Warren Buffett, 94 anos: 3 lições do megainvestidor

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Chip Somodevilla / Getty Images

Warren Buffett ocupa o sexto lugar no ranking de bilionários da Forbes, com uma fortuna de US$ 146 bilhões (R$ 807 bilhões)

Warren Buffett, um dos investidores mais bem-sucedidos da história, celebra seu 94º aniversário nesta sexta-feira (30). Buffett lidera a Berkshire Hathaway desde 1965, período em que as ações da empresa acumularam uma valorização superior a 5.600%.

Esse crescimento anualizado, em torno de 20%, é quase o dobro do registrado pelo índice S&P 500, que inclui dividendos. Neste ano, as ações da Berkshire tiveram uma alta de 30%, comparadas ao ganho de 18% do S&P 500.

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Em 2006, Buffett anunciou a doação de mais de 99% de seu patrimônio. Dois anos depois, alcançou o primeiro lugar no ranking de bilionários da Forbes, com uma fortuna de US$ 62 bilhões (equivalente a US$ 90 bilhões atuais).

Desde então, o investidor manteve-se entre os 10 mais ricos do mundo. As doações já totalizam cerca de US$ 60 bilhões (R$ 338 bilhões), principalmente à Fundação Gates, criada por Bill Gates, cofundador da Microsoft.

Mesmo após doar mais da metade de suas ações, Buffett ainda detém mais de 14% da Berkshire Hathaway, cuja sede está localizada em Omaha, Nebraska (EUA). Na última quarta-feira (28), o valor de mercado da gestora de ativos ultrapassou US$ 1 trilhão (R$ 5,5 trilhões). Com isso, a empresa passou a ficar ao lado de gigantes como Apple, Nvidia, Microsoft, Alphabet (controladora do Google), Amazon.com e Meta Platforms (controladora do Facebook).

Com a recente valorização das ações, Buffett subiu para o sexto lugar no ranking de bilionários da Forbes. A fortuna dele é estimada em US$ 146 bilhões (R$ 807 bilhões). No mês anterior, ele ocupava a oitava posição, com um patrimônio de US$ 128 bilhões (R$ 705 bilhões).

Buffett é amplamente reconhecido por seu enfoque em investimentos de longo prazo e pela gestão de riscos na carteira. Em sua carta anual aos acionistas, publicada em fevereiro, o CEO da Berkshire Hathaway compartilhou as lições que acumulou ao longo de sua carreira.

Conheça três lições do megainvestidor

Lição 1: Valorize o negócio

Benjamin Graham, mentor de Buffett, ensinou-lhe sobre investimento em valor. Uma das lições mais importantes foi analisar ações como um negócio. Nesse caso, não se deve reagir às flutuações de curto prazo. Graham acreditava que os investidores deveriam encarar suas participações em ações como sendo donos de diversos negócios. Ou seja, atuando como “sócios silenciosos” em empresas privadas.

Portanto, as ações devem ser avaliadas a partir do “valor intrínseco” da empresa. Isso significa sua capacidade de gerar caixa. Não é como algo com um preço em constante mudança no mercado de ações. Assim, um investidor deve aproveitar a visão errática do mercado de ações sobre uma empresa, em vez de permitir que ela dite o que se deve fazer. Avaliar as ações como um negócio e comprar ações com uma “margem de segurança” permite aos investidores ignorar as oscilações do mercado.

Para Graham, a “margem de segurança” significava comprar a um preço abaixo do “valor indicado ou avaliado”. Em tese, isso deve permitir que um investimento proporcione um retorno razoável, mesmo se houver erros na análise.

Lição 2: A gestão de riscos é crucial para retornos a longo prazo

Além dos resultados de seus investimentos, uma característica marcante de Buffett é sua capacidade de gerar retornos a longo prazo. O gerenciamento de riscos permanece como uma marca registrada do modelo de negócios da Berkshire Hathaway.

Essa postura permitiu à gestora realizar alguns investimentos durante momentos de estresse no mercado, como a crise financeira global de 2008. “A capacidade de responder imediatamente a convulsões do mercado com grandes somas e com certeza de desempenho pode proporcionar oportunidades em grande escala de vez em quando”, escreveu Buffett.

Lição 3: Alocação de capital é a arma secreta

Provavelmente, a Berkshire Hathaway não seria conhecida sem uma decisão de alocação de capital no início da liderança de Buffett. Na metade da década de 1960, ele adquiriu o controle da Berkshire, uma empresa têxtil que fabricava forros para ternos. Em vez de reinvestir no negócio, ele usou o dinheiro gerado por ele para investir em negócios melhores

Isso incluía a empresa de seguros de automóveis Geico. Porém, o negócio têxtil foi fechado em 1985.

Buffett credita a Charles Munger por convencê-lo a alocar em “negócios maravilhosos”, ao invés de investir em negócios desafiadores, ainda que baratos. “Munger me ensinou que é melhor comprar uma empresa maravilhosa por um preço razoável do que uma empresa razoável por um preço maravilhoso”, disse Buffet sobre o amigo de longa data, morto em novembro passado.

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Buffett observou na carta deste ano que uma decisão monumental de alocação de capital poderia estar próxima novamente. Ele se referia à operação de serviços públicos de eletricidade no Oeste que mantém por meio da Berkshire Hathaway Energy (BHE), com taxas de retorno atrativas após os impostos.

(*Com Forbes US)

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