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Em 2025, aprender a evitar novas dívidas é mais crucial do que nunca para alcançar a estabilidade financeira duradoura. De acordo com os dados mais recentes do Federal Reserve (FED) regional de Nova York, a dívida total das famílias nos Estados Unidos atingiu US$ 17,94 trilhões (R$ 111 trilhões). Isso destaca as crescentes pressões financeiras enfrentadas por muitos americanos, onde os custos elevados e despesas inesperadas desestabilizam até os planos financeiros mais organizados. O mesmo é válido para outras partes do mundo.
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Confira as estratégias para reduzir o estresse e dar passos em direção à liberdade financeira:
1. Analise sua situação financeira atual
O primeiro passo para evitar novas dívidas é ter uma compreensão clara da sua situação financeira. Por isso faça uma lista de todas as suas obrigações pendentes, como cartões de crédito, empréstimos estudantis, empréstimos de carro, hipotecas e empréstimos pessoais. Para cada dívida, documente o saldo devedor, a taxa de juros, o pagamento mínimo e as datas de vencimento. Esse inventário detalhado permite que você identifique quais dívidas exigem atenção imediata. Ele também pode revelar oportunidades para consolidação ou refinanciamento, o que pode simplificar o pagamento.
Em seguida, examine seus hábitos de consumo. Analise extratos bancários e transações de cartão de crédito dos últimos três a seis meses para categorizar os gastos em essenciais (ex: aluguel, utilidades e supermercado), não essenciais (ex: entretenimento e refeições fora) e itens discricionários (ex: compras de luxo). Também identifique padrões e veja onde ajustes e cortes podem ser feitos. Você pode usar uma planilha simples ou baixar um aplicativo de orçamento dedicado para tornar esse processo mais fácil.
Por fim, calcule seu patrimônio líquido para avaliar a saúde financeira geral. Subtraia suas dívidas totais de seus ativos totais, que incluem economias, investimentos, propriedades e bens pessoais.
Um valor positivo indica estabilidade financeira, enquanto um patrimônio líquido negativo destaca a necessidade de melhorias. Dessa forma monitore regularmente seu patrimônio líquido para acompanhar o progresso ao longo do tempo. Isso também pode ajudá-lo a tomar decisões que se alinhem com seus objetivos e preparem o terreno para um futuro sem dívidas.
2. Crie e siga um orçamento
Um orçamento prático deve priorizar necessidades em vez de desejos, alocando fundos suficientes para categorias essenciais, como moradia, transporte, alimentação e saúde, ao mesmo tempo em que contribui para economias e pagamentos de dívidas. Também reserve uma quantia razoável para gastos discricionários a fim de manter um estilo de vida equilibrado. Por exemplo, planejar atividades de lazer ocasionais ou hobbies pode evitar sentimentos de privação que podem levar ao gasto excessivo.
A cada mês, compare seus gastos reais com os valores orçados e analise qualquer variação. Se os custos inesperados surgirem, identifique áreas não essenciais onde você pode reduzir temporariamente os gastos para se manter no caminho certo. Por outro lado, se você receber um valor extra, como um bônus ou reembolso de impostos, aloque-o para outras metas, como pagar dívidas de cartão de crédito. Mantenha flexibilidade em seu orçamento para que você possa se adaptar às mudanças enquanto continua a fazer progressos.
3. Crie ou aumente seu fundo de emergência
Um fundo de emergência serve como um amortecedor contra choques financeiros inesperados, como emergências médicas, reparos de carro ou perda repentina de emprego. Sem uma rede de segurança, as pessoas recorrem a cartões de crédito ou empréstimos para cobrir despesas urgentes, o que leva a novas dívidas.
A maioria dos especialistas recomenda economizar de três a seis meses de despesas de vida em um fundo de emergência. Para pessoas com renda variável ou grandes obrigações financeiras, uma reserva de seis meses pode ser mais adequada. Para garantir consistência, você pode automatizar transferências regulares de sua conta corrente para uma conta poupança dedicada. Além disso, você pode redirecionar qualquer renda extra para o fundo para atingir a meta de economia.
Outra dica é evitar investir esses fundos em ativos voláteis, pois as flutuações do mercado podem comprometer sua disponibilidade durante uma crise.
4. Limite o uso do cartão de crédito
Embora os cartões de crédito ofereçam conveniência, eles incentivam o gasto excessivo devido ao pagamento posterior e aos limites de crédito rotativo. O desconforto psicológico entre passar o cartão e gastar dinheiro físico pode fazer com que seja fácil perder o controle dos gastos, levando a dívidas difíceis de gerenciar.
Para combater isso, priorize o uso de dinheiro ou cartões de débito para compras do dia a dia. Esses métodos de pagamento fornecem feedback imediato sobre os gastos e garantem que você se mantenha dentro do seu orçamento. Com isso, reserve os cartões de crédito para compras planejadas que você possa pagar integralmente no próximo ciclo de fatura.
5. Evite compras impulsivas
As compras impulsivas minam a disciplina financeira e desviam os objetivos de longo prazo. Dessa maneira, o impacto cumulativo de pequenas compras frequentes pode sobrecarregar seu orçamento ao longo do tempo. Por exemplo, gastar R$ 50 algumas vezes por semana com itens não planejados pode não parecer muito no início, no entanto pode acumular centenas de reais por mês. O primeiro passo para mitigar os efeitos é reconhecer esses padrões.
Para combater as compras impulsivas, considere implementar um período de espera e aguarde de 24 horas a alguns dias antes de fazer uma compra não essencial. Dê a si mesmo tempo para refletir e avaliar se o item é realmente necessário ou se está alinhado com suas prioridades financeiras. Se o desejo persistir após o período de espera, avalie como a despesa se encaixa no seu orçamento e se pode prejudicar gastos mais críticos ou metas de economia.
Outro método eficaz é reduzir a exposição aos gatilhos de marketing, cancelando a inscrição em e-mails promocionais, limitando a navegação em plataformas de compras online e evitando lojas onde você costuma fazer compras não planejadas. Além disso, faça uma lista de compras antes de entrar em uma loja e siga-a rigorosamente para manter seus gastos focados e intencionais.
6. Planeje para compras maiores
Antes de comprar um item de valor elevado, estabeleça um cronograma para alocar fundos regularmente, estabelecendo marcos claros para acompanhar seu progresso. Outra estratégia é pesquisar vários fornecedores e aguardar períodos promocionais para garantir as melhores ofertas. Você também pode considerar alternativas como itens recondicionados ou usados em bom estado para reduzir ainda mais os custos.
Também é importante considerar o custo total da propriedade, que inclui despesas contínuas como manutenção, reparos e custos operacionais. Por exemplo, comprar um veículo exige orçar para seguro, combustível e serviços, enquanto a compra de uma casa envolve impostos sobre a propriedade, utilidades e possíveis reformas.
Nos casos em que o financiamento é necessário, aborde-o com sabedoria, explorando opções de baixo custo ou sem juros. Certifique-se de que os pagamentos mensais se encaixem no seu orçamento e desenvolva um plano claro para pagamento pontual.
7. Gerencie e reduza dívidas existentes
Duas estratégias populares são os métodos da bola de neve e da avalanche. A primeira prioriza o pagamento das menores dívidas primeiro, enquanto realiza pagamentos mínimos nas maiores. Essa abordagem gera motivação por meio de vitórias rápidas, à medida que as dívidas menores são eliminadas. Em contraste, o método da avalanche foca no pagamento das dívidas com as maiores taxas de juros, economizando mais dinheiro ao longo do tempo. Ambos os métodos têm seus méritos; escolha o que se alinha melhor com suas prioridades financeiras e temperamento.
Você também pode considerar a consolidação de dívidas para simplificar o pagamento ao combinar várias dívidas em um único empréstimo com uma taxa de juros mais baixa. Por exemplo, os saldos de cartão de crédito com altas taxas de juros podem ser quitadas usando um cartão de crédito de transferência de saldo com uma Taxa Percentual Anual (APR) introdutória de 0%. Essa ferramenta pode reduzir os custos gerais, mas exige disciplina para evitar acumular dívidas adicionais durante o período de consolidação.
Para aqueles que enfrentam dívidas esmagadoras, um Plano de Gestão de Dívidas (DMP) pode ser uma opção viável. Um DMP envolve trabalhar com uma agência de aconselhamento de crédito para negociar taxas de juros mais baixas ou condições mais favoráveis com os credores. As dívidas são consolidadas em um único pagamento mensal, que é distribuído aos credores, simplificando o processo e tornando-o mais gerenciável. Além disso, participar de um DMP geralmente envolve o fechamento de contas de cartão de crédito para evitar gastos excessivos futuros.
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