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O Fiagro Nagro Oikos, fundo de investimento da Nagro Crédito Agro, fintech brasileira que oferece crédito para produtores rurais, em parceria com a gestora Oikos Capital, acaba de fazer uma captação de R$ 75 milhões em sua segunda oferta. O fundo visa expandir as operações de crédito agro para pequenos e médios produtores, compra de insumos em revendas, distribuidores e indústrias. Com projeção de elevar seu patrimônio para R$ 200 milhões, o Fiagro utiliza a tecnologia AgRisk, sistema avançado de análise de risco que avalia a capacidade de crédito dos produtores rurais e minimiza os riscos financeiros.

Na primeira etapa, em 2023, o Fiagro Nagro Oikos captou R$ 200 milhões, atuando em 25 estados e financiando mais de 40 culturas diferentes. Linhas como Crédito Produtor, AgCred e Giro Agro, voltadas para culturas essenciais da agricultura e pecuária, foram os principais destaques da primeira captação. “A meta da segunda oferta é ampliar o portfólio do fundo, reafirmando o compromisso da fintech com o desenvolvimento do agronegócio e a oferta de crédito como um impulso econômico à produção rural”, diz Gustavo Alves, CEO da Nagro Crédito Agro.

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De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o estoque de recursos dos Fiagros brasileiros alcançou R$ 40 bilhões em agosto de 2024, registrando um crescimento de 5,3% em relação a dezembro de 2023.

Desde sua criação em 2021, os Fiagros ganharam espaço impulsionados por incentivos fiscais e maior flexibilidade regulatória, que contribuem para seu potencial de expansão. Segundo a Anbima, o patrimônio desses fundos quadruplicou entre 2022 e 2024, consolidando-se como um complemento às formas tradicionais de financiamento como as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e outros produtos de crédito para o setor agropecuário.

A diversificação regional e de culturas é um dos principais fatores que minimizam os riscos do fundo Nagro Oikos. As operações dos fundos abrangem diversas culturas, com destaque para soja (30%), bovinos de leite (20%), bovinos de corte (15%), milho (8%) e café (5%). Os percentuais representam a cultura principal de cada produtor, que normalmente trabalha com duas ou mais culturas.

O fundo oferece diferentes classes de cotas, como Sénior, Mezanino e Subordinada, permitindo que investidores escolham o perfil de risco e retorno que melhor se adequa às suas necessidades. As operações destinadas diretamente ao produtor rural, como custeio e investimento, representam 60% do fundo. Os outros 40% são destinados a uma linha que financia a compra de insumos em revendas, distribuidores e indústrias do agro. Em 2024, as cotas subordinadas apresentaram rentabilidade anualizada de 31,1%, superando o CDI.

Recentemente, a Nagro obteve autorização do Banco Central para operar como Sociedade de Crédito Direto (SCD), o que permite à empresa conceder crédito utilizando recursos próprios. Isso reforça sua estratégia de oferecer crédito especializado para pequenos e médios produtores rurais, fortalecendo ainda mais sua presença no setor.

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