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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defendeu nesta quarta-feira (9) que é preciso superar desafios para ampliar os financiamentos para programas que possam mitigar as emissões de gases de efeito estufa pela agropecuária, enquanto o mundo se prepara para a conferência climática COP29.
As emissões do Brasil, uma potência agrícola global, estão ligadas ao uso da terra, queimadas e desmatamentos, diferentemente de outros países, onde o uso de combustíveis fósseis pesa mais. No entanto, o mesmo setor é visto como essencial para o cumprimento das metas de mitigação e adaptação às mudanças do clima, considera que tem instrumentos para oferecer uma produção sustentável, ao mesmo tempo garantindo segurança alimentar, climática e energética.
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Mas, acrescentou a CNA, é necessário viabilizar acordos cooperativos e regras compatíveis de participação do setor agropecuário dentro do mercado de carbono.
Neste contexto, a entidade considera que o governo federal não pode definir as novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que são as ações de redução de emissão de gases de efeito estufa (GEE) a partir de 2031, sem ouvir o setor agropecuário.
A principal entidade do setor agropecuário do Brasil disse ainda que é preciso evitar que o “agro” responda por outros segmentos.
“Esperamos superar os desafios em buscar financiamento e tipificar os recursos a serem tratados no escopo das soluções climáticas na agricultura”, disse a CNA no documento de posicionamento sobre as propostas para a 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), que acontecerá de 11 a 22 de novembro, em Baku, no Azerbaijão.
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“Sem financiamento, as ações de mitigação e adaptação, o acesso a tecnologias e recursos para perdas e danos e as ações de transparência ficam limitados, o que reduz o alcance das ações necessárias para atingir os objetivos do Acordo de Paris”, diz a CNA no documento de posicionamento.
Segundo a entidade, uma nova meta de financiamento deve apoiar os países na implementação de suas NDCs e dos Planos Nacionais de Adaptação dentro do objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5ºC até o final deste século, a partir da redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE).
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