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Aproveitando a oportunidade. Após vários meses de negociações para tentar uma fusão de operações, os controladores da empresa farmacêutica EMS aproveitaram a queda de cerca de 15% das ações da Hypera Pharma nesta segunda-feira (21) e enviaram uma proposta de fusão para a companhia controlada por João Alves de Queiroz Filho.
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Mais cedo, o mercado havia reagido mal à proposta de reestruturação da estrutura de capital de giro, tanto que a empresa havia lançado uma oferta de recompra de até 7,4% das ações. Não foi o suficiente para acalmar os investidores, porém o súbito avanço das negociações com a EMS e o fato relevante divulgado no meio da tarde estancaram a sangria.
O fato relevante divulgado com o mercado aberto e em momento de estresse para os papéis da Hypera não traz detalhes além da confirmação de que uma proposta foi recebida hoje.
Por volta das 15h20, os papéis estavam em leilão — prática de praxe quando um documento de grande importância é divulgado ainda durante o pregão. No momento da operação, HYPE3 recuavam “apenas” 2,26%.
Momentos antes, o Brazil Journal havia noticiado detalhes da fusão. Segundo o veículo, com a incorporação da Hypera, a EMS fará uma Oferta Pública de Aquisição de Ações (OPA) para retirar as ações HYPE3 da bolsa. Os acionistas terão a opção de vender os seus pais com um prêmio de 16,9% com relação ao último fechamento, por R$ 30. No momento em que as ações recuavam mais de 15%, o prêmio era de 16%.
Caso seja concluída, a fusão criará a maior farmacêutica do país, com um faturamento de R$ 15,9 bilhões. Segundo o fato relevante, a proposta ainda será analisada pelo conselho de administração da Hypera Pharma.
Entenda o caso
O anúncio que havia azedado o humor do mercado foi o de “otimização do capital de giro”. O maior objetivo é reduzir o prazo de pagamento oferecido aos clientes para aumentar sua geração de caixa operacional. Segundo a companhia, a iniciativa tem potencial de um incremento de R$ 2,5 bilhões até 2028 e de R$ 7,5 bilhões nos próximos 10 anos.
“Assim, geramos maior flexibilidade financeira para capturar oportunidades futuras de crescimento orgânico e inorgânico, além de melhoria na eficiência operacional”, afirma a companhia em fato relevante ao mercado.
A segunda mudança feita pela Hypera Pharma foi uma suspensão das projeções (guidance) feito pela administração. Antes, era esperado um receita líquida de R$ 8,6 bilhões, Ebitda (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) ajustado de R$ 3 bilhões e lucro líquido de R$ R$ 1,8 bilhões para 2024.
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Em contrapartida, a companhia também anunciou um programa de recompra de ações de até 7,4% do total de papéis em circulação, algo próximo de 30 milhões de ativos.
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