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A greve de trabalhadores da indústria de oleaginosas na Argentina deve entrar em seu sétimo dia nesta segunda-feira (12). As negociações salariais com as empresas continuam paralisadas, afetando os embarques de um dos maiores exportadores de grãos do mundo.
“Continuaremos com a greve”, disse Martin Morales, secretário do Sindicato dos Trabalhadores e Empregados de Sementes Oleaginosas do Departamento de San Lorenzo (SOEA), à Reuters no domingo (11). “Amanhã avaliaremos novamente (se continuaremos ou não).”
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Dois sindicatos industriais deram início à greve na última terça-feira (6), com os trabalhadores exigindo que os salários ficassem acima da alta inflação. Morales disse que as empresas afetadas ainda não entraram em contato com os sindicatos para negociar.
A greve afetou principalmente os terminais localizados ao norte de Rosário, ao longo do rio Paraná. Do local, ocorrem mais de 80% dos embarques das exportações agrícolas e agroindustriais da Argentina.
Pelo menos três dúzias de navios ainda estavam atrasados no domingo perto de Rosário – um dos mais importantes centros de agroexportação do mundo.
Em junho, o governo argentino forçou a SOEA a suspender uma greve, convocando-a para conversas mandatórias de reconciliação. A medida forçou o sindicato e as empresas a voltarem à mesa de negociações.
A Argentina é um grande produtor de grãos e um dos principais exportadores de óleo e farelo de soja. A economia do país é altamente dependente dos recursos cambiais trazidos pelas exportações de grãos, ao mesmo tempo em que o governo de Javier Milei trabalha para reforçar as escassas reservas do banco central.
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