Pagers explodem e deixam milhares de feridos no Líbano; entenda

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Centenas de dispositivos sem fio, semelhantes a pagers, explodiram simultaneamente em várias partes do Líbano nesta terça-feira (17). Após a confirmação de oito mortes e 2.750 feridos em todo o Líbano e em partes da Síria, o Ministério da Saúde do país aconselhou a população a se afastar de seus aparelhos, de acordo com diversos veículos de imprensa.

Centenas de combatentes do Hezbollah, organização política paramilitar libanesa, possuíam dispositivos como os que explodiram, disse um oficial ao The Wall Street Journal. No entanto, a causa das explosões ainda não foi confirmada.

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O Hezbollah emitiu um comunicado culpando Israel “por essa agressão criminosa que também feriu civis, causando mortes e ferimentos”, e afirmou que a ação não ficará impune, conforme relatado pela Axios.

O Exército de Israel disse à Associated Press que não comentaria o ataque – que ocorreu um dia após autoridades israelenses afirmarem que uma ação militar poderia ser necessária em resposta aos ataques contínuos do Hezbollah.

O acidente durou cerca de uma hora, começando às 15h45 no horário local, segundo a Reuters, e ainda não se sabe quantos dispositivos foram detonados ao todo.

A escalada da guerra no Oriente Médio

Os combates entre o Hezbollah e Israel vêm se intensificando há meses, à medida que Israel continua sua guerra contra o aliado do Hezbollah, o Hamas. Em 8 de outubro de 2023 – um dia após o ataque do Hamas a Israel – o Hezbollah atacou Israel em solidariedade ao povo palestino.

Na segunda-feira (16), os Estados Unidos alertaram Israel sobre o risco de uma escalada em sua guerra contra o Hezbollah, em meio a preocupações de que o conflito no Oriente Médio possa se expandir para além de Gaza. O alerta veio no momento em que o gabinete de segurança de Israel votou para atualizar os objetivos de sua guerra contra o Hamas, incluindo o retorno seguro de israelenses deslocados de suas casas na fronteira norte com o Líbano.

Apesar dos alertas dos EUA, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou em comunicado que “enquanto Israel aprecia e respeita o apoio dos EUA, tomará – em última instância – as medidas necessárias para salvaguardar sua segurança e garantir o retorno seguro dos residentes do norte às suas casas”.

Número importante

300. Esse é o número de profissionais médicos de emergência enviados para ajudar na evacuação das vítimas, informou a Cruz Vermelha Libanesa à Reuters. Mais de 50 ambulâncias também foram despachadas.

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