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Ao contrário do que era esperado, a China manteve as suas taxas de empréstimo referenciais no mesmo patamar. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (20).
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A taxa primária do empréstimo (LPR) de um ano foi mantida em 3,35%, enquanto a LPR de cinco anos permaneceu em 3,85%.
A medida contrariou as expectativas do mercado, que esperava uma mudança após o Federal Reserve realizar um corte grande na taxa de juros dos Estados Unidos nesta semana — de 0,50 ponto percentual.
No entanto, observadores do mercado acreditam amplamente que mais estímulos serão adotados para sustentar uma economia em dificuldades. Isso porque o afrouxamento do Fed oferece a Pequim uma margem de manobra para afrouxar a política monetária sem prejudicar indevidamente o iuan.
Em uma pesquisa da Reuters com 39 participantes do mercado realizada esta semana, 27, ou 69%, esperavam que ambas as taxas fossem reduzidas.
“É provável que o corte nas taxas seja incluído em um pacote mais amplo, que está sendo analisado por autoridades seniores”, disse Xing Zhaopeng, estrategista sênior para a China do ANZ.
Minério de ferro cai
Sem estímulos monetários, as dúvidas sobre a atividade econômica chinesa voltam a pairar sobre as suas principais commodities. O minério de ferro negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 0,15%, a 680 iuanes (US$ 96,43) a tonelada, mas caiu 3,41% na semana.
O entusiasmo com a produção entre as siderúrgicas chinesas de alto-forno continuou a aumentar nesta semana, já que os preços domésticos do aço subiram, permitindo que mais usinas se recuperassem de grandes perdas, aponta a consultoria chinesa Mysteel.
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Embora se espere que as usinas siderúrgicas retomem a produção, o ritmo da retomada pode diminuir, ao mesmo tempo em que a oferta no exterior mostra uma recuperação recente. Isso deixa pouco espaço para ganhos substanciais, já que a estrutura de excedente no mercado permanece inalterada, disse o site chinês de informações financeiras Hexun Futures.
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