Quem é Nina Plöger, a nova presidente do Forbes MulherAgro

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Nina Plöger, que assumiu a presidência do FMA

Há exatamente uma semana, no dia 13 de setembro, Nina Plöger, quarta geração de sucessores da Melhoramentos, companhia que atua no segmento florestal, foi anunciada como a nova presidente do coletivo Forbes Mulher Agro (FMA), um think tank que nasceu no início de 2023 e é formado por cerca de 40 produtoras rurais e executivas do setor.

Na ocasião, o FMA realizava seu primeiro Dia de Campo, com discussões de temas ligados a questões florestais, economia verde e inteligência artificial no agro. Nina sucede a Helen Jacintho, que assumiu a presidência do núcleo e está no projeto de sua construção desde 2021, ao lado de Antonio Camarotti, CEO da Forbes Brasil, e de Vera Ondei, head da vertical Agro na plataforma. “Foi um presente poder suceder a Helen e dar continuidade ao legado dela”, afirmou Nina. “Ter todas juntas neste grupo, com uma visão compartilhada, é e sempre será a essência de um setor onde, sim, mulheres fazem a diferença e contribuem sobremaneira para nosso agro brasileiro.”

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Nina começou cedo a participar das atividades da família, pela própria origem, quando passava as férias nas fazendas dos avós, em Pau-Ferro e Jaguara, distritos próximos de Feira de Santana (BA). “Meus avós cultivavam feijão, milho, mandioca e leguminosas. Eu me lembro muito no paiol, debulhando os grãos, e também em um outro celeiro, onde eu via a mandioca sendo seca para virar farinha”. Não por acaso, ela mantém ainda uma pequena propriedade com cultivo de café em Caieiras, no interior de São Paulo. A atividade, que começou como hobby, hoje rende três colheitas por ano e cerca de 200 sacas.

No léxico alemão, de onde originou o sobrenome Plöger, a abreviação do substantivo “Panzerkampfwagen” significa “veículo de combate” – ou no próprio dicionário particular de Nina,  significa uma pessoa que “chega e faz”.  Foram os estudos  que a moldaram para o “chega e faz” e a colocaram definitivamente no caminho, em um setor de atuação sensível como são as consultorias. No caso, consultoria para investimentos internacionais no Brasil e América Latina. Ela é cofundadora da IPDES, juntamente com o marido, Ingo Plöger, de um instituto voltado ao desenvolvimento empresarial e institucional, onde estão clientes como WTC, Allianz, Bayer, SAP, Deloitte, Henk, Evonik, Apex Brasil, Abag, entre outros.

Na Melhoramentos, onde ela é uma das acionistas, Nina se tornou parte do conselho de administração da empresa. Mulheres em conselhos de companhias, ainda hoje, são casos raros. Segundo a pesquisa Brasil Board Index 2021, da consultoria Spencer Stuart, pouco mais de 15% dos assentos são preenchidos por mulheres. Nina conta que, como empresária, traz consigo um legado materno. E que era uma espécie de mantra na boca de sua mãe. “Ela dizia: ‘sempre que você olhar, tenha um olhar muito amplo. Não tenha uma mente fechada’. Era uma frase curta, mas de efeito”.







A Melhoramentos em que Nina atua é um conglomerado florestal fundado há 134 anos, que produz árvore para papel a partir de 17 mil hectares de eucalipto e pinus. Mas, mais do que isso, na propriedade onde a empresa foi criada hoje há uma das cinco maiores Reservas Particular do Patrimônio Natural (RPPNs), do Brasil, um projeto grandioso de estudos da natureza e mitigação de GEEs. O Parque Levantina, localizado na Serra da Mantiqueira, no distrito de Monte Verde (MG), tem uma área equivalente a 2.300 campos de futebol. E não fica por aí. Da equipe de funcionários 50% são mulheres, das quais 36% estão em cargos de liderança. São cerca de 500 funcionários.

Nina também integra o Comitê de Sustentabilidade da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), o Conselho Superior do Agronegócio (COSAG) da FIESP e o Conselho Empresarial da América Latina (CEAL), além de atuar em negociações entre Brasil e Alemanha no Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), na comissão do agronegócio.

“A Nina vai trazer novas ideias e novos projetos ao FMA”, diz Helen. “Ela só vai melhorar, porque é um caldeirão borbulhante”, diz Helen. Por esse motivo, ela diz que não tinha como escolher outra sucessora. “Quando convidei a Nina para o grupo, percebi que ela era muito proativa e cheia de ideias. Ela é do ‘Vamos? Vamos’ desde o primeiro dia. Foi isso que me influenciou a passar o bastão para ela. Uma presidente tem que ser assim”. Nina retribui: “Me deram a chave do carro, eu vou dirigir e elas (o FMA) vão ficar aqui, do meu lado e atrás. Elas que comandam para onde eu vou. Não quero fazer o que a Nina quer, mas sim o que todas querem. Uma coisa é certa: o legado da Helen será mantido”.

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