O que pensa o ‘CFO do Amanhã’?

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Chad Baker/Getty Images

 IA, ESG e ambiente de negócios são prioridades para executivos de finanças brasileiros, revela pesquisa da Deloitte

 

Os executivos financeiros estão cada vez mais preocupados com a convergência entre a Inteligência Artificial (IA), a sustentabilidade e o mundo das finanças. É o que mostra a Pesquisa “CFO do Amanhã” 2024, realizada pela Deloitte, em parceria com o Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (IBEF-SP).

Segundo o levantamento com 106 empresas das cinco regiões brasileiras, as prioridades dos CFOs (Chief Financial Officers) para os próximos 12 meses incluem: aumento das receitas (73%); melhoria dos resultados (68%) e busca por eficiência e ganhos de produtividade (57%). Além disso, as empresas também estão investindo em tecnologia e inovação, ao mesmo tempo em que buscam envolver-se mais em iniciativas de governança socioambiental (ESG).

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Para Marcelo Bacci, presidente do Conselho de Administração do IBEF-SP, a expectativa para um ambiente de negócios com aumento de receita e crescimento de margens combinada à liquidez das empresas deve se traduzir em um ciclo de investimentos. “As empresas estão com estruturas de capital bastante robustas e boas perspectivas de negócios”, diz.

O levantamento, realizado entre fevereiro e março e divulgado na terça-feira (3), mapeou a visão de líderes de finanças sobre temas prioritários na agenda estratégica da área. Entre eles, destacam-se contexto econômico, carreira, adoção de novas tecnologias, perspectivas de negócios e impactos das transformações digital e empresarial na gestão financeira do futuro.

Da amostra da edição de 2024, a maioria é da região Sudeste e metade está nos setores de serviços e manufatura. Entre os respondentes, 79% são do setor financeiro e 86% são executivos que ocupam cargo de C-Level.

Tecnologia e inovação

Dentre as ferrramentas tecnológicas para transformação dos negócios mais apontadas pelos executivos financeiros, a computação em nuvem (cloud) é a que aparece em primeiro lugar, com 73%. Na sequência, aparecem ferramentas de visualização, com 53%, e automação (analytics), com 40%.

Além disso, soluções como IA e IA Generativa têm sido utilizadas. O foco tem sido no apoio em análises contábeis e financeiras, na checagem ou classificação de notas e documentos, e na avaliação de risco de crédito. Aliás, a IA vem sendo estudada ou testada por mais da metade das empresas respondentes (53%).

“Soluções avançadas de tecnologia, como IA e análise de dados, estão sendo cada vez mais incorporadas”, destaca Mauro de Marchi, sócio de Consultoria Tributária e líder do CFO Program da Deloitte. Segundo ele, o investimento em tecnologia em nuvem, ferramentas de visualização e automação destaca-se como um recurso central para alta produtividade e gestão eficiente nos negócios.

Além da IA, ESG

O estudo também aponta que mais da metade dos respondentes (62%) acredita que a empresa possui estratégias formalizadas de ESG. Desses, 56% afirmam que a empresa tem iniciativas ESG como componentes substanciais de estratégia. Outros 55% confiam à liderança o alcance das metas voltadas para ESG, sem em pelo menos uma das frentes (ambiental, social ou governança).

Dentre os maiores desafios na captação de recursos para a execução de projetos ESG, estão: falta de percepção dos benefícios tangíveis e intangíveis (65%); mensuração de indicadores de Retorno de Investimentos (ROI) em projetos/ações ambientais ou sociais (45%) e nível baixo de incentivos fiscais (38%).

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“O mercado financeiro está explorando novas tecnologias. Além disso, as empresas têm adotado estratégias de ESG em suas operações. No entanto, enfrentam dificuldades para quantificar seus benefícios e medir o sucesso”, destacaRonaldo Fragoso, líder de Ecossistemas e Alianças da Deloitte.

Para ele, isso reflete a necessidade de adaptação em um ambiente de negócios em constante transformação. Ao mesmo tempo, reforça a importância do papel do CFO na promoção de sustentabilidade e eficiência nas organizações.

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