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Os preços do milho fecharam outubro com alta de 13% no mercado brasileiro, sustentados pela demanda interna aquecida e pela retração de vendedores, de acordo com análise publicada nesta sexta-feira (1) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
Além disso, o receio em relação a uma menor área de plantio na primeira safra do cereal no país e o atraso do plantio da soja, que acaba interferindo na janela de plantio do milho da safra, ajudaram a consolidar o movimento de alta dos preços domésticos, afirmou o Itaú BBA, em relatório publicado também nesta sexta-feira.
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Para o Cepea, “demandantes indicam ter dificuldades em adquirir novos lotes, alegando baixa disponibilidade no spot nacional e altos valores pedidos por produtores”.
“Do lado da oferta, a expectativa de que os preços sigam avançando mantém produtores afastados dos negócios e atentos ao andamento da atual safra verão”, completou o centro de estudos da Esalq.
O indicador Esalq/BM&FBovespa (Campinas – SP) se aproximou dos 73 reais a saca de 60 kg na quinta-feira (31), apontou o Cepea, citando alta semanal de 2,2% e de 13% no acumulado de outubro.
O cereal, segundo o indicador, atingiu ainda o maior desde 18 de abril de 2023 (base Campinas).
Na média das regiões pesquisadas pelo Cepea, entre 24 e 31 de outubro, as elevações foram de 1,5% no mercado de balcão (ao produtor) e de 2,4% no de lotes (negociação entre empresas). No mês, as cotações subiram expressivos 10,2% e 10,3%, respectivamente.
O Cepea e o Itaú BBA, contudo, avaliam que as preocupações climáticas para o milho foram amenizadas.
“Ressalta-se que a semeadura da safra verão foi favorecida pelo retorno das chuvas nas principais regiões, o que ameniza em partes as recentes preocupações relacionadas a possíveis atrasos na segunda safra de 2025”, afirmou o centro de estudos.
Já o Itaú BBA afirmou que “as chuvas seguem acontecendo em bons volumes, inclusive com os mapas de previsão sinalizando boas precipitações para as próximas semanas, o que deve ajudar na aceleração do plantio (de soja) e dissipar o receio em relação ao plantio da safrinha dentro da janela ideal”.
O Itaú citou também que a valorização do milho nos últimos meses esteve atrelada às cotações na bolsa de Chicago e à desvalorização do real frente ao dólar.
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O banco comentou também que “ainda há bastante milho na mão do produtor”. Com a entrada da soja nos silos, quando a colheita começar em janeiro, o cereal terá que “sair” dos armazéns para o mercado. “É possível que vejamos algum movimento de pressão de baixa sobre os preços quando isso ocorrer.”
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