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O dia começou dominado pela palavra deflação, mas foram as commodities que roubaram a cena ao longo do dia. O Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,31%, a 134.319,58 pontos. Já o dólar à vista subiu 1,32%, a R$ 5,6552. As bolsas americanas fecharam com sinais mistos.
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Logo pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a inflação oficial do país, medida pelo IPCA, de agosto. O número veio ligeiramente abaixo das expectativas de alta de 0,01% dos analistas consultados pela Reuters: queda de 0,02%.
A deflação não foi o suficiente para animar os investidores. Isso porque ainda é cedo para dizer se a estimativa do Boletim Focus — de retomada no ciclo de alta na taxa básica de juros brasileira até 11,25% ao ano — se concretizará. A expectativa agora é pela próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana que vem (18).
A expectativa por juros mais altos pressionou o dólar à vista e a bolsa. Mas foi o forte tombo do petróleo que sacramentou o tom de aversão ao risco do dia, com a Petrobras pesando sobre o Ibovespa em queda de cerca de 2%.
Petróleo tomba
O petróleo fechou a sessão em seu menor valor desde dezembro de 2021. O motivo foi o corte na previsão de aumento da demanda global feita pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para 2024.
Agora, a expectativa é de uma demanda de 2,03 milhões de barris por dia, contra os 2,11 milhões antes. No total, o consumo deve ficar em 104,24 milhões de bpd. A estimativa para 2025 também sofreu um corte — de 1,78 milhões bpd para 1,74 milhões bpd.
WTI (outubro): -4,31%, a US$ 65,75
Brent (novembro): -3,69%, a US$ 69,19
A estimativa mais pessimista se soma às preocupações com o crescimento da economia chinesa, pesando também sobre o minério de ferro. A Vale (VALE3) recuou 0,94%.
Petrobras pressiona Ibovespa
Em meio ao derretimento do petróleo, a Petrobras informou que atingiu um novo recorde no processamento da commodity retirada do pré-sal em suas refinarias — alcançando o patamar de 76% da carga total, superando a marca anterior de 73%, registrada em junho.
Outra novidade para a estatal é que a companhia voltou a figurar entre as 20 maiores pagadoras de dividendos do mundo, de acordo com a consultoria Janus Henderson.
A Petrobras é a única companhia brasileira na lista. Ocupando a 13ª posição, a empresa distribuiu US$ 4,1 bilhões (R$ 23,21 bilhões).
Ainda assim, as ações PETR3 e PETR4 terminaram o dia no vermelho: queda de 2,04% e 1,58% respectivamente.
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Inflação nos Estados Unidos
O mercado aguarda os dados sobre a inflação ao consumidor dos Estados Unidos (CPI), que sai nesta quarta-feira (11). Lá fora, os analistas esperam que o dado contribua para um corte de juros por parte do Federal Reserve (Fed) já na semana que vem, no mesmo dia do Copom.
Apesar de terem passado a maior parte do dia no vermelho, os principais índices americanos fecharam a sessão com resultados mistos. Com o petróleo em queda, o Dow Jones, que concentra as ações do setor de energia, recuou 0,23%. As ações de tecnologia, no entanto, puxaram o Nasdaq e o S&P 500: alta de 0,45% e 0,84%, respectivamente.
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