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A produtividade da cana-de-açúcar colhida em julho no centro-sul do Brasil atingiu a média de 86,6 toneladas por hectare. A medida é 12,1% inferior ao mesmo mês da safra passada, de acordo com levantamento do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) divulgado nesta segunda-feira (26).
Para o CTC, o impacto da seca indica um cenário negativo para o volume colhido nos próximos meses da safra 2024/25. “A falta de chuvas preocupa os produtores da maioria das regiões do centro-sul, uma vez que os canaviais que serão colhidos em ciclo médio/tardio deverão sofrer um maior impacto devido ao elevado déficit hídrico acumulado”, destacou em nota.
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No acumulado da safra 2024/25, a moagem de cana do centro-sul do Brasil acumula aumento de 6,65%, para 332,9 milhões de toneladas, segundo dados da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). No entanto, há expectativa no setor de que o ciclo 2024/25 tenha uma redução na comparação com o recorde da safra passada até o final da temporada devido à seca.
No ciclo atual, houve uma antecipação dos trabalhos de colheita, o que ajuda a explicar o maior volume moído até o final de julho. No acumulado da safra 2024/25 (abril a julho), a produtividade apresenta queda de 5,6%, para 88,7 toneladas/ha, segundo dados do CTC.
A qualidade da matéria-prima (ATR) colhida no mês de julho foi superior em praticamente todas as regiões, com exceção de Araçatuba (SP) e Mato Grosso.
No acumulado dos quatro meses de safra, o resultado em termos de ATR (Açúcar Total Recuperável) é similar. Há um aumento da qualidade da matéria-prima em praticamente todos os estados (129,1 kg/tonelada de cana em 2023/24 para 129,4 kg/tonelada de cana nesta safra).
“Esta condição é esperada. O clima mais seco propicia o acúmulo de sacarose pela cultura”, explicou o CTC sobre a ATR.
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