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Moda brasileira
Grande ano para Alexandre Herchcovitch, que celebrou sua carreira com a exposição “Alexandre Herchcovitch: 30 anos de moda”, além do documentário “Herchcovitch; exposto”, disponível no Prime Video. O doc recupera a trajetória do estilista, incluindo o processo de retomada da marca que leva seu nome, vendida em 2016 e posteriormente descontinuada. A volta em grande estilo aconteceu nas passarelas do SPFW, com um desfile impactante.
Reinaldo Lourenço completou 40 anos de marca com a linha Couture, que exibe não só o seu enorme potencial criativo, como as habilidades de modelagem, corte, costura e bordado que saem de sua fábrica em São Paulo.
Gloria Coelho celebrou 50 anos de moda! Um grande viva à moda brasileira.
Esporte na moda
A moda adora o esporte, e vice-versa. Mas a Olimpíada de Paris levou essa admiração mútua a outro patamar: uma influenciou ainda mais a outra. Um exemplo? A imagem de atletas gregos e símbolos esportivos como a jaqueta de motocross inspiraram Maria Grazia Chiuri na Dior.
Dança das cadeiras
Por mais cliché que o termo “dança das cadeiras” possa parecer, essas são as palavras que melhor condensam a ideia do entra-e-sai de diretores criativos em marcas internacionais importantes, que aconteceu repetidamente neste ano.
Ninguém rendeu mais notícia do que Matthieu Blazy, que em dezembro assumiu a cadeira mais almejada da moda: a da direção artística da Chanel, que um dia foi de ninguém menos do que Karl Lagerfeld. Blazy é o quarto estilista a assinar coleções pela maison, que teve Virginie Viard como antecessora. A escolha tem a ver com seu belo trabalho na italiana Bottega Veneta – que, por sua vez, foi assumida por Louise Trotter, que veio da Carven.
John Galliano encerrou o ciclo na Maison Margiela também em dezembro. Deixou para a história da moda a coleção de alta-costura desfilada em janeiro: dramática, nebulosa, sexualizada, elaboradamente minuciosa, bela e um tanto incômoda – mais ou menos como os tempos que vivemos hoje em dia.
Chemena Kamali estreou na Chloé com sucesso, assim como Alessandro Michele na Valentino.
Mais movimentações: Sarah Burton vai para a Givenchy, Haider Ackermann para a Tom Ford; Michael Rider entra na Céline, Peter Copping na Lanvin, Veronica Leoni na Calvin Klein. Futuros não declarados: Pierpaolo Piccioli saiu da Valentino, Hedi Slimane da Céline.
Adeus
Em 2024, demos adeus ao estilista italiano Roberto Cavalli, tão conhecido pelas animal prints e a abordagem supersexy, e também à influencer Iris Apfel, uma fashionista de carteirinha, colecionadora de looks e acessórios maximalistas, que passou a fazer sucesso nas redes sociais depois dos 80 anos – ela faleceu com 102.
Donata Meirelles é consultora de estilo e atua há 30 anos no mundo da moda e do lifestyle.
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