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As ações do PagBank (PAGS) desabavam mais de 10% nesta quarta-feira (21) em Nova York. Os papéis da empresa de meio de pagamentos reage à divulgação do balanço do segundo trimestre na véspera, com analistas enxergando piora na qualidade dos números.
Por volta de 14h40, as ações caíam 12,78%, a US$ 12,73, enquanto os BDRs transacionados na B3 perdiam 12,00%, a R$ 14,08.
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De um modo geral, a reação negativa da ação reflete a qualidade do balanço um pouco mais fraca e tendências operacionais divergentes. Também há uma realização de lucros após o recente desempenho forte dos papéis. No mês até a véspera, acumulavam alta ao redor de 14% e 13%, respectivamente.
A PagBank, que também tem um banco digital, reportou lucro líquido recorrente recorde de R$ 542 milhões de abril a junho, crescimento de 31% na comparação com o mesmo período de 2023. O resultado superou a média das estimativas, de lucro de R$ 514 milhões.
Além disso, a empresa que era o antigo PagSeguro também atualizou algumas das estimativas para 2024. Entre elas, as projeções para o lucro, volume total de pagamentos (TPV) processados e despesas com depreciação e amortização.
O PagBank prevê agora um aumento do lucro recorrente entre 19% e 25% em 2024 na base anual. Antes, a expectativa era de crescimento de 16% a 22%. Já o TPV deve subir de 22% a 28%, ante projeção passada de alta entre 12% e 16%.
O PagBank ainda reduziu as projeções para despesas com depreciação e amortização, somadas às baixas com as “maquininhas” passando dos anteriores R$ 1,9 bilhão a R$ 2 bilhões para R$ 1,7 bilhão a R$ 1,8 bilhão em 2024.
Dúvidas à frente
“A empresa continua a ganhar participação de mercado rapidamente. Porém, está avançando para segmentos menos lucrativos, levantando preocupações sobre tendências de rentabilidade”, avaliaram os analistas do Citi Gabriel Gusan e Maria Guedes.
Na visão do Citi, a companhia continuou pressionando os investimentos em vendas e marketing. Para eles, a revisão no guidance para o lucro líquido foi “modesta”.
Já analistas do Goldman Sachs liderados por Tito Labarta avaliaram que o PagBank registrou tendências sólidas de crescimento em depósitos, crédito e TPV.
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“Por outro lado, os custos e despesas foram modestamente maiores do que o esperado”, afirmaram em relatório. Também observaram que a empresa se beneficiou de uma menor taxa efetiva de imposto de 15%, com lucros antes dos impostos (EBT) ficando abaixo das previsões. Assim como o Citi, afirmaram que a alta no guidance do lucro foi modesta.
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