Novas Terapias Promissoras para o Câncer de Pâncreas

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Um estudo recente apresentado no Congresso Americano de Oncologia trouxe novas esperanças para o tratamento do câncer de pâncreas, uma das formas mais graves e letais de câncer. A pesquisa, conduzida por uma equipe da Universidade de Tianjin, na China, avaliou a eficácia de uma nova droga: um anticorpo biespecífico desenvolvido para atacar uma proteína expressa em aproximadamente dois terços dos casos de câncer de pâncreas.

O câncer de pâncreas é notoriamente difícil de tratar, em grande parte devido ao diagnóstico tardio e à resistência aos tratamentos convencionais. No entanto, os resultados iniciais desta nova abordagem são promissores. Em um grupo de 64 pacientes, que já haviam falhado em responder a outros tratamentos, o anticorpo biespecífico mostrou uma taxa de resposta de 30%, com uma taxa de controle da doença de 70%. Esses números são significativos, especialmente quando comparados às baixas taxas de resposta associadas às terapias tradicionais.

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O estudo ainda está em fase inicial, mas os resultados já incentivam a continuação das pesquisas. A nova droga representa uma potencial esperança para pacientes com câncer de pâncreas em estágio avançado, oferecendo uma nova opção de tratamento para uma doença que, até então, apresentava poucas alternativas eficazes.

Cenário do Câncer de Pâncreas no Brasil

O câncer de pâncreas é o 14º tipo de câncer mais frequente no Brasil, sem considerar os tumores de pele não melanoma. Estima-se que, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, surgirão cerca de 10.980 novos casos no país. A Região Sul apresenta as maiores taxas de incidência, tanto entre homens quanto entre mulheres.

Uma das principais razões para a alta taxa de mortalidade associada ao câncer de pâncreas é o diagnóstico tardio. Como os sintomas geralmente não se manifestam nos estágios iniciais, a doença é frequentemente descoberta em fases avançadas, quando as opções de tratamento são limitadas e menos eficazes.

As novas pesquisas, como o estudo apresentado pela Universidade de Tianjin, trazem esperança para o futuro do tratamento do câncer de pâncreas, com a possibilidade de melhorar a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes.

O câncer de pâncreas não é um dos tumores mais incidentes no país mas, infelizmente, ainda apresenta um dos menores índices de sobrevida. Por isso, a pesquisa de novos tratamentos pode representar esperança para pacientes de todo o mundo.

Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.

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