Produtores de carne suína russos buscam parte da fatia da UE no mercado da China

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Reuters

Criação de porcos em Nanjing

Os produtores russos de carne suína têm como objetivo conquistar 10% do mercado de importação de carne suína da China nos próximos anos, buscando tirar proveito das tensões comerciais entre a União Europeia e a China, o maior consumidor do produto no mundo.

A Rússia não exportava carne suína para a China até fevereiro, quando Pequim autorizou três produtores russos a vender para o mercado chinês que movimenta 3,5 bilhões de dólares e é dominado por produtores da União Europeia, com 51% de participação.

O comércio se soma aos crescentes laços econômicos entre a Rússia e a China em face das crescentes sanções contra ambos os países pelo Ocidente.

Recentemente, a UE estabeleceu taxas provisórias de até 37,6% sobre os carros elétricos importados da China para combater o que diz serem subsídios injustos. Em resposta, a China nomeou empresas de carne suína dinamarquesas, holandesas e espanholas como alvos de uma investigação antidumping.

“Para nós, essas tensões comerciais representam uma chance de mostrar nossa competitividade no mercado chinês”, disse Yuri Kovalyov, chefe da União Nacional de Criadores de Suínos da Rússia, à Reuters, acrescentando que os produtores não estavam tentando explorar as tensões de propósito.

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Kovalyov disse que a meta da Rússia é fornecer 10% das importações de carne suína da China dentro de três a quatro anos.

A Rússia enfrentará a forte concorrência de outros grandes exportadores de carne suína, como o Brasil, além do aumento da produção chinesa.

A demanda por carne suína também está caindo na China, embora o país ainda consuma cerca de metade da carne suína do mundo, ou 53-54 milhões de toneladas por ano.

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