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O governo central registrou um déficit primário de R$ 9,283 bilhões em julho, desempenho melhor do que o saldo negativo de R$ 35,921 bilhões observado no mesmo mês do ano passado, mas com rombo acumulado do ano ainda distante da meta de déficit zero, informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira (5).
O resultado, que compreende as contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social, veio no mês passado pior que o saldo negativo de R$ 8,8 bilhões projetado por analistas em pesquisa da Reuters.
Os dados do Tesouro mostram que houve alta de 9,5% acima da inflação na receita líquida — que exclui transferências para governos regionais — na comparação com o mesmo mês de 2023, atingindo R$ 183,544 bilhões.
Foram destaques o recolhimento de tributos administrados pela Receita Federal, com impulso principalmente da arrecadação de Imposto de Renda, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL).
Do lado das despesas, houve um recuo real de 6,0%, a R$ 192,828 bilhões. Nessa conta, foram observadas quedas nos gastos com benefícios previdenciários, apoio financeiro a governos regionais e subsídios.
No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o governo central acumulou um déficit primário de R$ 77,858 bilhões. Já em 12 meses, as contas do governo central acumulam déficit de R$ 233,3 bilhões, o equivalente a 2,04% do PIB.
Os dados acumulados seguem distantes da meta de déficit primário zero fixada pelo governo para 2024, que conta com uma banda de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB, equivalente a cerca de R$ 29 bilhões.
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Os números referentes a julho, normalmente divulgados na última semana de agosto, foram apresentados com atraso por conta da mobilização de servidores do Tesouro em busca de melhores condições salariais.
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