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Na sexta-feira (13), a Flutter anunciou que chegou a um acordo para comprar uma participação majoritária no grupo brasileiro NSX por cerca de US$ 350 milhões (R$ 1,947 bilhão na cotação atual). A NSX é a quarta maior operadora de jogos online do Brasil. O negócio permitirá que a Flutter expanda suas operações no Brasil antes da regulamentação formal da indústria de jogos online do país.
As apostas esportivas no Brasil explodiram em popularidade desde que foram legalizadas em 2018, mas a indústria nunca foi regulamentada. Enquanto isso, dezenas de operadoras internacionais vêm expandindo agressivamente no país.
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A Flutter, que já opera sua marca Betfair no Brasil, afirmou que o novo acordo permitirá aumentar sua participação na NSX nos próximos 10 anos. No mês passado, foi relatado que a Flutter estava em negociações exclusivas para comprar a Snaitech, uma das maiores empresas de jogos de azar da Itália, em um negócio que poderia avaliar a empresa em cerca de 2 bilhões de liras (US$ 2,6 bilhões ou R$ 14,5 bilhões).
Sob a liderança do CEO Peter Jackson, a Flutter tem agido de forma agressiva para reformular suas operações, e os sinais indicam que essas mudanças estão dando resultado. A empresa, sediada em Dublin, na Irlanda, expandiu seu portfólio de marcas internacionais ao adquirir empresas em lugares como Itália, Índia, Geórgia e Canadá.
“Existem muitos mercados, regulamentados ou que estão prestes a ser regulamentados, onde ainda não estamos presentes com uma posição de destaque ou certamente com uma posição de medalha de ouro. E temos um ótimo histórico de aquisição de empresas nesses mercados, aplicando o diferencial da Flutter e vendo um grande salto no desempenho”, disse Jackson durante uma recente conferência.
A Flutter também transferiu sua listagem primária de Londres para Nova York no início deste ano, a fim de acessar os mercados de capitais mais profundos e líquidos do mundo. A empresa detém uma posição dominante no mercado dos EUA após adquirir uma participação majoritária na FanDuel em 2018.
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Londres tem lutado para competir com Nova York, à medida que um número crescente de empresas tem transferido suas listagens primárias para os EUA. A empresa de materiais de construção CRH já fez a mudança, e até mesmo a gigante do petróleo Shell reconheceu que está considerando a ideia.
No mês passado, a Flutter creditou seu forte desempenho nos EUA por ajudar a impulsionar o crescimento de sua receita no último trimestre. A empresa reportou US$ 3,6 bilhões (R$ 20 bilhjões) em receita para os três meses até o final de junho, um aumento de 20% em relação ao ano anterior. As operações da Flutter nos EUA contribuíram com US$ 1,5 bilhão (R$ 8,3 bilhões) para sua receita, um salto de 39% em relação ao ano anterior.
*Robert Olsen é colaborador da Forbes EUA. Já foi editor da Bloomberg e escreve sobre economia, especialmente sobre as relações comerciais entre Reino Unido e os EUA.
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