Rosewood Le Guanahani, em St. Barth, é paraíso francês no mar do Caribe

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A península privativa do Rosewood Le Guanahani St. Barth cria a dúvida de qual praia curtir primeiro

Desembarcar em St. Barth já é uma aventura à parte. O pequeno avião faz um mergulho final que quase “lambe” o relevo montanhoso antes de tocar suavemente a pista curta do Aeroporto Gustaf 3º, que fica espremido entre montanhas e praia.

A emoção do pouso é apenas o início de uma jornada mágica por esse paraíso caribenho, um refúgio amado pelos viajantes UHNI (ultra-high-net-worth-individuals) do mundo inteiro, incluindo o Brasil. Passaportes carimbados e confortavelmente embarcados na van, não levaríamos muito mais tempo para chegar ao nosso tão aguardado destino. Já era fim do dia, mas ainda tivemos tempo para visitar as enormes instalações da nossa megassuíte e apreciar o pôr do sol, que nos agraciava com um céu que mais parecia uma pintura divina. Nossas acomodações eram tão aconchegantes que preferimos stay-in – e recorremos a uma das maiores invenções da humanidade, em minha opinião: o room service.

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A curta pista do Aeroporto Gustaf 3o: emoção na chegada e na saída

Acordar com o sempre mágico som das ondas, abrir os olhos e deparar com a cena deslumbrante do vento balançando a vegetação ao redor e o mar do Caribe levemente encrespado ao fundo… Perco a noção do tempo admirando as diferentes nuances azuis da água e os verdes das montanhas. Nada menos que espetacular.

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O café da manhã montado no deck da suíte, ao lado de uma piscina privativa tentadora, é o cartão de visitas de um dia que já nasce memorável. Nesta península particular, em uma esquina linda no nordeste da ilha de St. Barthélemy, o Rosewood Le Guanahani St. Barth é um lugar especial – especial a ponto de escolhê-lo, no início de maio, para relaxar em grande estilo nos dias que antecederam uma semana agitada em Nova York, sobretudo com a realização da icônica Forbes Brasil Party.

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A Bougainvillea Suite tem 183 metros quadrados e é a maior do Rosewood Le Guanahani St. Barth

Fiquei hospedado na nova Bougainvillea Suite, um bangalô de três quartos, uma grande piscina privativa, estrategicamente localizado no resort de 18 hectares, com privacidade total em um jardim isolado com acesso superconveniente, a pouquíssimos passos do restaurante e das maravilhas à beira-mar. A Bougainvillea, com 183 metros quadrados, é uma das nove Signature Suites, entre as 66 da propriedade. O Rosewood Guanahani foi reinaugurado em 18 de novembro de 2021 – foram quatro anos de portas fechadas e uma completa reforma após a devastadora passagem dos furacões Irma e Maria, em 2017.

A arquitetura do escritório norte-americano (de Washington) David M. Schwarz Architects e o design de interiores norte-americano (de Miami) de Luis Pon Design Lab acertam em cheio no ambiente, com excelente iluminação natural e conforto absoluto. A herança caribenha francesa se faz presente nos tons do hotel: turquesa, inspirado pelo mar local, e lavanda, que remete ao sul da França. Estas talvez sejam as coisas que mais chamam a atenção para quem chega pela primeira vez ao resort: a generosidade de espaço (indiscutivelmente o maior real estate entre os resorts da ilha) e a bela arquitetura genuinamente caribenha desenvolvida com sutileza e elegância.

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A água da piscina se conecta com o idílico mar do Caribe

Por onde começar

No nordeste do Caribe, ao sul de Anguila, St. Barth pertence à França e tem 25 quilômetros quadrados, quase o tamanho de Fernando de Noronha, que tem 26. Cristóvão Colombo apareceu por aqui em 1493 e resolveu batizar a ilha em homenagem ao seu irmão, o cartógrafo Bartolomeu Colombo. Os primeiros colonos franceses desembarcaram no paraíso em 1648 e investiram no cultivo de cacau.

Os britânicos invadiram a ilha em 1744, mas ficaram por pouco tempo. Além dos franceses, quem fez história em St. Barth foram os suecos – aliás, esta é a única ilha caribenha que foi colônia da Suécia por quase cem anos (1784 a 1878). Isso aconteceu porque Luís 16 doou a ilha aos suecos em troca dos direitos comerciais em Gotemburgo. Esse período renomeou a capital de St. Barth: Gustavia, uma homenagem ao rei Gustavo 3º da Suécia. Saltando para o século passado, os habitantes da ilha (hoje pouco mais de 11 mil) foram declarados cidadãos franceses em 1946. Atualmente, o turismo corresponde a 90% da economia local.

Quando finalmente você consegue sair da suíte, surge a grande questão: para qual praia devo ir primeiro? O dilema surge porque o Rosewood Le Guanahani St. Barth tem duas praias fantásticas em sua península privativa, uma de cada lado: praia do Marechal (oeste) e lagoa Grand Cul-de-Sac (leste). Ambas estão na reserva natural Bay de Grand Cul-de-Sac. O lado da lagoa é o ideal para a prática de esportes aquáticos não motorizados (caiaque, flutuação, stand-up paddle, snorkeling) e natação. Seja qual for o lado que decidir pegar primeiro, o certo é que estará em um caminho ajardinado e perfumado por buganvílias, hibiscos e palmeiras.

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A piscina privativa da Bougainvillea Suite

A área comum do hotel conta ainda com duas piscinas que convidam a longos desfrutes. Uma delas é a da Beach House, de borda infinita e visuais maravilhosos da lagoa Anse de Grand Cul-de-Sac, perfeita para quem estiver com crianças. Fica no caminho da praia. A outra é a piscina do spa Sense, exclusiva para adultos. Por falar em spa, a sugestão é escolher um tratamento logo na chegada. O St. Barth Sensory Experience, por exemplo, dura 90 minutos e usa diversas técnicas de massagem para relaxar os músculos e diminuir o estresse e o cansaço mental.

Os amantes do tênis estão muito bem servidos com a quadra de grama sintética e iluminação impecável, o que garante uma boa diversão noturna. Treinadores profissionais estão à disposição para aulas particulares. Quem não consegue ficar longe do treino mesmo quando está viajando ao paraíso tem à disposição uma bem equipada academia. Se a sua preferência é caminhar ao ar livre, prepare-se para percursos sensacionais na ilha. As trilhas são guiadas por especialistas locais, escolhidos a dedo pela equipe do hotel. Dá para ir caminhando até a praia de Colombier e também visitar as piscinas naturais de Petit Cul-de-Sac. No cardápio de 15 trilhas, existem ótimas opções, entre as mais curtas e as mais longas, para quem é experiente ou não.

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Vale a pena – e muito – pegar o carro para explorar praias mais distantes: Gouverneur e Saline são deslumbrantes. Se por via terrestre a ilha descortina vistas panorâmicas fantásticas, imagine por mar, em passeios de barco. Um dos passeios que mais marcaram nossa estadia foi velejar em um lindo catamarã que zarpou do porto de Gustavia no fim da tarde e testemunhar um dos mais lindos sunsets que eu já vi na vida. A quantidade de embarcações de ponta ancoradas em St. Barth deixa evidente o perfil do visitante local, que tem motivos de sobra para estacionar por estas bandas.

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A sala de estar da Bougainvillea Suite

As experiências proporcionadas pelo Rosewood Le Guanahani atingem um nível excepcional de excelência, especialmente quando se trata de gastronomia. No restaurante Beach House St. Barth e no bar Mélangé, os hóspedes são convidados a um banquete para os sentidos.

No Beach House, a cozinha inspira-se no Mediterrâneo, infundida com a energia vibrante do Caribe. Enquanto aguarda seu prato, você se deslumbra com a vista da praia. Entre as sugestões para o jantar, destacam-se o atum com tomate-cereja e alcaparras e o T-bone de Creekstone Farm, dos Estados Unidos, acompanhados por um menu de coquetéis exclusivos. O novo restaurante oferece três ambientes distintos, incluindo um charmoso espaço pé na areia.



O Mélangé, por sua vez, situado à beira da piscina, apresenta criações dos talentosos mixologistas da casa, ideais para diferentes momentos: durante o dia, à noite e após o jantar. Para os amantes da vida noturna, St. Barth oferece uma ampla variedade de restaurantes e opções de entretenimento que rivalizam com os destinos mais exclusivos do turismo de luxo mundial. Na minha opinião, o segredo do sucesso dessa ilha fantástica reside na combinação perfeita entre o estilo descontraído e sofisticado do Caribe e a alta gastronomia oferecida em ambientes de extrema elegância.

Os dias vão passando e a vontade de ficar mais tempo na ilha aumenta a cada dia, dificultando ainda mais a partida e reforçando a certeza de que precisamos voltar muito em breve. Foi com a alma leve e o alto astral do Rosewood Le Guanahani que admirei pela janela do avião o visual estupendo da geografia de St. Barth ficando pequenino na imensidão daquele mar cinematográfico. Conforme a paisagem onírica ia se afastando, minha mente passou a sintonizar no destino final de uma sequência de voos. Eu estava revitalizado e pronto para encarar uma semana em Nova York, que se mostraria repleta de fortes e inesquecíveis emoções.

Entrevista publicada na edição 121 da revista, disponível nos aplicativos na App Store e na Play Store e também no site da Forbes.

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