Pré-mercado: economia acelera no Brasil e desacelera nos EUA

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Bom dia. Estamos na quarta-feira, 4 de setembro.

Cenários

Há movimentos distintos nas economias do Brasil e dos Estados Unidos. Por aqui, a atividade econômica está acima do esperado. Na terça-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um crescimento anualizado de 3,3% no Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre.

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O avanço em relação ao mesmo período de 2023 foi muito superior ao crescimento anualizado de 2,5% registrado no primeiro trimestre. E também superou por larga margem as expectativas de 2,7%.

Segundo o comunicado do IBGE, o crescimento acima do esperado deveu-se ao ritmo aquecido do mercado de trabalho, à queda dos juros em relação ao patamar do início do ano e à melhora nas condições de crédito.

Já nos Estados Unidos os indicadores de atividade econômica da terça-feira vieram abaixo do esperado. O índice de gastos com a construção civil de julho mostrou uma redução de 0,3% na comparação com junho, ante projeções de crescimento de 0,1%. Em junho a variação havia sido zero.

E o índice de atividade industrial PMI de agosto foi de 47,9, levemente abaixo dos 48,0 esperados e com uma queda significativa em relação aos 49,6 registrados em julho.

Perspectivas

O crescimento da economia brasileira acima do esperado é uma notícia boa para consumidores, trabalhadores, empresários e investidores. Também é algo positivo para o governo, pois eleva as perspectivas de arrecadação de impostos e reduz o déficit público.

No entanto, aumento da atividade econômica em uma condição de desemprego baixo, como é o caso do Brasil, aumenta muito a probabilidade de alta da inflação. E isso aumenta as perspectivas de uma alta mais intensa da taxa de juros Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), agendada para os dias 17 e 18 de setembro.

Nos Estados Unidos a situação é inversa. Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (FED), o banco central americano, já praticamente contratou um corte de juros na próxima reunião do Federal Open Market Committee (Fomc), também agendada para 17 e 18 de setembro. A questão é a intensidade e a velocidade desse corte. Os dados mais fracos na indústria e na construção civil, dois dos setores mais importantes da economia, justificam uma queda mais intensa das taxas.

Nesta quarta-feira serão divulgados indicadores importantes da economia americana, como o relatório de emprego JOLTs e as encomendas à indústria, que poderão movimentar o mercado.

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Indicadores

Brasil

Produção industrial (Jul)

Esperado: – 0,9%

Anterior: + 4,1%

Produção industrial (12m)

Esperado: + 6,3%

Anterior: + 3,2%

 

Estados Unidos

Balança comercial (Jul)

Esperado: – US$ 78,8 bilhões

Anterior: – US$ 73,1 bilhões

Encomendas à indústria (Jul)

Esperado: + 4,7%

Anterior: – 3,3%

Oferta de emprego JOLTs (Jul)

Esperado: 8,090 milhões

Anterior: 8,184 milhões

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