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A taxa de desemprego no Brasil atingiu 6,6% nos três meses até agosto, o menor nível desde o final de 2014, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (27). Além disso, o indicador aponta que o país alcançou um novo recorde no número de pessoas ocupadas.
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Esse resultado é o mais baixo registrado para trimestres encerrados em agosto na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada em 2012. Ele também igualou a taxa observada no trimestre encerrado em dezembro de 2014. Além disso, o número ficou ligeiramente abaixo da expectativa de 6,7%, conforme pesquisa da Reuters.
Comparando com o trimestre anterior, encerrado em maio, a taxa de desemprego recuou de 7,1% para 6,6%. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando a taxa era de 7,8%, o desemprego também caiu, atingindo o menor patamar.
O mercado de trabalho brasileiro tem se mantido aquecido ao longo deste ano, mantendo a taxa de desemprego em níveis historicamente baixos, e essa tendência deve continuar nos próximos meses.
“A baixa desocupação reflete a crescente demanda por trabalhadores em diversas atividades econômicas, levando a taxa de desocupação a valores próximos aos de 2013, quando o indicador estava em seu nível mais baixo”, afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.
Desemprego e inflação
No entanto, esse cenário, aliado ao aumento contínuo da renda, gera preocupações com a inflação, especialmente nos preços de serviços. O Banco Central já emitiu um alerta inflacionário, elevando a taxa básica de juros, a Selic, em 0,25 ponto percentual na semana passada, agora em 10,75% ao ano.
Nos três meses até agosto, o número de desempregados caiu 6,5% em relação ao trimestre até maio e recuou 13,4% em comparação ao mesmo período de 2023, chegando a 7,281 milhões de pessoas, o menor número de desempregados desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.
Por outro lado, o número total de pessoas ocupadas cresceu 1,2% em comparação ao trimestre anterior e 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando 102,517 milhões de trabalhadores, um recorde na série histórica do IBGE.
Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado aumentaram 0,8% em relação ao trimestre até maio, somando 38,642 milhões. Já o número de trabalhadores sem carteira assinada cresceu 4,1%, atingindo 14,239 milhões, ambos recordes.
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Nos três meses até agosto, o rendimento médio real dos trabalhadores ocupados foi de R$ 3.228, acima dos R$ 3.209 registrados no trimestre até maio e dos R$ 3.073 no mesmo período do ano anterior.
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