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As tensões geopolíticas no Oriente Médio trazem um clima de cautela para as bolsas globais. Mas não para o Ibovespa. Ainda repercutindo a melhora da nota do risco de crédito do Brasil feita pela Moody’s, deixando o país apenas um nível abaixo do grau de investimento, o dia é de ganhos na B3.
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Mas não é só isso. A escalada das tensões no Oriente Médio — aliada à expectativa pela reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) — faz com que o barril de petróleo avance 3% nesta manhã. Com isso, ações de petroleiras como a Petrobras sustentam a alta da bolsa brasileira.
Por volta das 10h, o Ibovespa avançava 1,46%, aos 134.432 pontos. O dólar à vista recua 0,10%, R$ 5,4318.
Conflito no Oriente Médio
A troca de agressões entre Israel, Líbano e Irã pressionam o preço do petróleo nos últimos dias. Como se trata de uma região de grande participação na oferta global da commodity, o preço do barril dispara nesta manhã.
Com isso, as ações da Petrobras puxam a alta do Ibovespa devido ao seu grande peso no índice. Por volta das 10h30, o avanço de PETR3 era de 2,67%, enquanto PETR4 sobre 2,70%.
O mercado também monitora a reunião da Opep. O esperado é que a entidade não faça nenhum corte na oferta global de petróleo.
Grau de investimento
A agência de classificação de risco Moody’s elevou ontem (1) a nota do Brasil de Ba2 para Ba1 e manteve a perspectiva positiva. Segundo a empresa de agência de risco, a mudança reflete melhorias materiais no crédito. A mudança da nota deixa o Brasil a um degrau do chamado grau de investimento, classificação dada a países vistos como de baixo risco de calote.
Para Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos, a decisão da Moody’s não deveria ser recebida com surpresa. “Se a situação fiscal é desafiadora, há também que se reconhecer a inexistência de risco de insolvência do setor público. Tanto é assim que a demanda por títulos públicos é firme e intensa”, explica o economista.
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Salto ressalta que o caixa do tesouro dá maior segurança contra turbulências — apesar dos desafios estruturais. “O Orçamento geral é rígido, as indexações e vinculações amarram as contas do governo e o gasto cresce de modo insustentável. É preciso de uma agenda de ajustes com foco na despesa para que se avance mais rapidamente em relação à redução do risco país, sem dúvida”, conclui.
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