diária de transporte de 56 mil toneladas de produtos e de 84,5 mil toneladas de recebimento. A empresa tem planos de diversificar e ampliar operações. Em 2023, iniciou a construção de uma fábrica de etanol de milho no município de Canarana, no Vale do Araguaia mato-grossense, com a expectativa de processar 2 mil toneladas diárias de milho e a meta de chegar a 4 mil toneladas/dia em até dois anos.

27. Timbro Trading

Setor: Comércio e Tradings
Fundação: 2010, em Vitória (ES)
Receita: R$ 8,6 bilhões
Principal executivo: Jorge José Coutinho Ribeiro Guinle

A Timbro atua no comércio internacional de commodities agrícolas, insumos e metais. É uma das grandes exportadoras de açúcar do país. Em 2023, exportou 1,4 milhão de toneladas, por R$ 4 bilhões. Além disso, opera com algodão, café, grãos, lácteos e, mais recentemente, etanol, com planos de expandir essa operação como estratégia de mitigação de riscos. Nos lácteos, por meio da Timbro Dairy, resultado de uma joint venture, a empresa atua no fornecimento de produtos no Brasil e no exterior. Em 2023, a companhia abriu uma filial em Dubai. Ela já opera localmente em outros centros, entre eles China, EUA, México, Portugal, Inglaterra, Suíça e Japão.

28. Bianchini

Setor: Agroenergia
Fundação: 1960, em Porto Alegre (RS)
Receita: R$ 8,55 bilhões
Principal executivo: Arlindo Bianchini

A Bianchini é uma típica empresa familiar, de capital fechado nacional, que atua no ramo industrial de extração de óleos vegetais, na produção de farelos e de biodiesel a partir do processamento da soja. Possui duas fábricas, localizadas nas cidades de Canoas e Rio Grande, no Rio Grande do Sul, que, juntas, têm capacidade de processar até 1,5 milhão de toneladas anualmente. Além disso, a empresa dispõe de um terminal marítimo e de 11 postos de recebimento para armazenagem e distribuição de grãos espalhados por sete macrorregiões do estado.

29. UPL do Brasil

Setor: Agroquímica e Insumos
Fundação: 1969, em Maharashtra (Índia); No Brasil desde 2012
Receita: R$ 8,48 bilhões
Principal executivo: Rogério Castro

A United Phosphorus Limited, ou UPL, está entre as cinco maiores companhias de produtos e soluções agrícolas do mundo (cerca de US$ 6,5 bilhões de receita), presente em 130 países. Chegou ao Brasil com a missão de assumir o controle da subsidiária da agroquímica alemã DVA, expandindo suas atividades em 2019 por meio da compra, em nível global, da americana Arysta LifeScience. A empresa quer dobrar de tamanho no país. Com foco em biossoluções, em 2023, investiu na ampliação da bioplanta em Lucas do Rio Verde (MT). O plano até 2027 é que 50% do portfólio nacional venha de produtos biológicos.

30. Integrada Cooperativa

Setor: Cooperativas
Fundação: 1995, em Londrina (PR)
Receita: R$ 8,41 bilhões
Principal executivo: Jorge Hashimoto

A Integrada Cooperativa Agroindustrial tem cerca de 13 mil cooperados e opera, principalmente, nos estados do Paraná e de São Paulo. Atua no recebimento e comércio de grãos como soja, milho e trigo, além de ser dona de indústrias de processamento de milho, suco de laranja e ração animal. No portfólio de produtos, também está a marca de café Coperatto. Em 2023, a cooperativa anunciou R$ 200 milhões em investimentos, focados na ampliação e melhoria de suas unidades, com o objetivo de melhorar o atendimento aos cooperados e expandir a capacidade de armazenamento e processamento da cooperativa.

31. Laticínios Bela Vista – Piracanjuba

Setor: Proteína Animal
Fundação: 1955, em Piracanjuba (GO)
Receita: R$ 8,29 bilhões
Principais executivos: Cesar Helou e Marcos Helou

Uma das três maiores indústrias de lácteos do país, a Laticínios Bela Vista possui um portfólio de 180 produtos, com as marcas Piracanjuba, Pirakids, LeitBom, ChocoBom e Meu Bom. Também mantém parcerias: Blue Diamond, maior produtora de amêndoas do mundo, para a produção das bebidas Almond Breeze; e a Nestlé, para a produção e comercialização dos leites UHT Ninho e Molico. Processa 7 milhões de litros de leite por dia, tem sete unidades fabris e 12 postos de resfriamento. Em 2023, anunciou um investimento de R$ 80 milhões para construir uma nova fábrica de queijos em São Jorge d’Oeste (PR), com inauguração prevista para 2025, com capacidade diária para 1 milhão de litros de leite.

32. FS Bioenergia

Setor: Agroenergia
Fundação: 2017, em Lucas do Rio Verde (MT)
Receita: R$ 8,07 bilhões
Principal executivo: Rafael Abud

Formada da joint venture entre o Summit Agricultural Group (fundo de investimentos norte-americano) e a Tapajós Participações (empresa do setor do agro no país), a FS Bioenergia foi a primeira a produzir etanol 100% a partir de milho. A capacidade produtiva é de 2 bilhões de litros nas três unidades em Mato Grosso, mais produtos para nutrição animal, óleo e energia elétrica. Em maio de 2023, iniciou as operações da terceira unidade, em Primavera do Leste, um investimento de cerca de R$ 2,3 bilhões. Além disso, emitiu green bonds no valor de US$ 500 milhões para financiar projetos de sustentabilidade, incluindo a captura e o armazenamento de carbono (CCS) em suas operações.

33. BP Bunge Bioenergia

Setor: Agroenergia
Fundação: 2019, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 7,94 bilhões
Principal executivo: Geovane Consul

A BP Bunge é uma empresa de bioenergia brasileira que produz etanol, açúcar e bioeletricidade a partir da cana-de-açúcar. Surgiu como joint venture entre a britânica BP e a norte-americana Bunge e, hoje, opera independentemente, com um total de 11 usinas no Sudeste, Norte e Centro-Oeste do Brasil. Na safra 2023/24, obteve incremento de 14% no indicador de moagem, chegando a 28,6 milhões de toneladas, recorde desde a primeira safra. Entre os investimentos, está o projeto da usina Pedro Afonso, que deve ampliar em 800 mil toneladas a capacidade de moagem da companhia, já considerada uma das maiores do setor.

34. Três Corações

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1959, em São MIguel (RN)
Receita: R$ 7,9 bilhões
Principal executivo: Pedro Lima

Hoje com sede em Eusébio, na região metropolitana de Fortaleza, o grupo Três Corações, no estado do Ceará – uma joint venture com o israelense Strauss Group – possui um portfólio variado de cafés e, mais recentemente, de bebidas lácteas. Opera com nove fábricas e 27 centros de distribuição, incluindo a exportação para mercados como Estados Unidos e países da América Latina. Em 2023, anunciou R$ 200 milhões em investimentos em inovação e expansão logística. Também lançou o Cafeína Hub, programa de inovação aberta, e inaugurou o Centro Rituais de Cafés Especiais em Varginha (MG), dedicado à certificação e à negociação de cafés especiais de alta qualidade.

35. Coopercitrus

Setor: Cooperativas
Fundação: 1976, em Bebedouro (SP)
Receita: R$ 7,67 bilhões
Principal executivo: Fernando Degobbi

A Coopercitrus tem 38 mil cooperados e atua nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Entre serviços e produtos, estão a venda de insumos agrícolas, sementes, máquinas e implementos, mais assistência técnica, irrigação e geração de energia fotovoltaica. Também processa commodities, como café, soja e milho. Uma das principais ações de 2023 foi a criação de um fundo de R$ 750 milhões para financiar projetos voltados à sustentabilidade, em parceria com o Rabobank. Além disso, investiu na expansão de suas operações de agricultura de precisão. A Coopercitrus Expo 2023, seu principal evento, movimentou cerca de R$ 2 bilhões.

36. Caramuru Alimentos

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1964, em Maringá (PR)
Receita: R$ 7,59 bilhões
Principal executivo: Júlio César da Costa

Uma das maiores processadoras de grãos de capital nacional, a Caramuru Alimentos origina anualmente cerca de 2,1 milhões de toneladas de soja e deve manter esse volume nos próximos anos. A empresa concentra seus investimentos não apenas em vender grãos, mas em commodities diferenciadas. Do total originado, 40% vão para o exterior, mas apenas 10% em forma de grãos. Atualmente, 30% da receita da companhia vem de biocombustíveis, percentual que deve aumentar com o início das operações de uma fábrica de etanol de milho, em 2026. Em 2023, anunciou um pacote de investimentos de R$ 2,23 bilhões, impulsionado pela aprovação da Lei do Combustível do Futuro.

37. Belagrícola

Setor: Comércio e Tradings
Fundação: 1985, em Bela Vista do Paraíso (PR)
Receita: R$ 7,5 bilhões
Principal executivo: Alberto Araújo

38. Dexco

Setor: Celulose, Madeira e Papel
Fundação: 1961, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 7,38 bilhões
Principal executivo: Antonio Joaquim de Oliveira

Com capital aberto desde 1951 e ações negociadas na B3, a Dexco produz louças e metais sanitários, dona de marcas como Deca, Hydra, Duratex e Durafloor, além de ser uma grande produtora de painéis de madeira industrializada. A empresa faz a gestão florestal de 140 mil hectares de eucalipto e áreas de conservação nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Em 2023, fez investimentos focados, principalmente, em inovação e no aumento da produtividade. Um dos principais foi a criação de uma sala de controle florestal 4.0, que custou R$ 1,6 milhão, como parte do Projeto Houston, na unidade de Agudos (SP).

39. SLC Agrícola

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1977, em Horizontina (RS)
Receita: R$ 7,23 bilhões
Principal executivo: Aurélio Pavinato

O Grupo SLC evoluiu de uma pequena oficina de manutenção de ferramentas agrícolas para se tornar uma das maiores produtoras mundiais de grãos, focada na produção de algodão, soja e milho. São cultivados cerca de 675 mil hectares em 23 unidades de produção, localizadas em sete estados. Em 2023, a SLC informou que a adoção contínua de novas tecnologias permitiu uma economia de R$ 82 milhões em suas operações. Uma das estratégias mais visadas tem sido a ampliação das práticas de integração lavoura-pecuária (ILP) e integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).

40. Be8

Setor: Agroenergia
Fundação: 2005, em Passo Fundo (RS)
Receita: R$ 7,2 bilhões
Principal executivo: Erasmo Carlos Battistella

O ano de 2023 representou o início de um novo ciclo para a Be8. Criada por meio da BSBios, a empresa surgiu para reforçar os investimentos no poder das energias renováveis. O “B” de BSBIOS foi ressignificado para o verbo “to be”, do inglês. Em 2023, destinou R$ 80 milhões para a produção de um novo biodiesel com o objetivo de reduzir as emissões de poluentes em até 90%. A unidade deve processar 150 milhões de litros por ano. Também iniciou a construção de uma usina de etanol, com investimento de R$ 729,7 milhões, financiado pelo BNDES, com capacidade para 209 milhões de litros de etanol por ano, até 2026.

41. Cibrafértil

Setor: Agroquímica e Insumos
Fundação: 1994, em Camaçari (BA)
Receita: R$ 6,76 bilhões
Principal executivo: Santiago Franco

A Cibrafértil, ou simplesmente Cibra, é uma sociedade entre a Omimex, grupo americano altamente capitalizado, e a britânica Anglo American, uma das maiores empresas de mineração do mundo. Mantém 13 unidades de produção, importação, formulação e distribuição de fertilizantes. Em 2023, inaugurou uma fábrica em Sinop (MT), com investimento de R$ 230 milhões, para processar até 750 mil toneladas de fertilizantes por ano, e outra em São Luís (MA), para 800 mil toneladas de fertilizantes NPK. Os empreendimentos fazem parte da estratégia de expansão, com investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão.

42. São Martinho

Setor: Agroenergia
Fundação: 1907, em Pradópolis (SP)
Receita: R$ 6,64 bilhões
Principal executivo: Fábio Venturelli

O grupo São Martinho é um dos maiores do setor sucroenergético do Brasil, com capacidade de moer cerca de 24 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra. A companhia possui quatro usinas em operação, sendo três no estado de São Paulo e uma em Goiás. Em 2023, anunciou a construção de sua primeira planta para produzir biometano a partir da vinhaça, resíduo gerado durante a fabricação de etanol. A usina funcionará na unidade Santa Cruz, no município de Américo Brasiliense (SP), que recebeu aporte de R$ 250 milhões. A operação deve começar em 2025, com capacidade plena prevista para a safra 2026/27.

43. Aliança Agrícola do Cerrado

Setor: Comércio e Tradings
Fundação: 2010, em Uberlândia (MG)
Receita: R$ 6,62 bilhões
Principal executivo: Danilo Dália Jorge

A Aliança Agrícola do Cerrado é uma empresa da multinacional Sodrugestvo, com sede em Luxemburgo, embora frequentemente seja associada à Rússia por causa da grande presença e operações significativas naquele país. Atua em cerca de 30 países. No Brasil, suas operações estão no armazenamento e no comércio de grãos, além de atuar de forma direta no esmagamento de soja para a produção de farelo e óleo. Possui duas unidades de esmagamento, uma em São Joaquim da Barra (SP) e outra em Bataguassu (MS), e conta com capacidade de armazenamento superior a 275 mil toneladas nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Goiás.

44. Cooxupé

Setor: Cooperativas
Fundação: 1932, em Guaxupé (MG)
Receita: R$ 6,43 bilhões
Principal executivo: Carlos Augusto Rodrigues de Melo

Em 2023, a Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé viu sua receita encolher 36,4% ante 2022, retornando aos patamares dos dois anos anteriores. A Cooxupé é uma das principais processadoras e exportadoras de café – são cerca de 50 destinos –, atuando com 20 mil cooperados em 330 municípios no sul de Minas, Cerrado mineiro, Matas de Minas e Vale do Rio Pardo, no estado de São Paulo. Além do café, tem iniciativas no setor de milho, rações e análise de solo. Em 2023, distribuiu R$ 101,4 milhões aos cooperados e investiu no projeto Protocolo Gerações, visando a práticas sustentáveis, principalmente nos cafés especiais. No ano, sua assistência técnica atendeu a 117 mil chamadas.

45. Sumitomo Chemical Brasil

Setor: Agroquímica e Insumos
Fundação: 1913, em Shikoku (Japão); No Brasil desde 1975
Receita: R$ 6,26 bilhões
Principal executivo: José Fabretti

A japonesa Sumitomo Chemical é uma gigante mundial de insumos para o agro, com presença em 180 países e forte atuação no Brasil. No mundo, a estimativa é uma receita global de US$ 18 bilhões, US$ 1 bi a mais do que foi registrado em 2023. No país, a Sumitomo investe na expansão de seu portfólio de produtos e soluções para culturas como algodão, soja e cana-de-açúcar. Uma das principais linhas reúne os chamados BioRacionais – no caso, biofungicidas, bioinseticidas e reguladores de crescimento de origem biológica. A empresa projeta atingir a neutralidade de carbono até 2050 com a promoção dos insumos biológicos.

46. Eldorado Brasil Celulose

Setor: Celulose, Madeira e Papel
Fundação: 2005, em Três Lagoas (MS)
Receita: R$ 5,76 bilhões
Principal executivo: Carmine de Siervi

A Eldorado é referência global no mercado de celulose originário do eucalipto. Com capital brasileiro, canadense e francês, administra 284,4 mil de hectares de áreas produtivas e 120 mil hectares de áreas de conservação. Em 2023, os investimentos foram de R$ 1,176 bilhão, ante R$ 1,095 bilhão em 2022. O esforço visa à ampliação da base florestal com o plantio de mais 30 mil hectares. Também inaugurou um dos maiores terminais de celulose da América Latina no porto de Santos, com capacidade anual de escoamento de 3 milhões de toneladas de celulose, em uma área de armazenagem de 50 mil metros quadrados. O terminal custou R$ 500 milhões.

47. Copasul

Setor: Cooperativas
Fundação: 1978, em Naviraí (MS)
Receita: R$ 5,51 bilhões
Principal executivo: Adroaldo Taguti

A Cooperativa Agrícola Sul-Mato-Grossense (Copasul) atua principalmente na produção de grãos como soja, milho e arroz, além de trabalhar no setor de seringueiras (borracha natural). São cerca de 3 mil produtores cooperados. Em 2023, anunciou investimentos da ordem de R$ 1,4 bilhão em uma unidade industrial de processamento de soja, para entrar em operação em 2024, com capacidade para processar até 988 mil toneladas de soja por ano. Também teve o apoio do BNDES, que financiou cerca de R$ 1 bilhão por meio do Plano Safra 2023/24, com foco em projetos de armazenagem agrícola. Os investimentos permitirão à Copasul melhorar sua infraestrutura, otimizar sua cadeia logística e ampliar a capacidade produtiva.

48. Oleoplan

Setor: Agroenergia
Fundação: 1979, em Veranópolis (RS)
Receita: R$ 5,48 bilhões
Principal executivo: Marcos Merlin Boff

A Oleoplan processa soja há 45 anos e ingressou no setor de biocombustíveis em 2007, com a construção de uma usina na unidade de Veranópolis (RS). O grupo possui outras três unidades – na Bahia, no Pará e em Rondônia –, que, em 2023, totalizaram 717 milhões de litros produzidos. A empresa também utiliza outras fontes de matéria-prima, como óleo de palma e sebo bovino, dependendo da região onde suas usinas estão localizadas. Em 2023, os investimentos no setor de biodiesel foram para aumentar sua capacidade produtiva ao inaugurar uma usina em Cacoal (RO), adicionando 216 mil metros cúbicos de capacidade anual, o que elevou a produção total do grupo para 1,44 milhão de metros cúbicos por ano.

49. Citrosuco

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1963, em Matão (SP)
Receita: R$ 5,4 bilhões
Principal executivo: Marcelo Abud

Produtora e exportadora de suco de laranja, a Citrosuco é controlada pelos grupos Fischer e Votorantim. Em 2023, a empresa colocou foco na Evera, subsidiária criada em 2022 que utiliza subprodutos da laranja (bagaço, folhas, sementes e flores) para produzir ingredientes naturais aos setores de alimentos e bebidas. O investimento foi de cerca de R$ 10 milhões em pesquisa e desenvolvimento, com previsão de faturar US$ 100 milhões logo no início. Também fez um empréstimo verde no valor de US$ 100 milhões, vinculado às metas ambientais, sociais e de governança (ESG). Os recursos são para as operações agrícolas e industriais.

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50. Cotrijal

Setor: Cooperativas
Fundação: 1957, em Não-Me-Toque (RS)
Receita: R$ 5,4 bilhões
Principal executivo: Nei César Manica

A Cotrijal atua em 53 municípios gaúchos, com foco na produção e comercialização de grãos, especialmente soja e milho. Aos 16 mil cooperados – a maioria pequenos e médios produtores –, oferece serviços de assistência técnica, análise de solo e agricultura de precisão. Em 2023, destinou R$ 170 milhões para expandir sua capacidade de armazenagem de grãos em 80 mil toneladas e na criação de novas unidades de recebimento de grãos. Também investiu na instalação de uma usina fotovoltaica, com a primeira etapa gerando 3,2 MW, o que deve reduzir em até 30% os custos com energia elétrica da cooperativa.

51. Fertilizantes Heringer

Setor: Agroquímica e Insumos
Fundação: 1968, em Manhuaçu (MG)
Receita: R$ 5,34 bilhões
Principal executivo: Gustavo Horbach

A Heringer é uma das pioneiras no setor de fertilizantes no Brasil. Fundada pelo engenheiro-agrônomo Dalton Dias Heringer, possui 14 unidades de produção, comercialização e distribuição de fertilizantes, três centros próprios de pesquisa – um para café, outro para pastagens e um terceiro para o desenvolvimento de novas técnicas agrícolas. É dona, também, de um laboratório com capacidade para 900 análises químicas por dia. Tem como controladora a multinacional suíça EuroChem, que, em 2023, assumiu o controle acionário da companhia, adquirindo 79,98% das ações, processo iniciado em 2021, em negócio de R$ 554,6 milhões.

52. Tereos

Setor: Agroenergia
Fundação: 1932, em Aisne (França); No Brasil desde 2002
Receita: R$ 5,2 bilhões
Principal executivo: Pierre Santoul

Presente em 15 países, a Tereos é uma gigante do setor sucroenergético, sendo a segunda maior produtora mundial de açúcar e a terceira maior do Brasil. No mundo, atua nos segmentos de alimentos e bebidas, bioenergia, nutrição animal, papel e papelão. Tem 41 unidades industriais, sete delas entre Brasil e Estados Unidos. No ciclo 2023/24, atingiu a maior moagem já registrada (21,1 milhões de toneladas), aumento de 22,3% sobre o total de cana-de-açúcar processada na safra anterior. Está investindo em biogás e biometano para substituir o diesel no total das operações de transporte até 2030.

53. Cia Lincoln Junqueira

Setor: Agroenergia
Fundação: 1978, em Colorado (PR)
Receita: R$ 5,18 bilhões
Principal executivo: José Francisco Malheiro Junqueira Figueiredo

O grupo opera com cinco usinas, localizadas em dois estados: duas em São Paulo e três no Paraná, no processamento de cana-de-açúcar e na produção de açúcar, etanol e na cogeração de energia a partir de biomassa. A capacidade é de 17,5 milhões de toneladas de cana por safra, produzindo cerca de 17,6 milhões de sacas de açúcar e 560 milhões de litros de etanol. O grupo está entre os 10 maiores do setor da cana, com crescimento por meio de investimentos em melhorias operacionais e tecnológicas, com foco em ampliar a eficiência e a capacidade de produção.

54. Agro Amazônia

Setor: Comércio e Tradings
Fundação: 1987, em Lucas do Rio Verde (MT)
Receita: R$ 4,94 bilhões
Principal executivo: Roberto Motta

Criada como um pequeno negócio de distribuição de insumos agropecuários na capital mato-grossense, a Agro Amazônia começou a atuar diretamente com agricultores em 1986, vendendo produtos e serviços para culturas como soja, milho, arroz e algodão. Foram dois marcos históricos: em 1997, quando adquiriu a concessão da marca John Deere (fabricante de máquinas agrícolas); e em 2015, quando se tornou subsidiária da japonesa Sumitomo, saindo de 25 para 70 filiais em nove estados brasileiros. A empresa abre, em média, 10 novas unidades ao ano, parte da meta estabelecida de alcançar 120 filiais até 2028.

55. Fiagril

Setor: Comércio e Tradings
Fundação: 1987, em Lucas do Rio Verde (MT)
Receita: R$ 4,94 bilhões
Principal executivo: Henrique Mazzardo

A Fiagril é referência no fornecimento de insumos agrícolas, na assistência técnica ao agricultor, na originação de grãos e na produção de biodiesel. Em 2023, alcançou 24 pontos de vendas nos estados de Mato Grosso, Rondônia, Pará e Tocantins. Somente no mercado de originação, foram movimentados 1,7 milhão de toneladas de soja e milho, entre comercialização, prestação de serviços e armazenagem. O ano foi marcado pelo lançamento do app Confia, com o objetivo de ajudar o produtor na tomada de decisão, e por investimentos significativos na Plataforma Integra, voltada ao treinamento de colaboradores.

56. Araguaia

Setor: Comércio e Tradings
Fundação: 1978, em Anápolis (GO)
Receita: R$ 4,92 bilhões
Principal executivo: Marcelo Pinho Machado

Em 2023, a Araguaia reforçou seu compromisso com a inovação e a sustentabilidade no setor do agronegócio. A empresa conseguiu aumentar significativamente o uso de etanol em seus combustíveis, passando de 2% para 19%, reduzindo o consumo de gasolina. Também investiu R$ 2,2 milhões para implementar energia fotovoltaica em sua unidade de sementes VIG, com o objetivo de gerar 180 GJ/mês e promover uma economia de quase 60% ao mês. Além disso, a Araguaia inaugurou usinas de energia solar em quatro de suas lojas, resultando em uma geração total de 1.494,8 GJ ao longo do ano.

57. EISA – Empresa Interagrícola

Setor: Comércio e Tradings
Fundação: 1849, na Espanha, hoje baseada em Pully, na Suíça; No Brasil desde 1969
Receita: R$ 4,61 bilhões
Principal executivo: Carlos Alberto Fernandes Santana Junior

A parceria entre EISA e NetZero marca um avanço significativo na descarbonização das cadeias agrícolas com a construção de uma fábrica de biochar em Machado (MG). O biochar, ou biocarbono, é um condicionador de solo eficaz que se destaca por sua capacidade de atuar como “esponja de carbono”. Esse material, produzido a partir de resíduos orgânicos em altas temperaturas sem oxigênio, não só ajuda na retenção de água e nutrientes como também contribui para a redução das emissões de carbono, enfrentando assim as mudanças climáticas de forma inovadora.

58. Marubeni Grãos Brasil

Setor: Comércio e Tradings
Fundação: 2016, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 4,53 bilhões
Principal executivo: Masahiro Tomikura

O Grupo Marubeni tem um papel fundamental no mercado de grãos e oleaginosas no Brasil, responsável por 10% dos embarques do país. Com o Terlogs Terminal Marítimo Ltda., o maior terminal graneleiro de Santa Catarina, Marubeni não só garante eficiência na movimentação de 3,5 a 4 milhões de toneladas anuais, mas também integra logística e exportação, liderada pela Marubeni Grãos Brasil (MGB). A MGB origina e comercializa entre 2,5 e 3 milhões de toneladas, sublinhando a forte relação com fornecedores e sua influência global. O grupo reafirma seu compromisso no avanço da indústria global de grãos.

59. ICL

Setor: Agroquímica e Insumos
Fundação: 1968, em Tel Aviv, Israel; No Brasil desde 2014
Receita: R$ 4,33 bilhões
Principal executivo: Alfredo Kober

ICL é a sigla para Israel Chemicals Ltd., empresa que começou suas atividades com a extração e o comércio de minerais, principalmente fosfatos e potássio do Mar Morto. Hoje, vende agroquímicos e soluções de nutrição agrícolas, mais químicos industriais e de especialidades. Entrou no Brasil com a compra de 44,25% da Fosbrasil S.A. Em 2021, expandiu sua atuação com a compra da Compass Minerals, na época por um valor estimado de US$ 418 milhões. Nos últimos anos, tem feito alguns anúncios de investimentos, por exemplo em 2022, de R$ 100 milhões para os anos seguintes. Tem sede em São Paulo e forte atuação em Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.

60. Adama Brasil

Setor: Agroquímica e Insumos
Fundação: 1970, em Londrina (PR)
Receita: R$ 4,12 bilhões
Principal executivo: Romeu Stanguerlin

A companhia está acelerando sua transformação digital no Brasil com o projeto Adama Connect, voltado para modernizar sua gestão e à automação de negócios. Iniciada há dois anos, a iniciativa teve várias fases e deve ser concluída este ano. A empresa busca otimizar o controle de estoques, a produção e expedição, aprimorando o planejamento global. Com o Brasil representando 25% do faturamento global, e sendo um dos primeiros a adotar o projeto, a expectativa é elevar essa participação nos próximos anos. O esforço envolve cerca de 100 funcionários e promete impulsionar os negócios no país.

61. Alvoar Lácteos

Setor: Comércio e Tradings
Fundação: 1935, em Taubaté (SP)
Receita: R$ 4,11 bilhões
Principal executivo: Vitor Bruno Machado Girão

Em 2023, a Alvoar Lácteos lançou uma nova marca, simbolizando a união entre a natureza e as bacias leiteiras, fundamentais para seu negócio. Essa iniciativa faz parte de um esforço estratégico de posicionamento de marca e expansão de mercado. A Alvoar reforçou sua cultura corporativa, traçando um plano com visão de três anos (2024-2026), que incorpora oito projetos estruturantes centrados na eficiência operacional e no desenvolvimento sustentável, estabelecendo bases sólidas para seu crescimento futuro.

62. Grupo Cereal

Setor: Comércio e Tradings
Fundação: 1981, em Rio Verde (GO)
Receita: R$ 4,09 bilhões
Principal executivo: Evaristo Lira Barauna

O Grupo Cereal colocou foco na expansão de sua capacidade produtiva em 2023, investindo em infraestrutura de armazenamento. No ano, a companhia destinou R$ 30 milhões para a ampliação de armazéns em Rio Verde, onde está sua sede, e no armazém em Paraúna, além de R$ 20 milhões para um armazém em Caiapônia, ambos em Goiás. Com uma produção diária de 3 mil toneladas em seu complexo de esmagamento de soja e uma linha de rações para diferentes animais, o grupo está investindo um total de R$ 200 milhões visando ao aumento das operações até 2026.

63. Ihara

Setor: Agroquímica e Insumos
Fundação: Em 1965, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 4,06 bilhões
Principal executivo: Julio Borges Garcia

Em 2023, a Ihara mostrou inovações de portfólio, como uma série de soluções que trouxeram moléculas inéditas para o controle de pragas e doenças, como um bionematicida que desafia os nematoides de solo. No combate às plantas daninhas, trouxe herbicidas para os cultivos de milho e do arroz. Também investiu em um protetor contra a ferrugem-asiática, segundo o Consórcio Antiferrugem. A empresa possui centros de distribuição na Bahia, em Goiás, no Mato Grosso, no Paraná e no Rio Grande do Sul, além de sua sede e centro de pesquisa em Sorocaba (SP).

64. Coplacana

Setor: Cooperativas
Fundação: 1948, em Piracicaba (SP)
Receita: R$ 3,88 bilhões
Principal executivo: Arnaldo Antonio Bortoletto

A Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana), pioneira entre as cooperativas de plantadores desse cultivo em São Paulo, ampliou significativamente sua capacidade de armazenamento ao longo da última década. De 2013 a 2023, aumentou a capacidade de 73.600 para 135.100 toneladas, crescimento de 83%. No mesmo período, expandiu sua presença física de 5 para 12 lojas, além de implementar uma loja virtual para fornecer insumos e assistência ao produtor rural em todo o país, fortalecendo seu compromisso de apoiar o setor agrícola.

65. Agrofel

Setor: Comércio e Tradings
Fundação: 1977, em Palmeira Das Missões (RS)
Receita: R$ 3,83 bilhões
Principal executivo: Ronaldo Ferrarin

Agrofel é uma empresa tipicamente gaúcha. Criada e estabelecida no estado, ela atua na compra, no armazenamento e na comercialização de grãos das principais culturas locais. Possui 52 unidades de atendimento, das quais 32 destinadas ao recebimento e à armazenagem e 20 pontos de atendimento ao cliente, que cobrem praticamente todas as regiões do Rio Grande do Sul. Neste ano, a empresa deve investir cerca de R$ 100 milhões para ampliar a capacidade de armazenamento, inaugurar novas lojas e iniciar a operação no município de Alegrete (RS).

66. Usina Coruripe

Setor: Agroenergia
Fundação: 1925, em Coruripe (AL)
Receita: R$ 3,66 bilhões
Principal executivo: Mário Lorencatto

A Usina Coruripe é a maior empresa do setor sucroenergético do Norte e Nordeste do país, controlada pelo grupo Tércio Wanderley. Com cinco unidades industriais em Alagoas e Minas Gerais, a empresa emprega diretamente 8 mil pessoas. A capacidade de moagem é de 16,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 500 milhões de litros de etanol e volume médio de 25 milhões de sacas de açúcar. A Coruripe também comercializa energia renovável, com capacidade de abastecer mensalmente cidades de até 580 mil habitantes.

67. Adecoagro do Ivinhema

Setor: Agroenergia
Fundação: 2002, na Argentina; No Brasil desde 2004
Receita: R$ 3,48 bilhões
Principal executivo: Mariano Bosch

Presente no Brasil, na Argentina e no Uruguai, a Adecoagro tem unidades produtoras de açúcar, etanol e energia nos estados de Mato Grosso do Sul e de Minas Gerais, além de um escritório corporativo em São Paulo. Na safra 2023/24, processou 12,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, estabelecendo novo recorde histórico de moagem. Essa quantidade de matéria-prima gerou a produção de 806 mil toneladas de açúcar e de 523 mil metros cúbicos de etanol, além de proporcionar a exportação de 694 mil MWh de energia elétrica. Em julho deste ano, anunciou investimento de R$ 225,7 milhões para quintuplicar sua produção de biometano.

68. Gonçalves & Tortola – GTFoods

Setor: Proteína Animal
Fundação: 1992, em Indianópolis (PR)
Receita: R$ 3,46 bilhões
Principal executivo: Rafael Gonçalves Tortola

A GTFoods, hoje com sede em Maringá (PR), atua nos setores de aves e peixes, da produção ao processamento das carnes, além da produção de amidos e de matérias-primas para a indústria de rações para pets. Nessa área, investiu R$ 1,5 milhão em sua operação. Em 2023, também captou R$ 150 milhões por meio de certificados de recebíveis do agronegócio (CRA) para financiar a automação de duas unidades de abate, localizadas em Maringá e Paraíso do Norte (PR). Atualmente, 25% da receita da empresa vêm de vendas externas, com foco em mercados como Europa, México, Oriente Médio e China.

69. Grupo Zilor – Açucareira Quatá

Setor: Agroenergia
Fundação: 1946, em Macatuba (SP)
Receita: R$ 3,43 bilhões
Principal executivo: Fabiano José Zillo

A Açucareira Quatá, também conhecida como Zilor Energia e Alimentos, é um dos 10 maiores grupos sucroenergéticos do país, com capacidade de moagem estimada em 12,5 milhões de toneladas. O ano de 2023 marcou a consolidação dos projetos de ampliação de cogeração de energia renovável nas três unidades do grupo, um investimento de R$ 579,2 milhões, e a aprovação de R$ 70 milhões para investir na vertical de nutrição, a Biorigin, empresa com forte atuação no mercado externo, principalmente América, Europa e Ásia.

70. Fugo Couros

Setor: Proteína Animal
Fundação: 1947, em Marau (RS)
Receita: R$ 3,29 bilhões
Principal executivo: José Fuga

A Fuga Couros começou processando 20 couros por dia. Hoje, a empresa possui 22 plantas industriais dedicadas, além do curtume, ao processamento de subprodutos, pet food, agropecuária e biodiesel. Desde 2022, a empresa está investindo R$ 350 milhões para instalar uma esmagadora de soja em Camargo, município próximo de Marau, visando à produção de biodiesel, que também vem de fonte animal. Além do Rio Grande do Sul, a Fuga tem unidades em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo. Desde 1998, ela conta com uma subsidiária, o Frigosul Frigorífico Sul, com quatro unidades de abate.

71. Jacto

Setor: Comércio e Tradings
Fundação: 1948, em Pompeia (SP)
Receita: R$ 3,25 bilhões
Principal executivo: Carlos Daniel Haushahn

A Jacto tem uma história singular. Criada em 1932 pelo imigrante japonês Shunji Nishimura como uma pequena oficina de consertos, especializou-se em pulverizadores, criando seu próprio novo modelo, melhor e mais fácil de usar. Era o início da história da empresa que hoje está presente em mais de 100 países, de cinco continentes, nos quais atua na fabricação de máquinas e equipamentos de alta tecnologia e soluções inovadoras para a agricultura. Em 2024, a Jacto anunciou sua entrada no mercado de drones agrícolas, ferramentas que vêm crescendo nas operações de campo.

72. J. Macedo

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1939, em Fortaleza (CE)
Receita: R$ 3,22 bilhões
Principal executivo: Irineu José Pedrollo

A empresa atua, principalmente, no mercado de moagem de trigo e na fabricação de misturas para bolos, massas, biscoitos, além de farinha. É dona de marcas icônicas, como Dona Benta e Petybon. Possui 10 unidades, entre fábricas e moinhos, no Ceará, na Bahia, no Paraná e em São Paulo. A empresa tem investido na modernização de suas unidades industriais, como na conclusão do projeto de um moinho em Fortaleza, visando aumentar a eficiência e a segurança operacional. A primeira etapa de outros investimentos, de um plano de R$ 500 milhões, foi anunciada neste ano em que a empresa completa 85 anos.

73. Bem Brasil Alimentos

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 2006, em Araxá (MG)
Receita: R$ 3,13 bilhões
Principal executivo: Dênio Oliveira

A Bem Brasil é de propriedade da família Rocheto, que já plantava batatas na década de 1940. Decidiu migrar do agronegócio para a agroindústria, transformando o produto final em um de maior valor agregado. Foi a primeira empresa a produzir batatas pré-fritas congeladas e é líder nacional em vendas na categoria, com mais de 50% do share nacional no acumulado de 2023, conforme pesquisa Comex. Conta com duas unidades fabris no Triângulo Mineiro, que geram 1.300 empregos diretos e 4 mil indiretos. Seu mix contempla mais de 20 produtos voltados para food service e varejo nacional.

74. Delta Sucroenergia

Setor: Agroenergia
Fundação: 1953, em Delta (MG)
Receita: R$ 3,09 bilhões
Principal executivo: Robert Carlos Lyra

A Delta Sucroenergia é uma empresa conduzida pela Família Lyra. Com área de 160 mil hectares destinados ao cultivo de cana, a empresa produz açúcar para exportação, açúcar cristal para o mercado interno, etanol e energia elétrica a partir do bagaço da cana-de-açúcar. A capacidade total instalada é para a moagem de 11 milhões de toneladas. Para a safra 2023/24, investiu cerca de R$ 80 milhões para a renovação de sua frota conectada em tempo real com o Centro de Inteligência Agrícola da companhia.

74. Frigol

Setor: Proteína Animal
Fundação: 1992, em Lençóis Paulistas (SP)
Receita: R$ 3,09 bilhões
Principal executivo: José Eduardo de Oliveira Miron

Em 2023, a FriGol impulsionou sua capacidade produtiva nas plantas de Lençóis Paulista (SP) e nas cidades de Água Azul do Norte e São Félix do Xingu (PA), resultando no abate de 573 mil bovinos, crescimento de 21% em relação ao ano anterior. Esse feito marca o segundo ano consecutivo de aumentos superiores a 20% na produção. Além disso, a FriGol expandiu sua presença internacional, aumentando seu portfólio de exportação para mais de 60 países e obtendo novas habilitações para iniciar exportações para Indonésia e Singapura, diversificando ainda mais seus mercados.

77. Vigor Alimentos

Setor: Proteína Animal
Fundação: 1917, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 3,09 bilhões
Principal executivo: Cesar Alejandro de Los Santos Llamas

A Vigor reafirmou seu legado centenário de inovação e qualidade no setor de lácteos ao conquistar reconhecimento no prestigioso World Cheese Awards 2023. Durante o Festival Internacional de Queijos de Trondheim, na Noruega, em 27 de outubro daquele ano, as marcas Vigor e Faixa Azul foram premiadas com três medalhas por seus queijos especiais. Esse reconhecimento internacional destaca a excelência da empresa e sua tradição de oferecer produtos revolucionários, consolidando ainda mais sua posição de destaque no mercado global de queijos.

77. Pedra Agroindustrial

Setor: Agroenergia
Fundação: 1931, em Cravinhos (SP)
Receita: R$ 3,04 bilhões
Principal executivo: Pedro Biagi Neto

Em 2023, a Pedra Agroindustrial lançou o USINOV Pedra Agro, seu primeiro programa de inovação aberta, com o intuito de atrair empresas que apresentem ideias inovadoras para o agronegócio. O programa, que significa “Usina com Soluções Inteligentes e Novas Oportunidades de Valor”, busca transformar essas ideias em negócios escaláveis. As empresas selecionadas terão acesso à estrutura do Área 51, hub de inovações localizado no Dabi Business Park, em Ribeirão Preto (SP). Além disso, contarão com mentorias de profissionais experientes da Pedra Agroindustrial, suporte em Provas de Conceito (PoCs) e oportunidades de participar de eventos e workshops focados em inovação e colaboração.

78. Berneck – Painéis e Serrados

Setor: Celulose, Madeira e Papel
Fundação: 1952, em Bituruna (PR)
Receita: R$ 2,9 bilhões
Principal executivo: André Fauth

Com raízes que remontam a 1952, a companhia continua sua tradição de excelência em gestão florestal e na produção de painéis reconstituídos, fornecendo soluções sustentáveis para clientes no Brasil e no mundo. A empresa se posiciona entre as maiores do Sul do Brasil, anunciando em 2023 investimentos de R$ 1,6 bilhão. No ano, a Berneck lançou a Linha Smart, com quatro novos padrões unicolores ideais para diferentes aplicações em mobiliário. Para fortalecer seu alcance global, a empresa também lançou um site em inglês, espanhol e mandarim, de modo a facilitar o atendimento a clientes em mais de 60 países.

79. Vibra Agroindustrial

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1967, em Montenegro (RS)
Receita: R$ 2,9 bilhões
Principal executivo: James Dominic Cleary

Em 2023, a unidade Vibra de Pato Branco (PR) atingiu um marco importante ao se tornar a mais recente fornecedora de carne de frango para a rede KFC, do Grupo IMC, que também incorpora a marca Pizza Hut e é dona das redes Viena e Frango Assado. Após auditorias de segurança dos alimentos e bem-estar animal, que avaliaram todo o processo produtivo, a unidade começou a produção-piloto de filés de frango, seguindo as exigências do KFC. Essa é a primeira unidade da Vibra a fornecer produtos para essa rede de fast-food.

80. Atvos Bioenergia Brenco

Setor: Agroenergia
Fundação: 2006, em Perolândia (GO)
Receita: R$ 2,79 bilhões
Principal executivo: Bruno Serapião

A Atvos Bioenergia Brenco produz etanol e eletricidade a partir da cana-de-açúcar e começa a investir em biometano. Sediada em São Paulo (SP), a companhia possui quatro filiais nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás e tem capacidade de moagem instalada de 13,8 milhões de toneladas de cana por ano, tendo processado 11,2 milhões na última safra. Em 2023, investiu R$ 1,6 bilhão nas áreas industrial e agrícola. Esse valor faz parte de um planejamento estratégico maior, que prevê o total de R$ 4,6 bilhões até 2026.

81. Fazendão Agronegócio

Setor: Comércio e Tradings
Fundação: 2004, em Gurupi (TO)
Receita: R$ 2,76 bilhões
Principal executivo: Volney Aquino

Em 2023, os investimentos da companhia foram em maior facilidade à sua equipe com o lançamento de um novo sistema de autoatendimento, ferramenta inovadora para facilitar o acesso dos colaboradores a informações essenciais. Agora, o sistema está disponível em computadores, tablets e smartphones, permitindo uma navegação simples e eficiente. Entre os recursos oferecidos, estão o gerenciamento do banco de horas, acesso a contracheques e atualizações da empresa. Com foco no bem-estar dos colaboradores, o sistema visa proporcionar mais conveniência e eficiência, reafirmando o compromisso da Fazendão com seus funcionários.

82. Prima Foods

Setor: Proteína Animal
Fundação: 1949, em Araguari (MG)
Receita: R$ 2,7 bilhões
Principal executivo: José Augusto de Carvalho Junior

Antigo Mataboi Alimentos, o Prima Foods é um dos frigoríficos mais tradicionais do país, focado no abate de bovinos e no comércio de carnes. São três unidades de abate, localizadas nos municípios de Araguari (MG), Santa Fé de Goiás (GO) e Cassilândia (MS). Essas plantas têm capacidade para abate diário da ordem de 3 mil bovinos. A empresa tem investido na modernização e automação das unidades, visando ao mercado de exportação para a Ásia, Oriente Médio, Europa e América Latina, sendo os principais destinos China, Hong Kong e Egito.

83. Colombo Agroindústria

Setor: Agroenergia
Fundação: 1940, em Ariranha (SP)
Receita: R$ 2,67 bilhões
Principal executivo: Rogério Aparecido Ferreira de Azevedo

Em 2023, a empresa celebrou sua parceria estratégica com a Biomcrop, especializada em agricultura regenerativa, marco significativo no compromisso de ambas com a sustentabilidade e o desenvolvimento agrícola. Essa colaboração está alinhada à estratégia ESG da Colombo, que prioriza práticas sustentáveis e a melhoria da qualidade do solo. A união busca aumentar a produtividade com a implementação de práticas inovadoras e tecnologias avançadas da Biomcrop, otimizando recursos naturais e minimizando impactos ambientais. Além disso, a parceria prevê a geração de Certificados de Biocombustíveis (CBIOs) pelo RenovaBio, contribuindo para a produção de biocombustíveis de baixa emissão de carbono.

84. Arauco do Brasil

Setor: Celulose, Madeira e Papel
Fundação: 1979, no Chile; No Brasil desde 2007
Receita: R$ 2,54 bilhões
Principal executivo: Carlos Alberto Altimiras Ceardi

Em 2023, a Arauco do Brasil S.A. anunciou investimento de US$ 4,6 bilhões (aproximadamente R$ 25,1 bilhões) para a construção da fábrica de celulose Sucuriú no município de Inocência (MS). Esse será o primeiro empreendimento da empresa voltado à produção de celulose branqueada no Brasil, com capacidade de 3,5 milhões de toneladas por ano. A operação está prevista para iniciar no segundo semestre de 2027. O projeto promete gerar cerca de 6 mil empregos diretos e indiretos, impulsionando a economia local e fortalecendo a indústria de celulose no país.

84. CMAA – Cia. Mineira de Açúcar e Álcool

Setor: Agroenergia
Fundação: 2006, em Uberaba (MG)
Receita: R$ 2,54 bilhões
Principal executivo: Carlos Eduardo Turchetto Santos

Na safra 2022/23, a Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA) investiu R$ 16,5 milhões na construção de fábricas de adubo em cada uma de suas unidades operacionais, trazendo inovações técnicas, ambientais e econômicas. Além disso, a empresa implementou o projeto de irrigação 4.0 para aumentar a produtividade e a longevidade dos canaviais, sem expandir para novas áreas. Com um investimento de R$ 655 milhões em 14 anos, a meta é irrigar 20 mil hectares, dos quais 1.670 hectares já estão operando com sistemas automatizados e monitoramento remoto, incluindo irrigação e fertirrigação.

86. Plena Alimentos

Setor: Proteína Animal
Fundação: 1989, em Pará de Minas (MG)
Receita: R$ 2,53 bilhões
Principal executivo: Marcos Antonio Maia

A Plena Alimentos, uma das maiores empresas de proteína bovina do Brasil, segue investindo pesado na expansão e modernização de suas operações. Em 2023, foram R$ 80 milhões destinados à ampliação das plantas industriais, com destaque para a nova fábrica de desossa em Porangatu (GO), que recebeu R$ 30 milhões e terá mais R$ 70 milhões para automação e instalação de um transelevador. Em Paraíso (TO), foram investidos R$ 25 milhões, aumentando a capacidade de abate de 720 para 1.200 cabeças por dia.

87. Cerradinho Bioenergia

Setor: Agroenergia
Fundação: 1973, em Catanduva (SP)
Receita: R$ 2,48 bilhões
Principal executivo: Paulo Oliveira Motta Junior

Entre os destaques dos investimentos de 2023 da Cerradinho Bioenergia, produtora de etanol e coprodutos renováveis, está o estabelecimento da parceria com a paulistana Escola de Negócios Saint Paul para capacitar suas lideranças e colaboradores. Com uma plataforma online personalizada, os funcionários terão acesso a cursos que atendem às demandas de um mercado cada vez mais ágil e competitivo. O plano da companhia visa ao desenvolvimento interno, de modo a capacitar seus funcionários em diversas competências, por meio de um ambiente propício à expansão de conhecimentos em diversas áreas, com cursos projetados e desenhados sob medida especificamente para profissionais que atuam em ambientes corporativos.

88. Santher

Setor: Celulose, Madeira e Papel
Fundação: 1938, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 2,44 bilhões
Principal executivo: Hiroyuki Shidara

A Santher, com 85 anos de tradição, vive uma nova era de inovação sob a gestão das multinacionais japonesas Daio Paper e Marubeni Corporation. A empresa aposta em tecnologias de ponta e sinergias para acelerar o crescimento, modernizando processos e produtos. Suas marcas líderes, como Personal, Snob, Kiss e Sym, mantêm forte presença no mercado, enquanto as divisões Santher Professional e Specialty Papers expandem sua atuação no B2B. Com essa estratégia, a Santher fortalece sua posição como referência em produtos de higiene
e papéis, unindo tradição e inovação.

89. SJC Bioenergia

Setor: Agroenergia
Fundação: 2011, em Quirinópolis (GO)
Receita: R$ 2,43 bilhões
Principal executivo: Abel Uchoa

Na safra 2023/24, a SJC Bioenergia destacou-se pela ampliação da produção de etanol e pelo aumento da capacidade de armazenamento de grãos, com três novas dornas e silos. A empresa também investiu na eficiência hídrica, reduzindo em 24,5% o consumo de água em uma de suas unidades. Além disso, destinou R$ 2,2 milhões à produção de insumos biológicos, com mais R$ 3,5 milhões previstos, reforçando o controle biológico de pragas e a adubação foliar, promovendo ganhos socioambientais e econômicos no agronegócio.

90. Cocal – Canaã Açúcar e Álcool

Setor: Agroenergia
Fundação: 1980, em Paraguaçu Paulista (SP)
Receita: R$ 2,4 bilhões
Principal executivo: Luiz Gustavo Scartezini Rodrigues

A Cocal Comércio Indústria Canaã Açúcar e Álcool S.A. anunciou, em 2023, a construção da segunda planta de biogás em Paraguaçu Paulista (SP), com início das operações previsto para 2025. Em parceria com a Geo Biogás & Tech, o projeto visa otimizar a produção de biometano, garantir produção durante o ano todo e ampliar o uso de matérias-primas. Além de fortalecer a agenda ESG, a iniciativa diminui o uso de diesel e fomenta uma economia circular, destacando a Cocal como uma das pioneiras no setor de carbono zero no Brasil.

91. Mili

Setor: Celulose, Madeira e Papel
Fundação: 1983, em Curitiba (PR)
Receita: R$ 2,38 bilhões
Principal executivo: Valdemar Lissoni

A Mili está entre as maiores fabricantes de capital nacional voltada ao setor de papel tissue, para a produção de personal care, como absorventes, hastes higiênicas, fraldas e toalhas umedecidas. São três plantas industriais, localizadas em Curitibanos e Três Barras, em Santa Catarina, e outra em Maceió. Em 2023, a empresa anunciou investimentos de R$ 100 milhões, destinados à modernização de maquinários para aumentar a capacidade de produção de papel higiênico, e lançou uma nova linha de absorventes.

92. Coopertradição

Setor: Cooperativas
Fundação: 2003, em Pato Branco (PR)
Receita: R$ 2,31 bilhões
Principal executivo: Julinho Tonus

A Coopertradição, que nasceu com 25 produtores rurais, agrega hoje cerca de 3 mil cooperados, que atuam, principalmente, no cultivo de soja, milho, trigo e feijão. Em novembro de 2023, a cooperativa anunciou o início da construção de uma indústria de farelo e óleo de soja com investimentos da ordem de R$ 700 milhões na primeira fase. A planta foi projetada para uma capacidade inicial de 2 mil toneladas de soja esmagadas diariamente. A unidade está prevista para entrar em operação no início de 2025, gerando cerca de 400 postos de trabalho.

93. Nutriza – Friato Alimentos

Setor: Proteína Animal
Fundação: 1991, em Pires do Rio (GO)
Receita: R$ 2,28 bilhões
Principal executivo: Francisco Tomazini

A Nutriza atua no setor de avicultura. Opera com três unidades. Em Pires do Rio (GO) e Uberlândia (MG), estão as operações de abate e processamento. A unidade mineira e a de Simões Filho (BA) também são centros de distribuição. A capacidade de produção de carne de frango e de itens processados é de 400 toneladas diárias, a partir do abate de 450 mil aves. Em 2023, a Nutriza anunciou um investimento de R$ 2 bilhões na construção de um novo frigorífico em Uruçuí (PI), com capacidade para abater 600 mil aves por dia. A previsão de início das operações é para 2025.

94. Frisa – Frigorífico Rio Doce

Setor: Proteína Animal
Fundação: 1968, em Colatina (ES)
Receita: R$ 2,24 bilhões
Principal executivo: Marcos Coutinho

A Frisa (Frigorífico Rio Doce) tem unidades de abate em Colatina (ES), Nanuque (MG) e Teixeira de Freitas (BA). Juntas, a capacidade de abate chega a 1.500 bovinos por dia. A empresa tem um foco grande na exportação, vendendo para mercados como China, Estados Unidos, Oriente Médio e Europa. Em 2023, a Frisa anunciou investimentos da ordem de R$ 60 milhões para ampliar e modernizar sua unidade de Colatina, com a meta de aumentar em 20% a capacidade de produção e diversificar a linha de produtos, visando ao mercado de carnes in natura e produtos industrializados.

95. GEES

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1980, em Balsas (MA)
Receita: R$ 2,15 bilhões
Principal executivo: José Antônio Gorgen

A GEES, anteriormente chamada RISA, é pioneira na produção de grãos no Nordeste do Brasil, em áreas antes pouco exploradas do Maranhão e do Piauí. Hoje, além da área de plantio de mais de 60 mil hectares nas safras e safrinhas, especialmente dedicada à soja, a empresa atua em diversos segmentos, como fertilizantes, máquinas, defensivos, logística e trading. Recentemente, a GEES vem expandindo suas operações com três misturadoras de fertilizantes, localizadas em São Luís e Balsas (MA) e Uruçuí (PI).

96. Boa Safra Sementes

Setor: Agroquímica e Insumos
Fundação: 2009, em Formosa (GO)
Receita: R$ 2,08 bilhões
Principal executivo: Marino Stefani Colpo

A Boa Safra Sementes é uma grande fornecedora de sementes de soja, entre as maiores do país, além de milho. Em 2023, a empresa anunciou o aporte de R$ 150 milhões para a ampliação de sua capacidade de produção de sementes, com parte destinada à construção de novos centros de distribuição no Tocantins e em Minas Gerais. Também investiu na expansão de seu braço de sementes de milho, a Bestway Seeds. Os investimentos de 2023 incluíram ainda a finalização de um ciclo de R$ 500 milhões, que aumentou a capacidade de produção da empresa para 240 mil big bags de soja e 1,3 milhão de sacas de milho.

97. Nortox

Setor: Agroquímica e Insumos
Fundação: 1954, em Arapongas (PR)
Receita: R$ 1,95 bilhão
Principal executivo: João Marcos Ferrari

A Nortox é uma das principais empresas de capital nacional que produz herbicidas, inseticidas, fungicidas e fertilizantes. Atua em três plataformas de negócios: defensivos, microfertilizantes granulados, mais sementes híbridas de milho e sorgo. Na unidade industrial, os investimentos em sustentabilidade levaram a Nortox, somente em 2023, a deixar de utilizar cerca de 1.300 toneladas de óleo BPF (derivado de petróleo), usando no lugar cerca de 11.500 metros cúbicos de madeira de reflorestamento, suprindo a atual demanda de produção de vapor.

97. Granja Faria

Setor: Proteína Animal
Fundação: 2006, em Nova Mutum (MT)
Receita: R$ 1,95 bilhão
Principal executivo: Ricardo Faria

A Granja Faria está no topo da produção de ovos comerciais e férteis no país. São 22 unidades produtivas em diversos estados, como Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. A capacidade das operações é para 20 milhões de galinhas e uma produção diária de 16 milhões de ovos. Em 2023, comprou a BL Ovos, com sede na Bahia, por R$ 290 milhões, e expandiu sua infraestrutura com o investimento de R$ 60 milhões em um novo centro distribuidor, no Espírito Santo. No entanto, o principal feito do ano foi assumir o controle acionário da Katayama Alimentos, uma das principais produtoras de ovos de São Paulo e tradicional exportadora para o Japão.

99. Barra Mansa Carnes

Setor: Proteína Animal
Fundação: 1887, em Ribeirão Preto (MT)
Receita: R$ 1,93 bilhão
Principais executivos: Dirceu Oranges Junior e Marcelo Oranges

A Barra Mansa Carnes é dirigida pela quinta geração da família Oranges. Hoje com sede em Sertãozinho, município vizinho de Ribeirão Preto, a empresa processa carne bovina, suína, frango, peru e pato. Além do mercado interno, exporta para cerca de 90 países, incluindo aqueles com populações muçulmanas, concentradas no Oriente Médio e na Ásia, e de mercado de valor agregado na Europa. Por isso, tem uma forte política de certificações, como a Halal, visando aos muçulmanos, e a Professional Animal Auditor Certification Organization (PAACO), organização que certifica auditores profissionais para conduzir avaliações de bem-estar animal.

99. Pamplona Alimentos

Setor: Proteína Animal
Fundação: 1948, em Rio do Sul (SC)
Receita: R$ 1,93 bilhão
Principal executivo: Irani Pamplona Peters

A Pamplona Alimentos, que processa cortes frescos de suínos, embutidos, presuntaria, defumados e produtos prontos para o consumo, exporta para cerca de 20 países, além de atender o mercado interno para o varejo e o food service. Em 2023, investiu R$ 77 milhões na expansão de sua fábrica em Presidente Getúlio (SC). Foram criadas novas áreas e câmaras de estocagem automatizadas, adotando tecnologia de indústria 4.0. A modernização tem por objetivo aumentar a eficiência e a capacidade de exportação da empresa para países que demandam produtos de maior valor agregado, como Japão, Coreia e Canadá.

O post Agro100: Maiores Empresas do Setor no Brasil Faturam Juntas R$ 1,7 Trilhão em 2023 apareceu primeiro em Forbes Brasil.

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