10 países que gastarão mais de US$ 1 milhão para premiar seus medalhistas olímpicos

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REUTERS/Hannah Mckay

Simone Biles recebe medalha de ouro no individual geral dos Jogos de Paris

Na manhã de 4 de agosto, com o risco de a equipe masculina de natação dos EUA sair de Paris sem uma medalha de ouro individual, Bobby Finke conquistou o recorde mundial. O atleta de 24 anos venceu a prova masculina de 1500 metros livre com quase quatro segundos de vantagem. E ele não foi o único americano a subir ao pódio naquele dia. Os EUA também conquistaram o ouro no revezamento misto 4×100 metros feminino, com outro recorde mundial.

No total, os EUA conquistaram 28 medalhas na natação, 10 a mais que o segundo melhor país nos Jogos de Paris, e isso é apenas uma fração do que a equipe olímpica americana alcançou. Os EUA chegaram ao pódio 126 vezes nas últimas duas semanas e repetiram a façanha de trazer para casa o maior número de medalhas nos Jogos desde Atlanta, em 1996.

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Mas chegar a esse sucesso não é barato. O Comitê Olímpico e Paralímpico dos EUA oferece bônus aos seus atletas medalhistas, além de outros subsídios e benefícios, como seguro de saúde; paga US$ 37.500 por ouro, US$ 22.500 por prata e US$ 15.000 por bronze. Todos os atletas olímpicos americanos recebem o mesmo valor e inúmeros bônus, seja em uma prova como individual ou por equipe.

Todos os 12 membros da equipe nacional de basquete masculino dos EUA, por exemplo, receberão US$ 37.500 cada um por ganhar o ouro. No total, o comitê olímpico americano distribuirá US$ 8,3 milhões nesta edição dos Jogos, com cerca de 23% do valor destinado apenas aos atletas da natação.

Os EUA não são os únicos a investir pesado em seus competidores. No período que antecedeu as Olimpíadas, a Forbes entrou em contato com todos os 206 países e territórios participantes dos Jogos de Paris e verificou que pelo menos 33 ofereceriam prêmios em dinheiro por medalhas. Dentro desse grupo, 10 devem gastar mais de US$ 1 milhão em preêmios aos seus atletas que subirem ao pódio.

França e Itália, que pagam mais por medalha, investem ainda mais do que os EUA. A nação anfitriã desta edição da Olimpíada conquistou 64 medalhas, incluindo 16 de ouro, resultando em pagamentos totais de US$ 9,4 milhões. Enquanto isso, a Itália deve desembolsar uma quantia ainda maior, Us$ 10,7 milhões, apesar de ter conquistado 24 medalhas a menos que a França.

Veja quais são os 10 países que gastarão mais de US$ 1 milhão para premiar seus medalhistas olímpicos:










Hong Kong, que competiu de forma independente da China nos Jogos, deve desembolsar quase US$ 2 milhões para seus atletas medalhistas. Mas, enquanto outras nações chegaram a esse valor com dezenas de atletas no pódio, o território ofereceu os bônus mais lucrativos entre os entrevistados pela Forbes. Os dois medalhistas de ouro de Hong Kong receberão aproximadamente US$ 768.000 cada um, enquanto os dois atletas que ganharam bronze levarão cerca de US$ 192.000  cada um.

A Itália pode não estar entre os cinco países com mais medalhas, mas gastará milhões em prêmios pelos Jogos Olímpicos de Paris 2024. O país oferece uma das recompensas em dinheiro mais generosas entre os que responderam às consultas da Forbes, e os atletas são elegíveis para múltiplos bônus de medalhas. Isso é uma boa notícia para os sete que conseguiram isso, incluindo a ginasta Alice D’Amato, que conquistou uma medalha de ouro individual e uma prata em equipe, totalizando quase US$ 300.000 em bônus.

Graças em parte a estrelas como o nadador Léon Marchand, que conquistou quatro ouros e um bronze nos Jogos de 2024, os atletas franceses tiveram sua melhor performance coletiva em mais de um século e ganharam 64 medalhas. Esse é o segundo melhor resultado da história do país, atrás apenas das 102 medalhas conquistadas pela França nas Olimpíadas de Paris, em 1900.

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Os Estados Unidos tiveram vários momentos dramáticos durante os Jogos de Paris, desde o retorno glorioso de Simone Biles à ginástica até a vitória apertada de Noah Lyles nos 100 metros rasos. Isso inclui Ilona Maher e a equipe nacional feminina de rugby sevens, que conquistou sua primeira medalha, um bronze, ao vencer a Austrália. Isso custará US$ 180.000, ou US$ 15.000 para cada membro da equipe de 12 pessoas.

Graças às performances impressionantes de suas equipes de natação, esgrima, com o bronze de Eszter Muhari, e canoagem, a Hungria conquistou 19 medalhas nos Jogos de Paris. No entanto, apesar de possuir um dos programas de polo aquático mais renomados do planeta, não conseguiu chegar ao pódio nas competições masculina e feminina desta Olimpíada. Três anos atrás, em Tóquio, a Hungria conquistou o bronze em ambas.

Cheung Ka Long fez história para Hong Kong nas Olimpíadas de Tóquio em 2021 ao conquistar a primeira medalha de esgrima do país. Três anos depois, ele defendeu a honra, repetindo como campeão do florete masculino. Mas o jovem de 27 anos não é mais o único medalhista de ouro de Hong Kong na esgrima, já que Vivian Kong também subiu ao pódio este ano.

A Ucrânia enviou apenas 140 atletas para as Olimpíadas de Paris, a menor delegação da sua história, pois o país continua sob ataque da invasão russa. O governo britânico divulgou uma pesquisa afirmando que quase 500 atletas e treinadores ucranianos foram mortos pelas forças russas desde 2022 e outros 4.000 não puderam competir devido ao envolvimento no esforço de guerra. Ainda assim, atletas como Yaroslava Mahuchikh, no salto em altura, conquistarm 12 medalhas nos Jogos, incluindo três ouros, que cada um rende aproximadamente US$ 125.000 em bônus.

Israel pagará cerca de US$ 268.000 por uma medalha de ouro, uma quantia compartilhada pelo Comitê Olímpico do país e pelo seu ministério dos esportes. No entanto, apenas um atleta israelense conquistou o ouro nos Jogos de 2024. Tom Reuveny subiu ao pódio no windsurf masculino, feito realizado 20 anos após seu treinador, Gal Fridman, tornar-se o primeiro medalhista de ouro de Israel.

A Holanda ganhou medalhas em diversos esportes, como natação, vela, ciclismo e basquete 3×3. Mas os holandeses mostraram seu domínio no hóquei sobre grama, conquistando o ouro nas competições masculina e feminina. Isso resultou em um pagamento de cerca de US$ 12.000 para cada membro das equipes.

Embora a Polônia esteja prestes a pagar US$ 1 milhão em bônus aos seus atletas, os benefícios não terminam aí. Aqueles que subirem ao pódio receberão um diamante, um voucher de férias para duas pessoas, uma pintura de um artista polonês “talentoso e respeitado” e um apartamento na área metropolitana de Varsóvia. Essa é uma boa notícia para os 28 atletas poloneses que ganharam medalhas nos Jogos de Paris, incluindo a tenista número 1 do mundo e medalhista de bronze, Iga Świątek.

A Nova Zelândia conquistou 10 de suas 20 medalhas nos últimos quatro dias dos Jogos de Paris. No entanto, o país estrutura seus bônus como pagamentos anuais que continuam até as próximas Olimpíadas. Portanto, com base nos Jogos de 2024, a Nova Zelândia desembolsará cerca de US$ 4 milhões no total ao longo dos próximos quatro anos, com seus atletas, entre eles, Hamish Kerr, ouro no salto em altura.

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