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As ações da Infracommerce CXaaS desabavam na bolsa paulista nesta quinta-feira (15), após a empresa anunciar na véspera acordo com credores para reestruturação de dívidas da operação no Brasil. Além de divulgar o balanço do segundo trimestre com uma baixa contábil de R$ 1,4 bilhão.
Por volta de 11:50, as ações da companhia de soluções digitais para e-commerce afundavam 17,24%, a R$ 0,24, tendo chegado a R$ 0,23 na mínima da sessão até o momento (-20,69%).
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A companhia disse que assinou um memorando de entendimento não vinculante com os principais credores para reestruturação das dívidas da operação no Brasil, incluindo potencial venda de ativos ou emissão de novos instrumentos de dívida, “garantindo a liquidez da empresa no curto e longo prazo”.
O Itaú BBA decidiu colocar a sua avaliação sobre a Infracommerce sob revisão, destacando que o plano de reestruturação envolve o alongamento e a renegociação de sua posição de dívida de R$ 650 milhões, bem como estabelece uma redução de custos e despesas no segundo semestre de 2024.
“Com a implementação do plano de reestruturação, sentimos que não somos capazes de ter adequadamente um modelo oficial que reflita a nova realidade da empresa. Por isso, decidimos colocar a empresa sob revisão até digerirmos todas as novas informações disponíveis”, afirmou o analista Thiago Kapulskis em relatório.
O anúncio sobre o acordo com credores ocorreu em paralelo à divulgação do balanço do período de abril a junho, que mostrou prejuízo de R$ 1,5 bilhão, bem acima da perda de R$ 52,4 milhões um ano antes. Em termos ajustados, houve prejuízo de R$ 146,7 milhões.
As demonstrações financeiras ainda mostraram queda de 11,6% na receita líquida e declínio de 18,3 pontos percentuais na margem bruta. O GMV caiu 14,8% e o volume total de pagamentos (TPV) encolheu 34,7%.
“Seguimos neste segundo trimestre longe do que imaginamos serem os indicadores adequados para a Infracommerce”, escreveu CEO da companhia, Ivan Murias, no material de divulgação do balanço.
“No entanto, seguimos a agenda de necessários ajustes e revisões que tem o potencial de levar a companhia a níveis satisfatórios de rentabilidade no futuro”, afirmou, acrescentando que parte relevante de tais ajustes é o impairment realizado em relação às aquisições feitas no passado.
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“Trata-se de um efeito não caixa, mas necessário para refletir a realidade atual dos investimentos feitos nos M&As (sigla em inglês para fusões e aquisições) realizados, resultando na baixa contábil de R$ 1,4 bilhão”, explicou.
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