1 bilhão de anos em 2 minutos: vídeo mostra a evolução dos continentes

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Um novo estudo, que combina modelos antigos, novos dados geofísicos e softwares de simulação, reconstrói como as placas tectônicas alteraram a forma e a posição dos continentes ao longo dos últimos 1.8 bilhão de anos.

A teoria das placas tectônicas descreve o movimento em larga escala de fragmentos da camada externa rígida da Terra sobre uma camada interna maleável. Movidas por correntes no interior da Terra e pelo deslizamento nas zonas de fronteira, devido à atração gravitacional, as placas tectônicas da Terra se movem tão rápido quanto nossas unhas crescem. Desde que os processos tectônicos começaram na Terra, entre 3,3 e 3,5 bilhões de anos atrás, essa velocidade foi suficiente para mover continentes inteiros ao redor do planeta.

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O novo estudo condensou 1,8 bilhões de anos de movimento das placas tectônicas em um vídeo de 2 minutos. Assista:

A reconstrução cobre 40% da história da Terra. Neste período, ocorreu o surgimento da vida celular complexa (aproximadamente 1,65 bilhão de anos atrás) e a formação de três supercontinentes — Nuna (2,1 e 1,8 bilhões de anos), Rodínia (1,26 a 0,9 bilhão de anos) e o mais recente, a Pangeia (de 335 a 200 milhões de anos atrás).

O estudo internacional, liderado pelo geofísico Dr. Xianzhi Cao, da Universidade de Qingdao, na China, combinou mapas previamente publicados, idades fornecidas por processos de formação de montanhas, abertura de bacias tectônicas e erupções vulcânicas, com dados geofísicos disponibilizados nos últimos anos.

Graças aos vestígios do campo magnético preservados em rochas ricas em ferro, os autores reconstruíram a antiga posição dos continentes, com a datação radiométrica de rochas ígneas e metamórficas, vinculadas às mudanças tectônicas, fornecendo um quadro temporal exato.

Os cientistas podem compreender melhor como a Terra funciona a partir do novo estudo sobre o movimento das placas tectônicas.

Erupções vulcânicas e terremotos estão diretamente ligados ao movimento das placas, por exemplo. O atrito ao longo das fronteira acumula energia que eventualmente será liberada como um terremoto. Já os vulcões se formam principalmente onde a crosta terrestre está deformada, permitindo que o magma suba à superfície.

Os movimentos dos continentes também controlam o nível do mar, as correntes marinhas e as mudanças climáticas de longo prazo. Até a evolução da vida é influenciada pelas placas tectônicas. À medida que os continentes se separam, animais e plantas terrestres ficam isolados e eventualmente evoluem.

A distribuição e acumulação de recursos necessários para a nossa civilização, como carvão, petróleo, gás, metais e elementos raros, são controladas pela formação de bacias sedimentares e cadeias montanhosas, à medida que os continentes se fragmentam ou colidem.

O artigo completo, “Earth’s tectonic and plate boundary evolution over 1.8 billion years”, foi publicado na revista Geoscience Frontiers. Materiais adicionais e uma entrevista com o coautor do estudo, Dr. Alan S. Collins, foram publicados pela The Conversation.

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