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A dois quarteirões do Central Park, na efervescência da esquina da Quinta Avenida com a 57, a entrada de um prédio da década de 1920 tem o poder de transportar as pessoas do zum-zum-zum da frenética cidade para um ambiente minimalista de absoluta serenidade: basta dar os primeiros passos no Aman New York para sentir a alma se elevar.
Trata-se da segunda unidade urbana da rede de 34 hotéis fundada em 1988, em Phuket (Tailândia). A inauguração, em agosto de 2022, causou frisson em NY. O hotel fica a partir do sétimo andar (com lobby no 14º) do Crown Building: são 83 suítes e 22 Aman Residences.
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O sucesso imediato também está ligado à qualidade dos ótimos restaurantes, à programação do Jazz Club no subsolo e ao espaçoso Aman Spa, que, definitivamente, faz a pessoa esquecer que está no coração da cidade mais acelerada do país. Esse verdadeiro santuário urbano foi projetado pelo arquiteto belga Jean-Michel Gathy, queridinho das redes hoteleiras mais exigentes do mundo.
A imponência do prédio, no entanto, não é de hoje. Ela traduz a relevância dos arquitetos contratados, em 1919, pelo proprietário do lugar, August Heckscher: a dupla Whitney Warren e Charles Wetmore (a mesma que assina a Grand Central Station). Desde o início, o edifício não teve dificuldades para achar interessados – e os anúncios de jornal feitos por Heckscher pareciam prever o que se consolidaria nas décadas seguintes: “esta esquina será sempre a mais valiosa e a mais cobiçada. Não há localização melhor em Nova York.”. A confirmação de que ele não estava exagerando veio em 1929, quando o endereço se tornou a primeira sede do Museu de Arte Moderna (MoMa) – ele mudou de lugar, mas segue pertinho, a pouco mais de três quarteirões.
Com o passar do tempo, o prestígio e o valor do prédio só cresceram, a ponto de ele se transformar no melhor imóvel de Manhattan. Foi no início dos anos 1980 que o edifício recebeu a alcunha de Crown Building. O designer Douglas Leigh foi contratado e deixou a fachada ornamental dourada, após utilizar 30 galões de ouro líquido. A partir daí, ao longo de 25 anos, ele mudou de dono diversas vezes.
Até que, em 2015, o prédio foi adquirido por Vlad Doronin, presidente e CEO da Aman. Uma gigantesca restauração para transformar o endereço icônico em um dos hotéis mais desejados da América começou em 2017 para abrir as portas do hotel em 2022.
Suítes sem precedentes no Aman New York
As acomodações do Aman New York variam da Junior Suite (72 metros quadrados) à Aman Suite (260 metros quadrados). Um leque de opções sustentadas por uma arquitetura arejada redefiniu a hotelaria de luxo na cidade. Todas as suítes têm lareira. Os banheiros são espaçosos, equipados de uma maneira que se assemelham a spas pessoais, com chuveiros de mármore, banheiras ovais de imersão e pias duplas.
Tudo é pensado nos mínimos detalhes – basta observar a organização dos amenities nas gavetas, itens como a pasta de dente Marvis e o secador de cabelos Dyson. O uso de materiais orgânicos e cores suaves em todos os espaços favorece a criação de um ambiente harmonioso, o que imediatamente remete à inspiração de tranquilidade e de conforto, fruto da origem oriental do Aman.
Já as residências do Aman New York oferecem um refúgio sem igual na cidade. São lares de um a quatro quartos que misturam à perfeição o charme histórico do Crown Building com a vida moderna de um dos lugares mais pulsantes dos EUA. Para quem busca o máximo em exclusividade e serviços impecáveis, o Aman Club é o melhor que se pode esperar – só assim para ter acesso às instalações premium do hotel.
Spa de três andares
Dando vida à expressão mais completa do conceito Aman Wellness, o Aman Spa New York se transformou no carro-chefe da marca no quesito bem-estar no hemisfério ocidental. E olha que isso não é pouco para uma marca que é líder no segmento de wellness no mundo. É uma filosofia forjada ao longo de mais de três décadas: uma abordagem equilibrada entre as práticas tradicionais de cura com atenção ao que existe de mais moderno na ciência atual.
São 2.320 metros quadrados em uma atmosfera única, dividida em três andares – do 9º ao 11º. No 11º, o foco é o bem-estar clínico e físico – um excelente lugar para quem está pensando em longevidade. O método Aman Wellness aborda a saúde de forma proativa, com soluções holísticas, de longo prazo, que aumentam a energia e atuam de modo preventivo. Aqui é o espaço para planejar um programa sob medida de longevidade.
No 10º andar, vários destaques entre os espaços pensados para estimular o bem-estar: estúdio de yoga e pilates, duas casas de spa privadas (sala de tratamento duplo, amplo terraço exterior com banheira quente e piscina de mergulho frio coberta por um dossel). Cada Spa House oferece um hamman (sauna a vapor em mármore) ou uma banya (sauna revestida de madeira). É no 10º andar que fica também um dos locais mais emblemáticos do Aman New York: uma piscina aquecida impressionante, de 20 metros e vestiários elegantes, cada um com sua própria sauna seca e a vapor.
Já no 9º andar, a ordem é otimizar o bem-estar emocional com tratamentos exclusivos do spa e terapias que fazem sucesso em outros destinos Aman ao redor do mundo – sempre usando a linha de produtos naturais Aman Skincare. Reserve tempo para massagens terapêuticas e tratamentos faciais holísticos. Há várias tecnologias estéticas avançadas, com emprego de lasers, luz infravermelha e ondas eletromagnéticas. Esse andar também é endereço do salão de cabeleireiro e manicure unissex, sob a gerência de John Barrett e sua premiada equipe.
Obras-primas gastronômicas e jazz de qualidade
O Aman New York realça a cena gastronômica de Manhattan com seus restaurantes exclusivos: o Arva e o Nama. O primeiro é uma celebração da arte culinária italiana, enquanto o segundo é um mergulho profundo na tradicional culinária japonesa, patrimônio mundial da Unesco.
No Nama, os pratos são criativos e bem apresentados. Destaque para o frescor dos ingredientes e a alta qualidade de cada um. A seleção de sushi e sashimi é particularmente notável, com as peças demonstrando a habilidade artística do chef. Não menos impressionante é a carta de vinhos e de saquês. O ponto alto foi o Omakase, uma sequência de pratos escolhidos pelo chef. O equilíbrio entre tradição e inovação garante uma experiência gastronômica inesquecível.
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E não há lugar melhor para fechar a noite do que no Jazz Club, um dos espaços musicais mais avançados do ponto de vista tecnológico da cidade, comparável apenas ao Rose Theatre at Lincoln Centre. É ouvindo uma boa música que faço um balanço da experiência completa no Aman New York: não é apenas um destino para uma estadia, mas, sim, um espaço para uma jornada à essência do luxo e da serenidade, em meio à vida vibrante da cidade. Estou falando de dias memoráveis e transformadores – o suficiente para entender o Aman New York como o melhor hotel de NYC na atualidade.
Entrevista publicada na edição 115 da revista, disponível nos aplicativos na App Store e na Play Store e também no site da Forbes.
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