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A safra de soja 2024/25 do Paraná, um dos três principais Estados produtores da oleaginosa do Brasil, foi estimada nesta quinta-feira em recorde de 22,4 milhões de toneladas, praticamente estável na comparação com a projeção do mês anterior (22,42 milhões), de acordo com relatório do Departamento de Economia Rural (Deral).
Se confirmada a projeção, a safra da soja do Paraná, que está apenas em fase de plantio, poderia crescer 21% na comparação com a temporada passada, que foi atingida por problemas climáticos, segundo números do órgão do governo do Paraná.
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As condições climáticas estão favoráveis para a soja paranaense neste início de temporada. O Estado já plantou 62% da área estimada em 5,8 milhões de hectares, o índice mais adiantado para a época desde 2017 (66%).
“Safra de soja, dentro da normalidade. Chuvas regulares e em espaço de tempo que permite o avanço do plantio. As lavouras já plantadas apresentam bom desenvolvimento. Neste momento, a safra tem ótimo potencial”, afirmou o especialista do Deral Edmar Gervásio, à Reuters.
Se o número preliminar for confirmado, a safra atual superaria o recorde anterior, registrado em 2022/23 (22,3 milhões de toneladas), segundo dados do Deral. Mas o clima será importante para o bom desenvolvimento das lavouras até a colheita, que geralmente começa em janeiro.
A nova previsão do Deral é ligeiramente abaixo da estimativa divulgada em setembro, já que o departamento estatal ajustou a área plantada. Ainda assim, o Estado deverá ver um leve crescimento ante 2023/24, quando o Paraná semeou 5,785 milhões de hectares.
As condições de plantio no Paraná diferem das registradas em outras partes do Brasil, como o Mato Grosso, o maior produtor, onde as chuvas não tinham chegado com intensidade para propiciar um avanço maior na semeadura.
Já a primeira safra de milho do Paraná foi estimada em 2,62 milhões de toneladas, praticamente estável ante previsão do mês anterior, segundo o Deral. Isso representaria um aumento de 4% na comparação anual — o Estado concentra a maior parte da produção do cereal na segunda safra, cuja estimativa para 2024/25 ainda não foi realizada.
No início do mês, a entidade revelou que o plantio de soja no Paraná avançou para 33% da área projetada, marcando o ritmo mais forte para esta época desde 2018. O estado está entre os três maiores produtores de soja do Brasil e tem ditado o ritmo dos trabalhos de plantio no país.
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Na contramão da soja, o Deral voltou a reduzir a previsão da safra de trigo, que está sendo colhida. Agora a colheita de 2024 é estimada em 2,35 milhões de toneladas, ante 2,58 milhões de toneladas na previsão divulgada em setembro.
A geada também afetou a qualidade do trigo em algumas áreas. No norte do Estado, onde a seca foi um problema maior, o cereal colhido tem melhor padrão, apesar da quebra de safra.
Produtores que ainda não colheram o trigo estão preocupados com as chuvas, que costumam afetar a qualidade.
“As lavouras mais tardias estão no sul, apesar da preocupação com as chuvas, podem ser as melhores em ambos quesitos (produtividade e qualidade)”, disse Carlos Hugo Godinho, especialista em trigo do Deral.
O Estado costuma ser um dos maiores produtores de trigo do Brasil, ao lado do Rio Grande do Sul. Até esta semana, o Paraná havia colhido 87% da safra.
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