Cosan dá mais um passo para IPO da Moove e protocola pedido em NY

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A B3 está na seca desde setembro de 2021, quando a Vittia foi a última empresa local a abrir capital em solo nacional. Mas tem empresa brasileira chegando na bolsa na de Nova York, para ser mais exato. A Moove, subsidiária produtora de lubrificantes da Cosan (CSAN3), protocolou um pedido de oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) na noite de ontem (16) na Securities and Exchange Commission (SEC). 

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Em julho deste ano, a Cosan, do bilionário, Rubens Ometto, já havia informado a pretensão de realizar a listagem ainda em 2024, com um registro confidencial nos Estados Unidos. Mesmo com o IPO, a atual controladora seguirá no comando da Moove. 

Reprodução

A Cosan é controladora da Moove

Fundada em 2008, a companhia tem sede em São Paulo. Os coordenadores da oferta são J.P. Morgan, BofA Securities, Citi, Itaú BBA, BTG Pactual, Santander, Goldman Sachs, Jefferies, e Morgan Stanley. Nenhuma informação sobre valores foi divulgada neste momento, mas a companhia planeja que as suas ações sejam negociadas sob o ticker MOOV na NYSE. 

No documento protocolado na SEC, a companhia não dá muitos detalhes sobre o destino dos recursos captados, mas pretende precificar a oferta até meados de outubro. 

“Pretendemos usar os recursos líquidos desta oferta para finalidades corporativas gerais, incluindo capital de giro. Além disso, podemos utilizar uma parte dos recursos para adquirir ou investir em negócios, produtos, serviços ou tecnologias. No entanto, no momento, não temos acordos ou compromissos para aquisições ou investimentos significativos”, aponta a Moove. 

O que pensa o mercado?

Em relatório divulgado nesta terça-feira (17), analistas do Bradesco BBI apontam que a abertura de capital da Moove nos Estados Unidos pode ser um gatilho de alta para as ações da Cosan, “dado que uma IPO marcaria a valor de mercado o ativo que, atualmente, está provavelmente subvalorizado dentro das ações da Cosan”. 

Em agosto, o banco havia avaliado a Moove em cerca de R$ 9 bilhões, com potencial de avaliação em R$ 11 bilhões em um eventual IPO. Ainda segundo os analistas, caso o IPO da Moove e da Compass, do mercado de gás, saíssem do papel, as ações da Cosan podem ter alta de até 27%. 

Nesta terça-feira (17), as ações reagem de forma tímida ao registro na SEC, já que a notícia já era esperada. Por volta das 15h, os papéis CSAN3 avançavam 0,84%, a R$ 13,24. 

Conheça a Moove

A Moove, controlada pelo grupo Cosan, produz, vende e distribuí lubrificantes e graxas para os segmentos automotivo, agrícola, aéreo, naval e industrial. A empresa tem presença na América Latina, Estados Unidos e Europa. 

Segundo o prospecto do IPO, a receita para os seis meses encerrados em 30 de junho de 2024 foi de R$ 5,02 milhões, uma queda de 1,6% em comparação aos seis meses encerrados em 30 de junho de 2023. O lucro no período foi de R$ 237,6 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 58,4 milhões no mesmo período de 2023. 

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No ano passado, a empresa registrou lucro líquido de aproximadamente US$ 48 milhões (R$ 268 milhões no câmbio atual). A receita foi de US$ 1,8 bilhão (R$ 10,1 bilhões), alta de de 13% com relação a 2022.

O Nubank foi a última empresa brasileira a listar ações em Nova York, em dezembro de 2021. 

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