Itaú Deverá Pagar Dividendo Extraordinário Superior Ao de 2023

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O Itaú Unibanco (ITUB4) deverá pagar um dividendo extraordinário referente a 2024 maior que o pago em 2023. Segundo Milton Maluhy, CEO do banco, neste ano há menos incertezas devido a mudanças na regulação e na contabilidade dos bancos, o que reduz a necessidade de manter capital excedente.

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Com isso, o capital principal (Common Equity Tier, ou CET) de nível 1 está em 13,7% dos ativos, acima do nível mínimo autorizado pelo Conselho, que é de 11,5%. Maluhy disse que o banco deverá “certamente” pagar um dividendo extraordinário superior ao que foi pago referente aos resultados de 2023. “Não é do nosso interesse reter capital acima do necessário” diz ele.

Ao longo do 3T24, o banco se desfez da parcela remanescente do capital da XP, que era de cerca de 1,5%, o que reforçou ainda mais a base de capital do banco. Além disso, o banco anunciou a recompra de US$ 1,250 bilhão em notas subordinadas, com impacto de 0,55 ponto porcentual no índice de capitalização Nível 1. “Essa foi uma decisão econômica, entendemos que é mais eficiente captar no mercado local”, diz Maluhy.

O mercado gostou da notícia. No fim da manhã, as ações do banco estavam com alta de 2%, maior valorização da carteira do Ibovespa. A segunda maior alta, de 1,9%, era das ações da Itaúsa (ITSA4), holding que controla o banco. No momento de maior valorização, os papéis do Itaú chegaram a subir 3,3% devido à notícia do dividendo extraordinário.

Crédito

O banco elevou sua projeção (“guidance”) de crescimento para a carteira de crédito em 2024, agora esperando uma expansão entre 9,5 por cento e 12,5 por cento, comparado com a expectativa anterior de 6,5 por cento a 9,5 por cento. Essa revisão reflete a confiança do banco em um ambiente de crédito mais favorável, fundamentado pela melhora da qualidade do crédito e pela resiliência observada em diversas linhas da carteira.

Segundo Maluhy, a alta da Selic é negativa para os bancos em geral no longo prazo, pois eleva a inadimplência e reduz a oferta de crédito. Em termos de inadimplência, os mais prejudicados são os clientes que captam empréstimos indexados ao CDI, como as pequenas e médias empresas. “Porém, no caso das linhas com teto de crédito, o aumento dos juros pode impedir a concessão para alguns clientes, caso de algumas linhas do empréstimo consignado e do financiamento imobiliário.”

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