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A bilionária filantropa Mackenzie Scott vendeu mais 11% de suas ações da Amazon, segundo um novo documento divulgado na última semana. Esses ativos valiam mais de US$ 8 bilhões (R$ 46,48 bilhões) em 30 de setembro, data reportada no documento. Com essa última venda, Scott já se desfez de 255 milhões de ações da gigante americana, estimadas em US$ 37 bilhões (R$ 215,97 bilhões) na época em que foram transferidas.
Scott, ex-esposa do fundador e presidente da Amazon, Jeff Bezos, recebeu 400 milhões de ações da Amazon como parte do divórcio do casal em 2019. Ela já dissolveu dois terços de suas ações em menos de seis anos. Até o momento, doou pelo menos US$ 17,3 bilhões (R$ 100,61 bilhões) para grupos sem fins lucrativos, tornando-se uma das cinco doadoras vivas mais generosas dos EUA, segundo a Forbes.
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A Forbes também estima que Scott possui um patrimônio de US$ 30 bilhões (R$ 174,3 bilhões), abaixo dos US$ 38 bilhões (R$ 220,78 bilhões) da semana passada e bem distante do seu pico em 2021 de US$ 59 bilhões (R$ 342,79 bilhões). Isso se baseia na suposição de que Scott destinou quase todas as ações da Amazon para um fundo de doação orientada. Se ela não tivesse doado nenhum de seus ativos, seu patrimônio seria de US$ 82 bilhões (R$ 476,42 bilhões), o que a colocaria entre as 20 pessoas mais ricas do mundo e como a segunda mulher mais rica do planeta.
Doações e filantropia
Recentemente, os beneficiários das doações de Scott incluem o Mni Sota Fund, uma organização sem fins lucrativos de construção de riqueza para povos indígenas urbanos em Minnesota, que recebeu uma contribuição de US$ 1,5 milhão (R$ 8,71 milhões) em outubro; o Access to Capital for Entrepreneurs, uma organização sem fins lucrativos da Geórgia que ajuda pequenas empresas com empréstimos, que recebeu US$ 10 milhões (R$ 58,1 milhões) em agosto; e a Coastal Enterprises, uma organização que apoia o desenvolvimento econômico rural no Maine, que obteve uma doação de US$ 15 milhões (R$ 87,15 milhões) em outubro — uma rara segunda doação da filantropa, que normalmente concede contribuições únicas.
Scott tem expressado o desejo de dar destaque às organizações sem fins lucrativos, e não a si mesma. Assim, ela permite que cada instituto decida se anunciará a doação ou a manterá anônima.
A bilionária normalmente anuncia novas doações no site Yield Giving ao final de cada ano. De acordo com o último documento é provável que algumas das ações vendidas tenham sido destinadas a organizações sem fins lucrativos ao longo de 2024. Até agora, dos US$ 37 bilhões (R$ 215,97 bilhões) em ações da Amazon que se desfez, ela reportou US$ 17,3 bilhões (R$ 100,61 bilhões) em doações para mais de 2.300 instituições de caridade diferentes (sem contar os anúncios deste ano, que provavelmente ocorrerão dentro de um mês).
Os US$ 20 bilhões (R$ 116,2 bilhões) restantes provavelmente estão em uma de suas várias contas filantrópicas ou em outros investimentos. As ações já devem ter sido vendidas, independentemente de Scott tê-las transferido para um de seus fundos de doação orientada. “A maioria das instituições de caridade tem uma política de venda imediata”, ou pelo menos de venda o mais rápido possível sem influenciar os mercados, diz Holly Welch Stubbing, CEO do National Philanthropic Trust, um patrocinador de fundo de doação orientada onde Scott supostamente tem uma conta.
O estilo de filantropia de Scott é único entre os ultra-ricos: ela raramente solicita subsídios — a única exceção até agora foi seu Open Call, que concedeu US$ 640 milhões (R$ 3,72 bilhões) para 361 organizações por meio de um longo processo de candidatura em março — e oferece doações em dinheiro sem restrições para pequenas organizações sem fins lucrativos que frequentemente excedem o orçamento anual de suas ONGs.
Não é incomum que as organizações beneficiadas pensem que a ligação com a notícia da doação seja um golpe, já que anunciar uma contribuição de Scott pode ser um selo de aprovação para instituições de caridade pouco conhecidas e, idealmente, um catalisador para mais financiamento no futuro. Segundo Dianne Calvi, CEO da Village Enterprises, uma organização que combate a pobreza na África rural e que recebeu uma doação de US$ 7 milhões (R$ 40,67 milhões) de Scott no ano passado. “A doação de Scott foi uma importante chancela que levou a duas grandes doações de financiadores muito importantes nos seis meses seguintes. Isso nos deu uma reputação mais forte”, afirmou Calvi.
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