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Em algum momento, a maioria das pessoas se pergunta como será lembrada. Alfred Nobel foi um dos poucos indivíduos que realmente descobriu o que o mundo pensaria sobre ele após sua morte (isso aconteceu há mais de 100 anos, antes de você poder buscar seu nome no Google). E isso mudou a sua vida, sua reputação e seu legado.
Nobel foi um químico, engenheiro e fabricante de armamentos sueco que possuía 350 patentes – entre elas, a mais famosa era a dinamite.
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Em 1888, o irmão de Alfred, Ludvig, faleceu enquanto visitava a França, e um jornal francês, por engano, publicou o obituário de Alfred. O jornal informou: “Dr. Alfred Nobel, que ficou rico ao encontrar maneiras de matar mais pessoas mais rápido do que nunca, morreu ontem.” Ele ficou marcado pela invenção da dinamite, e a manchete dizia: “Le marchand de la mort est mort.” (“O mercador da morte está morto.”)
Isso perturbou Alfred e o fez refletir sobre como seria lembrado. “O mercador da morte” não era o legado que ele desejava. Então, em 27 de novembro de 1895, no Clube Sueco-Norueguês em Paris, Nobel assinou seu último testamento, destinando a maior parte da sua fortuna – que hoje seria o equivalente a cerca de US$ 1 bilhão – para a criação dos Prêmios Nobel.
Eles seriam concedidos anualmente àqueles “que, durante o ano anterior, tivessem conferido o maior benefício à humanidade” nas áreas de medicina, química, física, literatura e paz. Em 1968, foi adicionado o prêmio de ciências econômicas.
Alfred Nobel morreu de acidente vascular cerebral pouco mais de um ano após assinar seu testamento. A tentativa de salvar a sua reputação foi um sucesso.
Nesta época do ano, os seis prêmios Nobel já foram concedidos. Vale a pena refletir: sabemos quem são essas grandes figuras premiadas e quais são suas conquistas?
Por outro lado, dificilmente nos esquecemos dos nomes daqueles que geram desordem, alimentam o caos e os problemas do mundo. A maior conquista dos líderes será transformar essa realidade.
*Eli Amdur é colaborador da Forbes US. Ele é um jornalista com mais de 50 anos de experiência, já escreveu mais de 2.000 artigos sobre mercado de trabalho, ambiente corporativo e liderança e fundou uma empresa de consultoria de carreira.
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