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Investidores estrangeiros venderam US$ 25,5 bilhões em ações de mercados emergentes em outubro, o maior valor desde o início de 2020, mesmo assim a entrada de capital por meio de aplicações em títulos e dívidas dessas economias superaram a saída. Segundo o Instituto Internacional de Finanças (IIF), os títulos atraíram US$ 27,4 bilhões (R$ 156,18 bilhões).
Conforme os mercados se preparavam para a eleição presidencial dos EUA, houve um movimento em direção a negócios que se beneficiariam de uma volta de Donald Trump voltasse à Casa Branca. Trump fez sua campanha defendendo medidas protecionistas, assim elevando o dólar.
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“As preocupações com a força do dólar em relação às moedas de países emergentes ampliaram a aversão ao risco nos mercados acionários”, disse o economista do IIF Jonathan Fortun em um comunicado.
Dólar mais forte com promessas de Trump retirou capital de ações emergentes. Foto: Getty Images
Regionalmente, no mês passado, a Ásia registrou uma saída líquida de US$ 6,8 bilhões (R$ 38,76 bilhões), enquanto a Europa Emergente recebeu US$ 5,2 bilhões (R$ 29,6 bilhões) e a América Latina, US$ 3,6 bilhões (R$ 20,52 bilhões). Os fluxos para a África foram marginalmente negativos.
“Essa mudança está alinhada com a expectativa de que os diferenciais de rendimento e as trajetórias das taxas possam favorecer cada vez mais a dívida dos emergentes em detrimento das ações, à medida que a aversão ao risco aumenta globalmente”, explica o economista.
No acumulado de 2024, os estrangeiros investiram cerca de 249 bilhões de dólares em termos líquidos em seus portfólios de mercados emergentes.
Situação na China segue ritmo lento
As ações chinesas perderam US$ 9 bilhões (R$ 51,3 bilhões) após terem registrado em setembro o maior fluxo de entrada desde pelo menos 2015, enquanto os títulos da China atraíram US$ 1,4 bilhão (R$ 7,98 bilhões) . “Apesar das medidas de flexibilização direcionadas do governo chinês, a confiança dos investidores continua baixa”, disse Fortun. Cerca de US$ 220 bilhões (R$ 1,2 trilhão) foram para dívidas, dos quais US$ 169 bilhões foram para fora da China.
“Essa dinâmica provocou mudanças substanciais no mercado, onde as preocupações com o crescimento e a incerteza regulatória continuam a deter o investimento estrangeiro na China”.
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