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A China solicitou que os participantes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2024 (COP29) realizem discussões durante a cúpula da próxima semana sobre impostos de carbono e outras “medidas comerciais restritivas” que, segundo Pequim, estão prejudicando os países em desenvolvimento, de acordo com um documento visto pela Reuters.
A solicitação aumenta a perspectiva de que as crescentes tensões comerciais entre as principais economias possam atrapalhar as negociações climáticas da cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) deste ano, que começam em 11 de novembro em Baku, no Azerbaijão.
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A China, em nome do grupo de países Basic, que também inclui Brasil, Índia e África do Sul, apresentou uma proposta ao órgão climático da ONU (UNFCCC) para acrescentar à agenda da COP29 conversas sobre “preocupações com medidas comerciais restritivas unilaterais relacionadas à mudança climática”, segundo o documento.
Os países do Basic têm sido críticos ferrenhos das políticas climáticas relacionadas ao comércio da União Europeia, incluindo sua lei antidesmatamento e sua taxa de carbono, que imporá taxas sobre as importações de produtos com alto teor de carbono.
A China e a Índia têm criticado a taxa de carbono como protecionista e disseram que ela penaliza injustamente os países em desenvolvimento.
A UE afirma que isso é necessário para impedir que as indústrias europeias – que pagam uma taxa sobre suas emissões de CO2 – sejam prejudicadas por importações baratas de países com políticas climáticas mais fracas.
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Um porta-voz da UNFCCC confirmou que recebeu a proposta dos países do bloco de quatro países recentemente industrializados (Basic), que inclui o Brasil, África do Sul, India e China. O Ministério das Relações Exteriores da China não respondeu ao pedido de comentário. A menos que os países retirem sua proposta, ela será apresentada no início da COP29, quando os participantes deverão adotar – por consenso – a agenda da conferência.
Quaisquer disputas sobre a agenda da COP29 poderiam atrasar o início das negociações e reduzir o tempo que resta para os países fecharem acordos — incluindo sua principal tarefa, aprovar potencialmente centenas de bilhões de dólares em novos financiamentos para lidar com as mudanças climáticas.
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